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Atuação Fisioterapêutica na Anemia Falciforme

Por:   •  12/2/2016  •  Resenha  •  744 Palavras (3 Páginas)  •  1.619 Visualizações

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Atuação Fisioterapêutica na Anemia Falciforme

A anemia falciforme é um tipo de anemia hemolítica crônica que causa a má formação das hemácias. A doença causa a modificação da forma dos eritrócitos, passando a assumir a forma de uma foice. É uma doença hereditária, com incidência maior em indivíduos da raça negra, que se originou na África e se espalhou pelo mundo por conta da imigração forçada dos escravos. É uma doença comum no Brasil, apesar do alto nível de miscigenação do país, registrando maior incidência nas regiões nordeste e sudeste.

A patologia se caracteriza pela mutação da hemoglobina normal (HbA) causada pela substituição de adenina (GAG) por timina (GTC) no gene da globina beta, resultando numa hemoglobina anormal (HbS). O processo se inicia quando a hemoglobina anormal é desoxigenada, ocorrendo assim, a substituição de aminoácidos, o ácido glutâmico pela valina, na posição seis da cadeia da globina beta, dando origem a uma interação hidrofóbica com outras moléculas de hemoglobina, gerando uma junção em grandes polímeros. Essa polimerização é considerada o marco inicial da anatomia falciforme, gerando a modificação da forma das hemácias e conseqüentemente a diminuição aguçada da sua capacidade de se deformar.

Após se deformar, a célula pode perder a sua capacidade de retornar a sua foram habitual discóide bicôncava. Afoiçamentos repetidos podem levar a formação de inclusões que são ligadas à membrana, que são parcialmente responsáveis pela destruição das hemácias. O fenômeno dos afoiçamentos das células é o ponto chave responsável por todo o quadro fisiopatológico dos pacientes portadores da doença. Esse processo de falcização acontece através de crises hemolíticas que ocorrem em quatro tipos: dolorosa, a mais comum, onde ocorre à obstrução do fluxo sanguíneo por massas emaranhas de células falcisadas, a apiástica, a hiper-hemolítica e a sequestração.

Além de apresentar um quadro de anemia crônica, a anemia falciforme apresenta várias complicações que afetam quase todos os órgãos e sistemas do corpo humano. Dores osteomioarticulares, dores abdominais, infecções e enfartes pulmonares, retardo do crescimento e maturação sexual, acidente vascular cerebral e comprometimento de múltiplos órgãos são sintomas que podem acometer um portador de anemia falciforme.

As manifestações clínicas variam para cada paciente. Alguns apresentam um grave quadro clínico, enquanto outros apresentam uma evolução benigna da doença. Destaque para as manifestações que envolvem o aparelho locomotor, ossos, músculos e articulações, fazendo com que o paciente eritrofalcêmico sinta dificuldade para andar, correr e praticar esportes. Enquanto o comprometimento do sistema cardiopulmonar irá afetar a sua respiração e a troca de gases inalados como corpo, ocasionando falta de ar e cansaço em realizar atividades físicas.

Entre as manifestações osteomioarticulares, as mais comuns são: a Dactilite, que é a isquemia na medula das mãos e pés, edema nas partes moles, Osteomielite, dores osteócopas, necrose avascular, comum na cabeça do fêmur, alterações esqueléticas e osteoporose em uma idade avançada. A anemia falciforme causa ainda manifestações cardiocirculatórias, como a

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