As medidas mais eficazes para prevenir a dengue

O final do verão costuma ser a época de maiores chuvas em quase todo o país – as águas de março são, inclusive, tema de um clássico de Tom Jobim. Com os temporais, a formação de poças é inevitável e os riscos de agravamento da dengue nesta época aumentam. Segundo um levantamento do Ministério da Saúde feito no final de 2013, o Brasil tinha cerca de 150 municípios em situação de risco (focos de dengue em mais de 4% das residências visitadas) e mais de 500 em alerta (focos de 1% a 3,9% dos domicílios), a maioria na região Nordeste. No ano passado, houve a notificação de mais de 1,4 milhão de casos suspeitos.

Para prevenir a disseminação da doença, é preciso entender os diferentes meios de proliferação do mosquito da dengue, o Aedes aegypti, de região para região. No Sudeste, por exemplo, 37,5% dos depósitos se encontram em água armazenada em recipientes e 36,4%, no lixo. A maioria desses criadouros fica em domicílios, em pratos de plantas, caixas d’águas e outros locais. E um ovo do mosquito sobrevive por até 300 dias em recipiente seco, à espera de água.

Então, as medidas mais eficientes para evitar a dengue são:

• Mantenha todos os recipientes que podem acumular água fechados ou de cabeça para baixo. Caixas d’água, baldes, latas, garrafas, cestos de lixo, entre outros.

• Coloque areia nos pratos dos vasos de planta.

• Quem tem pneus velhos em casa deve guardá- los em local protegido da chuva ou fazer furos para que não acumulem água.

• Limpe as calhas de escoamento de telhados e lajes, para que a água da chuva não fique acumulada.

• Insista com os vizinhos e amigos para que todos façam o mesmo.

• Denuncie às autoridades empresas, pessoas ou órgãos públicos que não tenham o cuidado necessário com a prevenção.

Quem apresenta um ou mais sintomas da dengue deve buscar, imediatamente, atendimento médico, pois a doença, em seu estado mais grave, pode matar. Quando está com a dengue clássica, a pessoa normalmente tem febre alta e súbita; fortes dores de cabeça; manchas vermelhas na pele; dor atrás dos olhos, nos ossos e nas articulações; falta de apetite; náuseas e vômitos. No caso da dengue hemorrágica, são sentidas fortes dores abdominais; pulso fraco; dificuldades de respiração; confusão mental; perda da consciência; sangramento no nariz, boca e gengivas; boca seca e muita sede; pele pálida, fria e úmida.

O tratamento da dengue, diagnosticada apenas por profissional de saúde, consiste na hidratação constante (beber muita água), repouso e uso da medicação indicada. Vale lembrar que a automedicação é sempre perigosa, sobretudo se for ingerido qualquer remédio à base de ácido acetilsalicílico.