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ALIMENTAÇÃO NA 3ª IDADE

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Por:   •  17/11/2013  •  4.404 Palavras (18 Páginas)  •  242 Visualizações

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Introdução

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o idoso como “uma pessoa com 65 anos ou mais nos países desenvolvidos, e 60 anos nos países em desenvolvimento”. O aumento dessa população vem sendo observado no mundo inteiro, o que ocorre em função da melhoria na qualidade de vida, somado ao avanço da ciência e tecnologia aplicadas na área da saúde. Segundo o IBGE, estima-se que no Brasil, entre 1950 e 2025, a quantidade de idosos aumentará 16 vezes contra cinco vezes da população total.

Atualmente, sabe-se que as principais causas de morte entre idosos são previsíveis e passíveis de prevenção, através de ações relativamente baratas. Estudos mostram que derrames cerebrais e os infartos são as enfermidades que mais matam idosos no país, e considera-se que é possível reduzir as ocorrências através de um programa efetivo de controle da pressão arterial ou ainda pela introdução de hábitos saudáveis. Os programas de controle para idosos podem não apenas evitar as mortes precoces, mas também reduzir o sofrimento com as seqüelas de algumas doenças.

A nutrição e a alimentação na terceira idade ainda são áreas pobres em investigação, sendo pouco exploradas e não tendo recebido a atenção que lhes é devida. Em alguns países desenvolvidos, muitas pesquisas têm sido feitas, visando a identificar o consumo alimentar de idosos, porém na América Latina, particularmente no Brasil, essas investigações praticamente inexistem.

E fundamental que o idoso apresente uma dieta equilibrada em carboidratos, proteínas, gorduras. O atendimento das necessidades de vitaminas e minerais é essencial, pois esses nutrientes, além de atuar regulando diversas funções no organismo, agem como antioxidante e previnem o envelhecimento e aparecimento de doenças. Além disso, é importante a refeição apresentar aspectos agradáveis, como a cor, sabor, aroma e textura, e que seja priorizado o prazer no momento da refeição, atendendo as preferências do idoso.

Atualmente, é pertinente pensamos na necessidade de aprimoramento em produtos e serviços voltados para a população idosa, de forma a promover a prevenção e tratamento dos problemas ocorrentes nessa fase da vida. Na questão nutricional, deve-se priorizar a criação de tecnologias, produtos, serviços e conhecimentos suficientes que agreguem prazer e saúde a essa população, sem desconsiderar as características fisiológicas especiais e uma necessidade nutricional específica.

Alimentação e envelhecimento

Certas características, inerentes ao processo do envelhecimento, determinam peculiaridades no idosos, quais sejam:

A) Mastigação: deve-se levar em consideração a falta de dentes ou a utilização de próteses (dentaduras). No caso da função mastigatória estar íntegra não há razão para modificações de consistência e utilização das chamadas “sopinhas”, purês, etc.

B) Hábitos alimentares: deve-se considerar que a alimentação está associada a influências éticas, religiosas e fatores sócio-econômicos. Por isso, deve-se pensar nesse fator para a adequação da dieta para cada pessoa.

C) Situação sócio-econômica: a renda do idoso é um fator que interfere diretamente na sua alimentação. Sendo assim deve-se recomendar a aquisição de alimentos da época, que têm um custo menor e melhor.

D) Constipação: o indivíduo pode ser acometido por prisão de ventre, devido ao baixo consumo de frutas e verduras, pela diminuição de sua atividade física e pela conseqüente atonia muscular. Deve-se então fornecer abundante quantidade de líquidos e de alimentos ricos em fibras (celulose). Insistir também no consumo de frutas, hortaliças (verduras e legumes) e cereais integrais.

E) Diminuição das sensações: com o avançar da idade pode ocorrer diminuição da sensibilidade gustativa e olfativa que, conseqüentemente, levam à redução do apetite. Sendo assim, a alimentação deverá ser apresentada de maneira atrativa, preparada de modo comum às demais pessoas da família, salvo possíveis restrições dietéticas.

F) Diminuição dos processos digestivos: deve-se fracionar a alimentação diária em várias refeições, geralmente cinco a seis por dia, sendo o volume da cada uma delas reduzido. Essa conduta é necessária para facilitar o trabalho digestivo.

G) Imobilização: a constipação, a obesidade, as úlceras de posição e a impossibilidade de adquirir os alimentos podem levar à osteoporose pela perda de cálcio urinário. A osteoporose pode levar o idoso a uma situação de imobilização parcial ou total. Nesse caso a alimentação, a movimentação na residência e, principalmente, o caminhar são fatores importantes que deverão ser estimulados e controlados.

H) Diminuição da ingestão de ferro: um dos maiores problemas na velhice é a anemia, uma vez que a capacidade de hemopoiese (ligado à formação do sangue) está reduzida pela diminuição da superfície da medula óssea, geralmente localizada apenas nas extremidades dos ossos longos. O consumo de carnes vermelhas, modificadas em sua consistência se necessário (guisados, sopas, etc.), torna-se importante.

I) Diminuição na ingestão de vitaminas e sais minerais: verifica-se nos idosos a carência, principalmente, de vitamina C, folatos, piridoxina e zinco. Deve-se então insistir na ingestão de alimentos protéicos, frutas cítricas (laranja, lima, mexerica) e também verduras.

J) Socialização: é importante que o idoso participe das atividades familiares, das refeições coletivas, pois o contato social estimula o apetite.

Os itens abordados anteriormente são muito importantes e devem ser analisados no momento de planejamento do roteiro alimentar de um idoso.

Funções dos Alimentos

É através dos alimentos que o nosso organismo recebe todas as substâncias (chamadas nutrientes) necessárias ao seu bom funcionamento. Nutrientes são as proteínas, as gorduras, os carboidratos, as vitaminas, os minerais, as fibras e a água.

Cada alimento possui vários nutrientes proporções, exercendo diferentes funções no organismo. Cada nutriente exerce uma função no organismo, e os alimentos são classificados em grupos de acordo com a quantidade de nutrientes que possuem, e, portanto, a função que exercem.

As funções dos alimentos são classificadas em: energética, construtora e reguladora.

A) Função Energética

Uma das funções dos alimentos é a de fornecer energia que funciona como combustível para exercermos as mais

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