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Abordagem de Paciente com Chicungunya

Por:   •  30/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.183 Palavras (9 Páginas)  •  399 Visualizações

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Goiânia, 2017 maio

Abordagem de um paciente com suspeita de chicungunya:                      

                                 Estudo de caso

                                                                                        Dinaelson Assunção da Silva

                                                                                               Jéssica Marques Gomes

                                                                                                   Ruslan da Costa Lima

                                                                                        Suzy Aparecida Luiz da Silva

                                               

Introdução

A febre Chikungunya (CHIKV) é uma patologia em progresso que está se desenvolvendo aceleradamente, tornando-se um temor global, por não ter tratamento especifico ou vacina e, pelo seu alto poder de limitação física (FRANCISCO; SALVADOR, 2013).

O catolotolo (doença que provoca febre e sonolência) como é conhecido a CHIKV na África, é o contagio causado por um arbovírus do gênero Alphavírus (Togaviridae) transmitido aos seres humanos através da picada do mosquito Aedes aegypti infectado e, menos comumente, pelo mosquito Aedes albopictus (BRASIL, 2014).

Apesar de registros em 1770, de indivíduos apresentando sintomas semelhantes aos da CHIKV, somente em 1952, depois do primeiro surto no sul da Tanzânia, essa patologia foi oficialmente reconhecida (BRASIL, 2014).

A chickungunya pode causar a inflamação nas juntas, e que ela deve ser tratada como artrite reumatóide (uma doença autoimune crônica). É uma dor intensa, rigidez, o paciente perde a flexão do punho, dedos, tornozelos e dedos dos pés.

O período de incubação desse vírus varia de 3 a 7 dias, o de viremia não é maior do que 8 dias e o índice de letalidade é menor do que 1%, contudo, existe uma preocupação global na forma como a doença se manifesta (SCANDAR, 2012; BRASIL, 2014).

Quando o indivíduo é picado pelo transmissor, o vírus se espalha rapidamente, gerando uma infecção aguda que causa artralgia, poliartralgia, mialgia, dores de cabeça, exantema, conjuntivite, náuseas, manchas avermelhadas na pele e febres repentinas (TORTORA; FUNKE; CASE 2012).

Esses sintomas podem ser facilmente confundidos com os da dengue, no entanto a maior diferença da CHIKV está no desencadeamento de intensas dores articulares e musculares que dificultam a realização de movimentos. Por não achar uma posição confortável, o indivíduo posiciona-se de uma forma recurvada e é essa postura que explica o nome do vírus Chikungunya que no dialeto da Tanzânia significa “aqueles que se dobram” (TORTORA; FUNKE; CASE 2012; BRASIL, 2014).

Como não há um tratamento ou vacinas especificas para curar e prevenir a infecção, o diagnóstico precoce pode ser crucial para impedir uma evolução da doença. O tratamento paliativo restringe-se ao uso de antipiréticos e analgésicos (Paracetamol) para aliviar os sintomas ou no uso de outros analgésicos narcóticos, como anti-inflamatórios não esferoidais (BRASIL, 2011).

O diagnóstico é feito por meio de análise clínica e exame sorológico (buscando a presença de anticorpos específicos no sangue), mas também podem ser realizados cultura de vírus, RT-PCR, IgG ou ensaio de anticorpo neutralizador mostrando títulos recentes (BRASIL, 2011).

No Brasil, os primeiros casos surgiram em 2010 através de 03 viajantes, vindos da Indonésia e da Índia, que já chegaram infectados, mas os casos foram controlados sem que houvesse transmissão em território nacional. Desde então o Ministério da Saúde implantou um Sistema de vigilância e monitoramento da CHIKV no país (BRASIL, 2010).

Atualmente não há tratamento especifico, contra a febre chikungunya. Não há um medicamento que aja diretamente contra o vírus de modo a eliminá-lo do organismo mais rapidamente. Boa parte dos pacientes irá se curar de forma espontânea após cerca de 7 a 10 dias. Para boa evolução do quadro, orientar ingesta de muito líquidos para evitar a desidratação, caso haja dores e febre, pode ser receitado algum medicamento antitérmico, como o paracetamol. Em alguns casos, é necessária internação para hidratação endovenosa e, nos casos mais graves, tratamentos em unidade de terapia intensiva. Os pacientes com febre chikungunya devem evitar medicamentos à base de ácido acetilsalicílico ou que contenha substância associada. Esses medicamentos têm efeito anticoagulante e podem causar sangramento. Outros antiinflamatórios não hormonais (diclofenaco, ibuprofeno e piroxicam) também devem ser evitados. O uso destas medicações pode aumentar o risco de sangramento.

Na fase inicial são prescrito corticóides, mas quando fica crônico damos imunossupressores. No caso de criança, os médicos evitam fazer um tratamento prolongado com corticóides, pelo risco de prejudicar o crescimento.

O objetivo desse trabalho é relata a experiência de atendimento de uma paciente com suspeita de chikungunya.

Relato do caso

Descrição:

R.R.S 67 anos, busca atendimento na Unidade Básica de Saúde Jardim Olímpico com suspeita de chikungunya, aposentada, ensino fundamental incompleto, raça negra, moradora do bairro Tocantins em Aparecida de Goiânia, mora em uma casa com quatro cômodos que possui degraus na entrada, tem saneamento básico, mora sozinha, os filhos a visita com frequência, relatou ter fraturado o braço direito na sua residência por motivo de quedas, pratica caminhada uma vez por semana.

Tabagista há dez anos, relata ter uma boa alimentação com alimentos variados, hidratação ideal com ingesta de água em média dois litros diários, com débito urinário de 800 a 1800 ml/24h, tem boa qualidade do sono, mais nos últimos dois dias vem acordando várias vezes durante a noite, higiene pessoal satisfatória, aos 59 anos ocorreu sua última menstruação, encontra-se no período da menopausa, tem quatros filhos, sendo que três deles parto normal e um por parto cesariano.

Patologias anteriores: hipertireoidismo diagnosticado há cinco anos fez uso do tapazol com suspensão do tratamento pelo médico há um ano e apendicite supurada no momento do ato cirúrgico.

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