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A Bilirrubina

Por:   •  22/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.024 Palavras (5 Páginas)  •  423 Visualizações

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A bilirrubina é o subproduto da degradação das hemácias, a partir da quebra da hemoglobina, servindo, portanto, como um marcador hepático. Isso acontece porque, de todas as proteínas que tem como grupo prostético o grupo Heme, a hemoglobina é a mais abundante e a que tem um metabolismo mais elevado. Portanto, a bilirrubina será produto final de todo metabolismo que tenha como substrato de degradação o grupo Heme.

Em média, as hemácias ficam 120 dias na corrente sanguínea, tempo no qual perdem sua função e são degradadas para a serem  renovadas. No baço, por exemplo, as hemácias serão recolhidas e quebradas: a parte proteica (globina) vai ser quebrada em aminoácidos, que vão ser metabolizados, e a parte que não é proteica, no caso o grupo heme, vai ser alvo da enzima oxidasse microssomal, que vai quebrar o anel que protege o grupo heme (chamado de anel tetrapirólico) e formar uma estrutura linear (chamada de biliverdina), deixando esse ferro disponível. A biliverdina é tóxica e lipossolúvel. Logo, após ser formada, a biliverdina é atingida pela enzima redutase, que vai transformá-la em bilirrubina não conjugada ou indireta.

 Esse processo é constante, o organismo busca gastar o mínimo de energia e aproveitar o máximo de substrato possível, como o ferro da hemoglobina, justamente para diminuir a necessidade de absorção desses substratos.

A bilirrubina é muito lipossolúvel e não deve ficar armazenada em grandes quantidades por ser tóxica. Ela passa muito fácil pela membrana plasmática. Com o objetivo de evitar complicações, a albumina vai capturar a biliverdina, proveniente da degradação do baço, e vai transportar até o fígado, onde os hepatócitos a receberão.

Pelo fato de ser lipossolúvel, a bilirrubina indireta não pode ser eliminada do organismo pela urina ou fezes, sendo necessário sua polarização para que esse processo aconteça. Para isso, o fígado tem uma série de enzimas que fazem parte da família citocromo p450. Essas enzimas também metabolizam medicamentos lipossolúveis, e esse processo ocorre de acordo com três reações, oxidação, redução e hidrólise, que garantem uma polaridade maior do que a inicial. Também teremos a conjugação, que vai fazer com que haja a união de duas moléculas para que ela tenha uma polaridade intermediária, garantindo a capacidade dessa substância de ser eliminada tendo como veículo a água, é isso que vai ocorrer com a bilirrubina.

O ácido glicurônico se liga à biirrubina por meio da enzima glicoronato transferase. Esse ácido além de ser uma substância utilizada para conjugar fármacos, é uma molécula extremamente hidrossolúvel, já a bilirrubina é lipossolúvel, o que garante umapolaridade suficiente para que essa bilirrubina seja eliminada. Esse processo é chamado de conjugação que tem como produto final o que é conhecida por bilirrubina conjugada.

Após a conjugação, será encaminhada à vesícula biliar, na qual é liberada no duodeno, fazendo parte da emulsificação de lipídeos e da otimização da ação de enzimas. Entretanto, a bilirrubina pode ser degradada formando urobilinogênio, a partir de bactérias presentes na flora intestinal. Essa substância tem dois destinos: parte dela vai permanecer nas fezes e oxidar na presença do ar, dando a coloração amarelada e posteriormente escura às fezes; e outra parte desse urobilogênio vai ser reabsorvida no intestino e filtrada pelos rins, dando a coloração amarelada à urina. São conhecidas como estercobilina nas fezes, e  urobilina na urina.

Pelo fato do trânsito da bilirrubina indireta ser constante para o fígado, sua concentração será maior na corrente sanguínea. É possível constatar isso observando os valoresno sangue, cuja quantidade máxima de bilirrubina é 1,2 mg/dl: 0,8 de bilirrubina indireta e até 0,4 de direta. Quando esses valores estão aumentados, é provável que exista agressão hepática. Vai haver a degradação de hemácias e a formação de bilirrubina indireta, mas o fígado não está em condições de fazer seu trabalho, fazendo com que se acumule na corrente sanguínea e não seja eliminada pela urina. Essa falha hepática pode se dar: na captação da bilirrubina (pré-hepático) ou na conversão da indireta para a direta, que é a conjugação (hepática).

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