Osteoporose

OSTEOPOROSE

         O osso tem a função de dar sustentação ao nosso organismo, proteger os órgãos e ser reservatório de cálcio, que é um mineral essencial para formação óssea e também responsável pelos batimentos cardíacos e força muscular. O osso é uma estrutura viva que precisa se manter saudável e para isto está em constante renovação por toda a vida.

          A osteoporose está relacionada com o estrógeno, que é um hormônio feminino e ajuda a manter o equilíbrio entre a perda e o ganho de massa óssea, está também presente nos homens, porém em menor quantidade. As mulheres são as mais atingidas, pois na menopausa o nível do estrógeno sofre uma queda brusca e os ossos absorvem menos cálcio, tornando os ossos frágeis.

          É uma doença metabólica sistêmica, caracterizada pela perda progressiva da massa ou densidade óssea e deterioração esquelética, ou ainda ser caracterizada por baixa regeneração e/ou rápida degeneração óssea. É assintomática e silenciosa. Comum após os 50 anos.

Classificação:  

• Osteoporose pós-menopausa: atinge mulheres após a menopausa, pode ocorrer fratura de coluna.
• Osteoporose senil: atinge idosos com mais de 70 anos, pode ocorrer tanto a fratura de coluna quanto de quadril.
• Osteoporose secundária: atinge pessoas com doença renal hepática, endócrina, hematológica ou que usam alguns medicamentos, por exemplo, corticóides.

     

Causas

Existem vários fatores que podem causar a osteoporose, e ao contrário do que se pensa, esta doença ataca não somente as pessoas de idade avançada, mas também pessoas mais jovens.

As causas da osteoporose podem decorrer desde o desgaste e envelhecimento do tecido ósseo, até uso de medicamento a base de glicocorticóides entre outros.

Vejamos então uma lista destas causas e uma explanação detalhada a seguir:

• Destruição do tecido ósseo- Temos uma célula em nosso organismo chamada, osteoclastos, a qual é responsável pela destruição do tecido velho em nosso corpo, e temos a osteoblastos, que são as responsáveis pela reconstrução. O processo de destruição é chamado de reabsorção óssea, que fica comprometido na osteoporose, ou seja o corpo absorve mais osso do que produz.
• Deficiência de Cálcio- O cálcio é  um fator determinante para o crescimento e formação óssea na nossa juventude, é ele que irá produzir o nosso esqueleto humano, e sendo assim, o osso se torna o principal reservatório de cálcio, e o metabolismo do osso  fica responsável para manter e retirar o cálcio, sem prejudicar nossa estrutura. E para repormos esses nutrientes, é necessário uma alimentação saudável e equilibrada, para que nosso organismo consiga absorver os nutrientes ingeridos e assim manter a produção dos ossos e tecidos ósseos também equilibrada.
• Envelhecimento- Todos nós envelheceremos um dia, esse é um processo natural e necessário, e é nesse processo que também ocorre o desgaste do nosso osso. É preciso entender que os ossos crescem somente até os 20 anos, e a partir dos 35 anos começa a ocorrer a perda óssea progressivamente, e se o individuo não acumulou um estoque de densidade óssea durante este percurso, com certeza terá problemas com a fragilidade e quebra de ossos futuramente.
• Menopausa- No período de menstruação da mulher até a menopausa, acontece a produção acentuada de um hormônio chamado estrogênio o qual é responsável pelo retardamento da reabsorção óssea e fixação do cálcio nos ossos, causando um equilíbrio fundamental para nosso esqueleto. A partir da menopausa acontece uma redução desse hormônio, esse processo chamamos de hipoestrogenismo, e essa perda óssea poderá ser um fator determinante para uma possível osteoporose.
• Doenças- Este fator é responsável por 20% do total de pessoas com osteoporose, e geralmente em pessoas mais jovens. Listamos a seguir algumas doenças responsáveis pelo surgimento da osteoporose:

Síndrome de Cushing, Hiperparatireoidismo, doenças renais, doenças inflamatórias intestinais, doença Celíaca, doenças reumáticas, entre outras.

• Uso de certos medicamentos- Alguns medicamentos podem também causar no futuro uma osteoporose, como por exemplo, medicamentos a base de glicocorticóides, hormônios tireoidianos, heparinas, antiepilépticos, warfarina, entre outros.
• Homens e mulheres orientais- Devido à um problema anatômico no fêmur, eles correm mais risco de sofrer uma fratura através da osteoporose.
• Tabagismo e Alcoolismo- O consumo excessivo do cigarro durante um período prolongado, também pode ser fator determinante para uma osteoporose no futuro, assim como o alcoolismo. 

Sintomas

         A osteoporose progride lentamente e raramente apresenta sintomas. O primeiro sinal pode aparecer quando ela está em fase mais avançada e costuma ser a fratura espontânea de um osso que houve diminuição da massa óssea, por conta da redução da quantidade de cálcio no osso até que os ossos fiquem fracos, a ponto de não suportar nenhum trauma ou esforço por menor que sejam, ocorrendo a fratura.

         As lesões mais comuns são as fraturas das vértebras por compressão, que levam a problemas de coluna e com o tempo à diminuição da estatura de 2 a 3 cm e as fraturas do colo do fêmur, quadril, punho e costelas. Nas fases em que se manifesta, a dor está diretamente associada ao local em que ocorreu a fratura ou o desgaste ósseo.

         Com o avanço da doença também podem causar  ombros descaídos e postura encurvada ou cifótica.

Diagnóstico

         Deve-se primeiramente fazer uma analise clinica, levantar dados da história familiar, perda de altura, a baixa ingestão de cálcio na infância, falta de esporte na juventude, sedentarismo, menopausa precoce, uso de determinadas medicações, e a existência de doenças associadas já permitem ao clínico um primeiro diagnóstico. Porém o exame mais adequado para o diagnóstico da osteoporose é o de Densitometria Óssea que é um exame que avalia a densidade dos ossos e músculos do corpo, podendo identificar quando os ossos estão muito finos ou então quando a perda ainda está se iniciando, também poderá obter através de radiografias que pode ser indicada para a investigação da osteoporose e avaliações laboratoriais por diagnóstico de causas secundárias da osteoporose, como dosagem de creatinina e dosagem de testosterona e estrogênio, entre outros exames.

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