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O DOENÇA RESPIRATÓRIA - ASMA

Por:   •  19/6/2020  •  Trabalho acadêmico  •  900 Palavras (4 Páginas)  •  280 Visualizações

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FISIOTERAPIA

Fisioterapia Respiratória

Asma brônquica

Definição:

        A asma é uma doença respiratória inflamatória crônica das vias aéreas.

        Os brônquios sofrem um processo inflamatório,  que causa hiperprodução de muco  e broncoconstrição (estreitamento); dificultando a entrada e saída de ar nos pulmões.

        O estreitamento das vias aéreas geralmente é reversível,  através de medicações,  mas pode também tornar-se irreversível, em pacientes com asma crônica grave.

        A asma brônquica pode se iniciar em qualquer momento da vida, mas na maioria das vezes começa na infância. Podendo ser genético ou ambiental.

Fisiopatologia da Asma Brônquica

Classificação

A asma diferencia-se segundo a causa em:

  • Asma atópica, extrínseca ou alérgica: secundária a ácaros, pólenes, pêlos de animais, fungos, alimentos. É a mais frequente.

  • Asma intrínseca: de causa não conhecida.

  • Asma profissional: farinhas, produtos industriais, tintas de cabeleireiro, encarregados agrícolas, aves de capoeira, outros.

  • Asma por medicamentos: aspirina, anti-inflamatórios, etc.

  • Asma induzida pelo exercício.

Quadro clínico

Diagnóstico clínico do paciente com asma envolve a identificação dos seguintes sintomas:

  •  dispnéia

  • tosse crônica

  •  sibilos

  • aperto no peito ou desconforto torácico, particularmente à noite ou nas primeiras horas da manhã;

  • Em crise grave: hipoxemia, taquicardia, sudorese, extreminades frias e cianóticas, pulso paradoxal.

Diagnóstico clínico

Fatores de risco

  • A exposição a alérgenos, particularmente nos primeiros anos de vida, pode determinar inflamação crônica alérgica nas vias aéreas de indivíduos geneticamente suscetíveis.

  • infecções virais na infância

  • ausência de amamentação com leite materno

  •  exposição ambiental domiciliar à fumaça do cigarro de pais fumantes

  • poluição atmosférica

  •  dietas com baixos teores de antioxidantes (vitaminas C, E) ou ácidos graxos poliinsaturados (ácido linolêico, ou ácidos graxos omega-3).

  • Obesidade

Tratamento

A principal meta do tratamento da asma é a obtenção e manutenção do controle da doença. No seu senso mais comum, o controle poderia indicar prevenção total da doença ou mesmo a sua cura, mas no caso da asma, onde nenhuma destas opções é realista, se refere ao controle das manifestações clínicas e funcionais.

O tratamento da pessoa asmática compreende dois momentos diferentes:

1-o tratamento das crises : uso de um agente  de alívio imediato (bronquiodilatador)

2- tratamento da doença:  uso de medicamento controlado de uso contínuo, que diminuem a frequência de broncoconstrição.

Intervenção da fisioterapia na Asma brônquica

  • – Tratamento fisioterápico:

  • O tratamento fisioterápico consistirá na fase em que o paciente se encontrará, ou seja, em crise ou no período intercrítico. No período intercrítico, a cinesioterapia respiratória precedida de nebulização ( hidratar as vias aéreas) tem como meta melhorar de forma gradual a capacidade ventilatória do indivíduo, corrigir defeitos de postura e de reeducação muscular respiratória. Evitar encurtamentos dos músculos torácicos assim como as deformidades, através de padrões posturais, alongamentos é de fundamental importância.

  • A assistência dada ao paciente em crise consistirá em suporte farmacológico e, se possível, suporte ventilatório não invasivo (VNI). O uso da VNI vem por minimizar o esforço respiratório determinado e assim, evitar a entubação orotraqueal e conseqüente ventilação mecânica. A adoção do modo Bilevel ( dois níveis de pressão : Ipap e Epap) na VNI é o mais recomendado, através de mácaras nasais ou faciais.

  • Contudo , sinais de gravidade ao exame físico tais como taquipnéia (FR>35), taquicardia (FC>120), uso de musculatura acessória, presença de pulso paradoxal maior que 12mmHg, ortopnéia, sudorese quando associados à presença de hipercapnia, hipoxemia ou acidose lática orientam para a necessidade de entubação endotraqueal. Cianose, alteração do nível de consciência e hipotensão são sinais tardios de insuficiência respiratória e não devem ser aguardados para que seja instituída ventilação mecânica. Pacientes cujo peak flow é menor que 30% do previsto ou VEF1 é menor que 1 litro têm maior risco de insuficiência respiratória. A presença de hipercapnia isoladamente. Então, o paciente será encaminhado ao centro de tratamento intensivo para devida assistência respiratória, dosagens de gases arteriais, monitorização hemodinâmica.

  • A ventilação mecânica instituída deverá atender as necessidades de repouso para a musculatura respiratória e promover uma oxigenação adequada e principalmente à redução da hiperinsuflação dinâmica. Então, os modos volume controlado ou pressão controlada podem ser adotados desde que atendam a um volume minuto baixo e tempo expiratório prolongado. A presença de broncoespasmo e/ou muco devem ser combatidos para não haver formação de uma pressão positiva ao final da expiração (autoPEEP) e assim, hiperdistensão alveolar.

  • Para atingir uma oxigenação adequada sem aumentar a hiperinsuflação dinâmica, deve-se utilizar um volume corrente de 5 a 8 mL/Kg e uma freqüência respiratória de 10-14 por minuto, a fração inspirada de O2 (FIO2) inicial de 100% e um fluxo inspiratório 80-100L/min. Posteriormente, ajustes destes parâmetros devem ser feitos para obter uma SpO2 > 92% e manter a pressão de plateau menor ou igual a 30. A pressão de plateau deve ser utilizada como medida do grau de hiperinsuflação, uma vez que reflete de modo mais fidedigno a pressão alveolar do que a simples medida do auto PEEP. A pressão de pico usualmente mantida abaixo de 40. A diferença Ppico – Pplateau, por sua vez, pode nos ser útil na monitorização do grau de limitação ao fluxo aéreo.

  • Em asmáticos, o PEEP inicial deve ser igual a zero (ZEEP), uma vez que em pacientes asmáticos a adição de PEEP extrínseco parece elevar discretamente a PaO2 às custas de aumento da hiperinsuflação.

Referência:

  • IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma. J Bras Pneumol, 2006. Disponível em:

  • http://dicos.usp.br/rmrp/article/view/7657/9195

  • https://interfisio.com.br/asma-bronquica/

  • http://www.scielo.br/pdf/jbpneu/v32s7/02.pdf

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