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Torcicolo Muscular Congênito

Por:   •  14/2/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.110 Palavras (9 Páginas)  •  930 Visualizações

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CAMILA NEPOMUCENO NORAT

CLENYA YONARA GUEDES BELARMINO

JULIANA GOMES MONTANHA DE FREITAS

MARIANA DINIZ PEGADO

MOHANA DE ARAÚJO LIMA PATRIOTA

NATÁLIA PAES SANTANA

SARAH MACIEL CAVALCANTI DE ARRUDA

TORCICOLO MUSCULAR CONGÊNITO

JOÃO PESSOA

2016

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO  ................................................................................................................  03

2 TORCICOLO MUSCULAR CONGÊNITO  .................................................................  04

2.1 EPIDEMIOLOGIA  .........................................................................................................  04

2.2 ETIOLOGIA ....................................................................................................................  05

2.3 FISIOPATOLOGIA  .......................................................................................................   05

2.4 DIAGNÓSTICO  .............................................................................................................  06

      2.4.1 Diagnóstico diferencial  ........................................................................................  06

2.5 PROGNÓSTICO  ............................................................................................................  06

2.6 TRATAMENTO  .............................................................................................................  07

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS  ..........................................................................................  13

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


1 INTRODUÇÃO

O termo torcicolo se origina a partir de duas palavras latinas tortus, que significa torto, e collum, que significa pescoço, sendo a terceira anomalia congênita mais comum do sistema musculoesquelético, ficando atrás somente da luxação congênita do quadril e do pé torto congênito. É uma deformidade assimétrica de cabeça e pescoço ocasionada por fibrose e encurtamento unilateral do músculo esternocleidomastóideo, que provoca inclinação da cabeça para o lado afetado e uma rotação da face para o lado oposto, geralmente se manifestando no período neonatal ou em lactentes (LANZA, 2012).

É preciso não confundir este tipo de torcicolo como aquele devido a outros fatores, quer neurológico (torcicolo espástico), quer estrutural (hemivértebra congênita) ou consecutivo à parotidite. (SHEPHERD, 1996).

Existem relatos de Hipócrates da sua identificação que antecedem 2.000 anos, mas a condição se tornou realmente conhecida na Antiguidade, quando Alexandre “O Grande” sofreu da deformidade, sendo chamado “o herói do torcicolo”. Após essa menção histórica, se tornou a condição mais bem definida por estudos histológicos e de imagens, como ultrassonografia e ressonância magnética, mostrando a atrofia muscular e a fibrose intersticial (PALAZZIN, 2012).

2 TORCICOLO MUSCULAR CONGÊNITO

As palavras torcicolo muscular e torcicolo congênito são usadas para designar o pescoço “torto”, acompanhado de fibrose do músculo esternocleidomastóideo, que pode ser encontrado no lactente ou na criança de pouca idade (SHEPHERD, 1996).

O recém-nascido com torcicolo mantém a cabeça fletida para um lado e em rotação para o lado oposto. No recém-nascido normal, a rotação passiva da cabeça de um lado a outro chega a 180º, ao passo que na criança com torcicolo a rotação para o lado oposto frequentemente não ultrapassa a linha mediana. Observa-se em muitos casos, embora não em todos eles, a presença de um nódulo no músculo esternocleidomastóideo. Quando presente, esse nódulo se manifesta sob a forma de uma tumoração de forma ovoide; via de regra, ele se torna evidente a partir da segunda ou terceira semana de vida, desaparecendo geralmente antes dos 5 a 6 meses de idade. Observa-se geralmente certo grau de assimetria da face; em alguns casos, a assimetria craniana é bastante acentuada, de modo a evoluir para plagiocefalia. Essa assimetria pode chamar muito a atenção no lactente de mais idade ou na criança acima de um ano, sendo causa de considerável ansiedade por parte dos pais (SHEPHERD, 1996).

Figura.1 – Criança com TMC à esquerda, com inclinação da cabeça à esquerda e rotação a direita

[pic 1]

Fonte: Lanza, 2012.

2.1 EPIDEMIOLOGIA

A incidência é de um para 250 nascidos vivos, com predominância para o sexo masculino, sendo o lado direito mais acometido. Sua etiologia ainda não está esclarecida, não existindo, até o momento, consenso na literatura a esse respeito. Várias teorias propõem hipóteses, tais como teoria pré-natal (mau posicionamento intrauterino), tocotraumatismo cervical, síndrome compartimental, infecção, isquemia arterial, obstrução venosa, hereditariedade ou, mesmo, como uma forma de distrofia muscular congênita localizada. A história de complicações no parto é notada em 30 a 60% dos pacientes com torcicolo. A associação com displasia congênita do quadril é comumente relatada na literatura, variando de 2 a 29%, e também com paralisia obstétrica, podendo ocorrer em 51% dos casos (GAZZOTTI, 2012).

2.2 ETIOLOGIA

A etiologia do torcicolo muscular congênito é desconhecida, mas existem diversas teorias a respeito. Uma dessas hipóteses admite que a má posição do pescoço in útero provoca isquemia circunscrita do músculo esternocleidomastóideo (Adams e cols., 1962).

O tocotraumatismo é frequentemente incriminado (Suzuki e cols., 1984) e sabe-se que o torcicolo pode ser consecutivo ao parto em apresentação pélvica. Suzuki e cols. (1984) verificaram haver estreita relação entre o aparecimento do torcicolo e a postura intra-uterina em extensão de joelhos e coluna cervical. Na opinião dos autores, o torcicolo seria diretamente provocado pelo o alongamento do músculo esternocleidomastóideo durante o trabalho de parto.

Todavia, o torcicolo também foi descrito em fetos nascidos de cesárea (Conventry e Harris, 1959). Foram também estudados casos familiares (Thompson e cols., 1986), assim como a presença simultânea de outras malformações congênitas, especialmente de displasia da articulação coxofemoral (Weiner, 1976; Canale e cols.,1982; Binder e cols., 1987).

2.3 FISIOPATOLOGIA        

Existem muitas divergências a respeito da anatomia patológica do torcicolo. Jones (1968) afirma que a alteração mais constante é a fibrose do músculo esternocleidomastóideo, acompanhada ou não da presença de um nódulo. Na opinião do autor, o nódulo seria um fenômeno localizado, dentro de um músculo já afetado pela fibrose.

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