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BETA-LACTAMASE-GRAM-NEGATIVE BACTERIA EXPANDED SPECTRUM (ESBL)

Relatório de pesquisa: BETA-LACTAMASE-GRAM-NEGATIVE BACTERIA EXPANDED SPECTRUM (ESBL). Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  18/2/2015  •  Relatório de pesquisa  •  870 Palavras (4 Páginas)  •  339 Visualizações

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BACTÉRIAS GRAM-NEGATIVAS PRODUTORAS DE BETA-LACTAMASES DE ESPECTRO ESTENDIDO (ESBL)

Histórico

As beta lactamases são enzimas bacterianas que hidrolizam os agentes antimicrobianos beta-lactâmicos. Alguns microrganismos produzem estas enzimas com um grande espectro de atividade, sendo então denominadas de beta-lactamases de espectro estendido (ESBL). A produção destas enzimas foi descrita pela primeira vez na década de 80 em cepas de Klebsiella sp. e logo depois em cepas de E.coli, na Alemanha e Estados Unidos. Durante a década de 90, transformou-se num problema global. Nos últimos vinte anos muitos antibióticos beta-lactâmicos foram desenvolvidos e especificamente preparados para serem resistentes a esta ação hidrolítica das ESBL; no entanto, com o passar do tempo , novas enzimas surgiram pela pressão seletiva do uso e abuso dos novos antibióticos.

A maior parte das ESBL são mutações das beta-lactamases TEM-1, TEM-2 e SHV-1. São codificadas em plasmídeos transferíveis, que normalmente possuem determinantes para resistência contra muitos antimicrobianos, entre eles as cefalosporinas de amplo espectro de ação (terceira geração) como a ceftazidima, cefotaxima e ceftriaxone e aos monobactâmicos como o aztreonam (Quadro 1).

Quadro 1: Beta-lactamases atuantes nos Gram-negativos podem ser agrupadas de acordo com padrão de resistência aos beta-lactâmicos

Determinante/mecanismo Espécies bacterianas Antibióticos beta-lactâmicos comprometidos

Beta-lactamases comuns (TEM-1, SHV-1) Maioria dos Gram-negativos Ampicilina, penicilinas de largo espectro, cefalosporinas de primeira geração.

Não-comprometidos: cefamicinas, cefalosporinas de 3ª geração, carbapenens, combinações com inibidores de beta-lactamases

Beta-lactamases ESBL

(família TEM e SHV) Klebsiella sp., E. coli, algumas cepas de Enterobacter e Serratia Todos acima mais: cefuroxima, cefalosporinas 3ª geração, aztreonam

Não-comprometidos: cefamicinas, carbapenens, combinações com inibidores de beta-lactamases

Beta-lactamases cromossômicas (AmpC) E. cloacae, S.marcescens,

C. freundii, P.aeruginosa, outras Todos exceto imipenem e cefalosporinas de 4ª geração

Beta-lactamases tipo AmpC plasmídio-mediadas Klebsiella sp., E. coli Todos exceto imipenem e cefalosporinas de 4ª geração

Carbapenases cromossômicas Enterobacter, Serratia

X. maltophilia,

Acinetobacter (algumas cepas) Imipenem, outros beta-lactâmicos

exceto ampicilina + sulbactam

Carbapenases plasmidiais P. aeruginosa Imipenem, outros beta-lactâmicos

Fonte: Mendonça (1997)

Importância clínica

As estirpes produtoras de ESBL podem ser responsáveis por grandes surtos hospitalares com alta morbidade e mortalidade e são também uma importante fonte de transferência de resistência aos antibióticos para outros microrganismos. As infecções mais comuns são bacteremia (causada geralmente por infecção de cateter vascular), seguida de infecção de ferida cirúrgica e inf. urinária. Já foram relatados casos de peritonite hospitalar com abscessos intra-abdominais e pneumonia associada à ventilação mecânica.

A alta incidência de estirpes produtoras de ESBL é um indicativo de atividades deficientes no controle de infecção e do uso de antibióticos. Além disso, provocam o uso excessivo de outros antibióticos de largo espectro.

O diagnóstico e o tratamento de infecções causadas por microrganismos produtores destas enzimas podem ser bastante difíceis, especialmente nos caso de bacteremia. Seu controle, porém, pode limitar a ocorrência de surtos hospitalares.

Epidemiologia

• Fatores de risco para a colonização ou infecção:

 Procedimentos invasivos e manipulação do paciente

 Internação prolongada e admissão em UTI

 Antibioticoterapia prévia, especialmente beta-lactâmicos

Diagnóstico

O aumento da prevalência de enterobactérias produzindo estas beta-lactamases determinou o desenvolvimento de metodologias para a detecção da produção destas enzimas no microrganismo isolado, condição importante para o tratamento do paciente, porque permite ao médico selecionar o antibiótico adequado evitando medicamentos ineficazes e de alto custo.

Exemplo: Klebsiella pneumoniae ESBL positiva

Disco

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