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ANÁLISE GONIOMÉTRICA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO DE MASTECTOMIA COM APLICAÇÃO DE PROTOCOLO FISIOTERAPÊUTICO

Por:   •  27/8/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.183 Palavras (13 Páginas)  •  446 Visualizações

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RUBS, Curitiba, v.2, n.1, p.14-23, jan./mar. 2006

artigos \ análise goniométrica no pré e pós-operatório de mastectomia...

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ANÁLISE GONIOMÉTRICA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO DE MASTECTOMIA COM

APLICAÇÃO DE PROTOCOLO FISIOTERAPÊUTICO

GONIOMETRIC ANALYSIS IN PRE AND POSTOPERATIVE MASTECTOMY WITH

APPLICATION OF PHYSIOTHERAPEUTIC PROTOCOL

Larissa Louise Campanholi 1, Jaqueline Aparecida Góes1, Letícia B. Gomes Alves 2,

Ligia Christina Borsato Guimarães Nunes3

1 Fisioterapeuta graduada no Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais (CESCAGE ).

2 Professora do curso de Fisioterapia do CESCAGE nas disciplinas de Dermato-funcional

e Cinesioterapia e orientadora deste estudo.

3 Professora do curso de Fisioterapia do CESCAGE na disciplina Fisioterapia Respiratória

e co-orientadora deste estudo.

RESUMO

Objetivo: verificar a eficácia do tratamento fisioterapêutico por meio de um protocolo

de exercícios que promovam melhora da amplitude de movimento (ADM ) do ombro

em pacientes mastectomizadas. Métodos: este estudo foi realizado com 8 pacientes

mastectomizadas do sexo feminino, sendo realizada uma análise goniométrica dos

movimentos do ombro em flexão, extensão, adução, abdução, rotação interna e rotação

externa no pré-operatório. Reavaliou-se 30 dias após a cirurgia por meio da goniometria,

dando início ao tratamento fisioterapêutico com a realização de 10 sessões, baseadas

num protocolo preestabelecido. Nova avaliação foi feita após o término do tratamento.

Para análise estatística foi utilizado o teste t student. Resultados: observou-se que os

movimentos com maior limitação são os de abdução, flexão e rotação externa. No préoperatório

a média de flexão era de 165º. Após os 30 dias de pós-operatório esse valor

caiu para 95,6º. Com o término do tratamento notou-se uma média de 140° (p=0,0004).

Já na abdução esses dados foram 164,4º no pré-operatório, 83,9º depois de 30 dias

de cirurgia, e após a fisioterapia a média foi de 136,7° (p=0,001). Na rotação externa

observaram-se 82,2°, depois foi reduzido para 27,8° e após tratamento ficou numa média

de 66,7º (p=0,003). Os demais movimentos articulares não tiveram perda ou ganho

significativo. Conclusão: por meio do tratamento fisioterapêutico verificou-se que houve

melhora nas ADMs, quando comparadas às medidas do 30° dia de pós-operatório.

Palavras-chave: mastectomia; fisioterapia; amplitude de movimento do ombro;

linfadenectomia axilar.

1 INTRODUÇÃO

A Organização Mundial da Saúde

estima que ocorram mais de 1.050.000

novos casos de câncer de mama em

todo o mundo anualmente, o que o torna

o câncer mais comum entre as mulheres.

No Brasil este tipo de neoplasia é o mais

freqüente em incidência e mortalidade

entre mulheres. Espera-se para 2005

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o surgimento de 49.470 novos casos,

cerca de 53 casos a cada 100 mil mulheres,

e a faixa etária que corresponde

ao maior número de casos é de 40 a 59

anos(1,2,3,4) .

A pesar de ser 100 a 150 vezes

mais freqüente entre as mulheres, esta

patologia também pode ocorrer no

sexo masculino. Os motivos da maior

incidência no sexo feminino é a maior

quantidade de tecido mamário e a sua

exposição ao estrógeno endógeno(5).

O câncer de mama representa

uma proliferação maligna das células

epiteliais que revestem os ductos ou

lóbulos mamários. A disseminação de

células neoplásicas ocorre por via linfática,

afetando principalmente os linfonodos

axilares do mesmo lado da mama,

produzindo depósitos metastáticos. A

disseminação num estado mais avançado

ocorrerá pela corrente sanguínea;

estas células implantam-se em diferentes

locais do organismo, como: ossos,

pulmões, pleura, fígado, cérebro, ovários,

globos oculares e estômago(6,7).

A principal forma de tratamento é

a remoção destas células neoplásicas

por meio de um procedimento cirúrgico

que tem por objetivo promover o controle

local, proporcionar maior sobrevida,

definir o estadiamento da patologia,

orientar a terapia sistêmica e identificar

risco de metástase à distância. A linfadenectomia

é feita para controlar a doença

na axila, avaliar o prognóstico quanto a

recidivas locais e à distância, observar o

estadiamento na região axilar e orientar

a terapêutica complementar. A radioterapia,

a quimioterapia e a hormonioterapia

poderão ser procedimentos coadjuvantes

antes ou após a cirurgia(7,8).

A s técnicas cirúrgicas podem

ser:

Tumorectomia: retirada única e exclusiva

do tumor;

Mastectomia Segmentar (Quadrantectomia):

retirada do quadrante mamário

onde está o tumor, com a realização

de esvaziamento axilar;

Mastectomia Radical Modificada (Madden):

retirada da mama, conservando

peitoral maior e menor, com linfadenectomia;

Mastectomia Radical Modificada (Patey):

retirada da mama e peitoral menor

com esvaziamento axilar radical;

Mastectomia Radical (Halsted): dissecação

...

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