A Validade em estudos epidemiou

VALIDADE

Validade: termo derivado do latim validus (“forte”). A validade de um estudo epidemiológico está associada à ausência de erros sistemáticos (concepção, metodologia, coleta e análise de dados).

A precisão do estudo está associada à ausência de erros aleatórios (variabilidade no dado que não pode ser explicada).

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                                  Erro sistemático                          Variação amostral[pic 5][pic 6]

                                          VIÉS                                             ERRO ALEATÓRIO

• O julgamento da existência de problemas de validade vai depender do cumprimento de uma série de princípios metodológicos básicos, que poderão, em maior ou menor grau, ser checados utilizando-se os dados do estudo e informações anteriores.
•  A precisão das estimativas fornecidas pelo estudo será avaliada por meio de testes de significância estatística e de intervalos de confiança.

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 Um estudo particular é “internamente válido”, ou simplesmente “válido”, se os seus resultados não podem ser atribuídos a erros sistemáticos. Mas será que os achados específicos de um estudo numa população específica podem ser generalizados para uma outra população?        

Exemplo :   Nurse´s Health Study

 • Práticas conceptivas e impactos em saúde;

• Difícil fazer o estudo com todas as mulheres elegíveis em 50 estados;

 • Restrição: Enfermeiras casadas, 30-55 anos 11 estados com maior número de registros;

 • Vantagens: > taxa de resposta e seguimento;

• Achado: relação inversa entre terapia hormonal pós-menopausa e doença coronariana;

• Seria este resultado generalizável para: Enfermeiras de outros estados?  Outras mulheres americanas?  Mulheres de outros países?

• Validade é o objetivo primordial e Generalização é assunto posterior. A Generalização só pode ser obtida se os resultados de um estudo são válidos.

                                                                                                                               Validade interna[pic 8][pic 9][pic 10]

4-População de Estudo                                                Validade externa      2[pic 11][pic 12]

3-Universo Amostral        3        [pic 13][pic 14]

2-Base Populacional                                                                                                                    4                              

1-População Externa                                                     1

                                                                                                                      Inferência estatística

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Viés de seleção: a medida de associação estimada no estudo está distorcida devido ao modo pelo qual os indivíduos são selecionados para compor a população de estudo. Ocorre na população de estudo, mas não na base populacional.

Viés de aferição: a medida de associação estimada no estudo está distorcida devido a erros na forma como a informação sobre a exposição e/ou doença é obtida. Ocorre nos dados que se têm em mãos, mas não na população de estudo.

Confundimento ou situação de confusão: parte da associação observada decorre da existência de uma ou mais variáveis, denominadas variáveis de confundimento, confundidoras, ou de confusão. É um fenômeno que ocorre na base populacional, e que, portanto, continuaria ocorrendo em um estudo que incluísse todos elementos desta base. 

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Vieses de seleção são distorções nos resultados de um estudo que resultam dos procedimentos utilizados para a seleção dos participantes e/ou de fatores que influenciam a participação no estudo. Ocorre quando os indivíduos apresentam probabilidades diferentes de serem incluídos no estudo de acordo com as características de interesse (exposição e desfecho).

Caso-controle: seleção de casos ou controles depende da situação exposição.

Coorte: seleção de expostos ou não-expostos depende da situação do desfecho.

Seccionais: a exposição influencia a perda de elementos elegíveis de forma diferente entre doentes e não doentes.

-Detecção:

Estudo Caso-Controle

Controvérsia - estrogênio artificial vs. câncer de endométrio

• Alguns estudos encontraram forte associação (OR=9)

• Horowitz e Feinstein (1978):

Estrogênio artificial causa sangramento uterino a despeito da presença de câncer de endométrio; Este sintoma conduziria a mulher a um exame ginecológico; Uma investigação ginecológica revelaria a presença de câncer de endométrio que de outra forma poderia passar desapercebido; A taxa de detecção de câncer de endométrio seria maior entre mulheres em uso de estrogênio do que entre as que não o usassem. Ou seja, o processo de inclusão de casos no estudo seria função da Exposição - superestimação da medida de associação.

-Diagnóstico:

Caso-Controle

Estudo: Avaliar associação entre entre uso de contraceptivo oral e tromboembolismo.

Casos: Mulheres com diagnóstico de tromboembolismo.

Controles: Mulheres internadas no mesmo hospital por outras condições.

Na ausência de um teste diagnóstico definitivo, o conhecimento prévio da presença do fator de exposição influencia a intensidade da busca e o resultado do processo diagnóstico. Mulheres com sintomas consistentes com tromboembolismo presumivelmente seriam mais frequentemente encaminhadas para avaliação em hospitais, e portanto incluídas como casos no estudo, se seus médicos soubessem que elas estavam fazendo uso de contraceptivo oral. O uso de contraceptivo estaria “artificialmente” elevado no grupo de casos.

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