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Aborto

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Por:   •  22/2/2015  •  Projeto de pesquisa  •  2.939 Palavras (12 Páginas)  •  275 Visualizações

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1-Introdução

No âmbito da Unidade Curricular Ensino Clínico V - Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica, no 2º semestre do 3º ano do 17º Curso de Licenciatura em Enfermagem, da Universidade do Minho – Escola Superior de Enfermagem, realizou-se um ensino clínico que teve início no dia 12 de Maio de 2014 e terminou no dia 6 de Junho de 2014, no Hospital de Braga, sendo-nos proposta a realização de um trabalho de Campo por imagem.

O documento encontra-se dividido em cinco grandes grupos. O primeiro encontra-se à introdução onde são descritas as características, os objetivos do trabalho e as fontes utilizadas. No segundo abordo a fotografia por mim fotografada, o motivo de a ter seleccionado e a sua fundamentação. O terceiro grupo refere-se propriamente ao tema escolhido: sentimentos vividos no aborto espontâneo na primeira pessoa com realização de uma entrevista. O quarto reporta-se à conclusão sobre o tema escolhido; reflito sobre se os objetivos inumerados na introdução; as dificuldades sentidas ao longo da realização do documento e os ganhos adquiridos com o mesmo. E por último no quinto grupo revelo as referências bibliográficas utilizadas.

Este trabalho tem como principais objetivos do estudo: compreender o significado de aborto espontâneo; perda gestacional; valor atribuído da perda gestacional para a mulher; emoções vividas pela mulher na perda gestacional; disposições da mulher na perda gestacional; representações da perda gestacional; tentativas para ultrapassar a perda gestacional.

Demonstrar toda a pesquisa e entrevista que realizei e consequentes conhecimentos adquiridos; refletir sobre o tem e desenvolver o espírito critico-reflexivo. O trabalho serve também como instrumento de avaliação.

Para realizar este documento, fundamentei-me na entrevista realizada a uma amiga; pesquisei na internet e em livros que abordassem a temática.

2- Fotografia eleita e fundamentação teórica

Fig.1. Cadeira de observação ginecológica

No principio quando fotografei esta cadeira no sabia muito bem que tipo de tema poderia abordar visto que, ela tem varias conotações para cada mulher, pois é muito incomodativo esta setada nela pois a uma total visualização que se torna desagradável para quem se esta a expor.

Numa conversa informar com umas amigas eu pedi uma ajuda sobre o que esta fotografia lhes transmitia. Uma respondeu-me essa cadeira traz-me muita tristeza, e uma recordação dolorosa, quando eu sofri um aborto espontâneo.

Dai o meu tenha de estudo, tentar perceber através da realização de uma entrevista na primeira pessoa sobre os sentimentos vivenciados com o aborto espontâneo.

Estes sentimentos serão descritos ao longo do trabalho, com decorrer da entrevista.

3-Aboto espontâneo

Sendo que este processo é um processo delicado, e por vezes difícil, uma vez que, para que se desenvolva este novo equilíbrio terá que anteriormente ter havido um desequilíbrio, então, será ainda mais difícil quando este processo de adaptação é interrompido de forma íngreme, ou seja, quando ocorre o abortamento espontâneo.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, abortamento é a expulsão ou extracção do feto com peso inferior a 500g, com idade gestacional entre as 20-22 semanas completas ou 140-154 dias completos (Rezende & Montenegro,2002). Existem dois tipos de abortamentos: espontâneo e provocado. O abortamento é considerado espontâneo quando se dá uma interrupção da gravidez sem qualquer intervenção, antes das 20 semanas de gestação.

Referente ao abortamento espontâneo, este pode ter diferentes subcategorias, como é mencionado por Griebel, Halvorsen , Golemon e Day (2005) num estudo que efectuaram sobre “Management of Spontaneous Abortion”. Os autores referem que o aborto espontâneo pode ser: aborto completo, quando a totalidade do produto de concepção é expelido de forma natural, ou seja, não sendo necessário intervenção cirúrgica ou química; aborto incompleto quando algum, do produto de concepção é expelido, alguns produtos ficam retidos podendo ser restos do feto, placenta e/ou membranas; aborto inevitável, quando ocorre a dilatação do cervix mas o produto de concepção não é expelido; aborto perdido,é uma gravidez em que ocorre a morte fetal mas não existe actividade uterina para expelir o produto de concepção; aborto espontâneo recorrente, quando existe três ou mais abortos consecutivos; aborto séptico, o aborto é causado por uma infecção intra-uterina; ameaça de aborto, existe perda de sangue antes das 20 semanas de gestação conduzindo por fim ao aborto.

Barros, citado por Rolim e Canavarro (2001), estima-se que o abortamento espontâneo afecta cerca de 15 a 20 % das gravidezes clinicamente confirmadas, e destas, 80% ocorrem muito precocemente, ou seja, antes das 13 semanas de gestação

3.1- Perda gestacional

Uma perda desencadeia emoções, experiências e mudanças na vida psíquica da pessoa. A duração dessa perda vai depender da intensidade da afinidade com o objecto. As reacções psicológicas que muitas vezes são observadas numa pessoa que sofreu uma perda são: raiva, mágoa, culpa, ansiedade e tristeza. Já as reacções físicas incluem dificuldade para dormir, mudanças no apetite, queixas ou doenças somáticas, isto é, sinais e sintomas relacionados ao transtorno de adaptação e ajustamento (Ballone,2002).

Weiss, citado por Rolim e Canavarro (2006) classificaram as perdas segundo as emoções que provocam e, uma das categorias que está no topo desta classificação é – perda precoce - pois provoca reacções de luto sendo considerada, pelo autor, das mais dolorosas do ponto de vista psicológico.

Proximamente três quartos de todos os abortos sucedem durante o primeiro trimestre, e este derruba a auto-imagem de fertilidade da mulher provocando vergonha e um profundo sentimento de ineficiência. A perda não é a perda de “produtos de concepção”, o aborto causa confusão no íntimo, é um findar de todas as esperanças e expectativas colocadas no bebé, modificando o futuro e o presente (Raphael-Leff, 1997).

Bowles et al. (2000) confirmam esta ideia quando referem que o aborto espontâneo está relacionado a efeitos psicológicos negativos e agrupam os sintomas em quatro categorias: estados emocionais - choque, culpa, raiva, ansiedade, depressão e isolamento; efeitos

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