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Tcc Aborto

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Por:   •  15/5/2013  •  2.280 Palavras (10 Páginas)  •  1.437 Visualizações

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1. ABORTO

1.1 CONCEITO

A palavra aborto vem do latim de abortus, que se origina do termo aborior. Este é o termo usado para se referir ao oposto de orior . Este é, o contrario de nascer. Como tal, o aborto é a interrupção do desenvolvimento do feto durante a gravidez .

Existem dois tipos de abortos: o espontâneo ou natural, e o induzido ou artificial. O aborto espontâneo acontece quando um feto se perde por causas naturais.De acordo com a pesquisa, entre 10% e 50% das gravidezes acabam num aborto natural, condicionado pela saúde e também pela idade da mãe.

O aborto induzido, por sua vez, é aquele que esta sendo provocado com o objetivo é eliminar o feto , com ou sem a assistência medica.Calcula-se que em todos os anos cerca de 46 milhões de mulheres recorrem a esta pratica, em todo o mundo. Deste total 20 milhões são de abortos inseguros, sujeitos a pôr a vida das mulheres em risco.

A maioria das legislações nacionais faz a distinção das duas classes de abortos induzidos:os terapêuticos e os electivos.

Os abortos terapêuticos são justificados pelos médicos para que assim salve a vida da mulher grávida ( se a continuação da gravidez ou parto conter riscos graves para a saúde) ou para evitar que a criança nasça com alguma doença congênita ou genética grave, que coloque em risco de morte ou condene a malformação ou deficiências bastantes severas.

Os abortos electivos costumam ser definidos se a gravidez for fruto de algum delito sexual (uma violação) ou se a mulher não poder ou não deseja guardar ou não puder guardar a criança por razões econômicas e sociais.

Na maioria dos países esta pratica é proibida por lei á exepção de alguns casos mais raros (por exemplo se uma menor de idade tenha sido violentada).

1.2 A Historia do Aborto

Questão do aborto é muitas vezes consideradas uma questão moral, uma questão apenas da vida do feto, mas tem várias outras questões históricas, políticas e sociais que também precisam de atenção numa consideração do assunto. O aborto nem sempre era proibido como hoje em dia, na realidade o aborto era aceito nas sociedades antigas e pré - industriais no mundo inteiro, incluindo o mundo cristão. Também nas sociedades indígenas o aborto era conhecido e usado frequentemente; num estudo de 400 sociedades "primitivas" só tinha uma que desconhecia o aborto, e até hoje o uso de ervas e comum na nossa sociedade. Nas sociedades humanas primitivas, as mulheres usavam esse conhecimento de ervas, tanto anticoncepcionais quanto abortivas para controlar o números de filhos que elas tinha. A mulher era livre e tinha poder econômico e político dentro do clã e geralmente controlava a agricultura e a medicina. Mas enquanto a prática de aborto era livre dentro das sociedades privativas, com o começo da sociedade privada e a formação do estado, as mulheres foram perdendo suas independência e seus controles sobre seus próprios corpos.

As atitudes sobre o aborto sempre tinha a ver com as condições econômicas do lugar, quando as mulheres tornaram "propriedades" dos seus maridos. O feto também foi tratado como propriedade. Pôr exemplo, na lei hebraica eles não falam de aborto provocado pela mulher, mas condenam o aborto provocado pela violência, não como uma morte, mas como "um dano econômico contra o marido da mulher". Do mesmo modo, tanto na Grécia quanto na Roma antiga, o feto era considerado parte do corpo da mulher, e então parte da propriedade do homem. Geralmente o aborto era permitido (com a permissão do marido) porque era necessário para o controle de natalidade; os pensadores Hipócrates, Socrates e Platão apoiavam e até davam conselho sobre métodos. Mas em alguns lugares na Grécia eles proibiam o aborto, como pôr exemplo em Macedonia, porque queriam criar um maior números de atletas e guerrilheiros.

Assim os estados emergentes proibiam e permitiam o aborto dependendo das necessidades deles, usando os corpos das mulheres como instrumento de produção.

A crendice da época era que o feto recebia alma, ou foi "animado" depois de 60 dias, e que até esse ponto era aceitável fazer aborto. Os cristões pegaram essa mesma idéia e ficaram com ela até 1588 quando algumas correntes da igreja começaram a dizer que todos os abortos eram crimes. Mas essa mudança de ideologia não apenas moral; durante essa época a igreja e o estado estavam uma guerra contra as mulheres pôr razões políticas e a posição contra o aborto, era apenas mais uma maneira de tirar o poder das mulheres. Alicia non Grata descreve as condições da época; "A maioria das pessoas tem ouvido falar das caças as bruxas, da inquisição e outros crimes terríveis cometidos em nome de "Deus", mas não fazem idéia de que a caça as bruxas dos séculos 14 e 17 não vinha de "um populacho louco", envenenamento de ergot ou comportamentos extremos levados pela superstição ou pelo medo, mas planos bem executados de extermínio com o objetivo de apagar o poder das mulheres e esmagar as revoltas dos camponeses... A caça as bruxas era uma campanha bem organizada, iniciada, financiada e executada pelo estado e pela igreja. As caças mais virulenta era associadas com períodos de motins sociais, agitação nas raízes do feudalismo, revolta de massa e conspirações camponeses (as), o começo do capitalismo. Também tem evidencia que em algumas áreas a pratica de "bruxaria" representava uma rebelião dirigida pelas mulheres. Nessa época as mulheres ainda tinha poder consideráveis, elas eram as médicas do povo, elas tinham o direito de fazer leis (na Inglaterra) e elas se encontravam em grupos para se discutir conhecimento das ervas, notícias e atividades políticas

O Estado e a igreja entenderam que essa autonomia e poder eram controlar o povo.

Eles então criaram a desculpa de heresia e mataram milhares de mulheres (das cercas de 100.000 pessoas massacradas na caça as bruxas 85% delas eram mulheres).

Mas apesar de toda essa ideologia anti-mulher, a posição da igreja contra o aborto não se tornou oficial até 1869, quando o papa Pio IV declarou todos os abortos como assassinatos, e a igreja católica começou sua luta contra o aborto. A data 1869 coincide com o final e oficialização da revolução científica que era outro movimento querendo tirar conhecimento e poder das mãos das curandeiras e parteiras para concentrariam dentro do estabelecimento médico. Não é

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