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Divisão Celular

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Por:   •  24/5/2014  •  3.816 Palavras (16 Páginas)  •  419 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

De acordo com Saltsman (2009), cada um de nós começou como uma única célula. Essa célula não podia mover-se, nem pensar, ver, ou fazer coisas como rir e falar; mas uma coisa podia fazer bem, dividir-se – e assim o fez. Aquela célula única tornou-se duas, e depois quatro, oito, e assim por diante, até se tornar uma pessoa. Uma pessoa que pode rir de uma piada, ler um livro, comer um chocolate, ouvir uma sinfonia, e tantas coisas mais.

Este trabalho, fala sobre a divisão celular, um tema que fascina os cientistas desde que foi pela primeira vez observada ao microscópio, há mais de 100 anos.

Os cientistas podem, na realidade, observar diretamente as células a dividirem-se, e têm sido capazes de descrever as regras da divisão, observando atentamente o processo, da mesma maneira que uma pessoa poderia gradualmente aprender as regras de um jogo, como o futebol ou o xadrez, apenas pela mera observação repetida do jogo (SALTSMAN, 2009).

Através do acoplamento de câmaras aos microscópios, os cientistas têm produzido imagens fascinantes do processo de divisão celular (Fig. 1).

Figura 1. Micrografias fluorescentes de algumas etapas da divisão celular.

Fonte: Dr. Torsten Wittmann.

2. DIVISÃO CELULAR

Graci (acesso 11/03/2014) afirma que um dos processos mais importantes que acontece com a célula é a divisão celular. Nele as células passam por profundas mudanças e sua estrutura é grandemente alterada.

A divisão celular é o mecanismo que leva as células a se multiplicarem dando origem a outras células. De acordo com o E Guia do Estudante (2011), durante a divisão celular, dois aspectos importantes acontecem: divisão do núcleo (cariotomia ou cariocinese) e divisão do citoplasma (citocinese ou citodierese).

O processo de divisão celular pode ser resumido em duas grandes etapas (Fig. 2) que serão descritas a seguir.

Figura 2. Esquema do processo de divisão celular na espécie humana.

Fonte: Roberto (acesso em 12/11/2012).

Suponhamos que, numa dada espécie pluricelular, o número de cromossomos seja diplóide (2n) e que ela seja dióica, isto é, com sexos separados (FONSECA, 2000).

Sendo a reprodução sexuada, para que se conserve o número diplóide de cromossomos é necessário que em algumas células (gametas) esse número seja reduzido à metade (n). O processo de divisão celular em que isso ocorre é a meiose (FONSECA, 2000, grifo do autor).

Da união dos gametas haplóides (n) origina-se o ovo ou zigoto, com número diplóide de cromossomos. Dessa forma se reconstitui o número diplóide peculiar da espécie (FONSECA, 2000, grifo do autor).

Contudo, para se desenvolver, a partir do zigoto, um novo indivíduo composto de células com o mesmo número diplóide de cromossomos, é imprescindível que o número cromossômico do zigoto se duplique a fim de produzir duas células com igual número cromossômico. Esse processo deve repetir-se consecutivamente até completar a formação do novo indivíduo (FONSECA, 2000).

O processo de divisão de uma célula, produzindo outras com igual número cromossômico, denomina-se mitose (FONSECA, 2000, grifo do autor).

Assim, Fonseca (2000) conclui que há dois processos básicos de divisão celular: mitose e meiose, como pode ser observado na Figura 3 (grifo do autor).

Figura 3. Comparação entre os dois ciclos de divisão celular.

Fonte: Adaptado de Seixas, 2006.

2.1. MITOSE

Mitose é o processo de divisão celular caracterizado pela duplicação de todos os componentes celulares e pela distribuição uniforme e equivalente desses elementos nas duas células-filhas (FONSECA, 2000).

É a mitose que garante a reprodução dos organismos unicelulares e o crescimento, por aumento do número de células, dos organismos pluricelulares (FONSECA, 2000).

A divisão da célula compreende tanto na divisão do núcleo (cariocinese) como na divisão do citoplasma (citocinese) (FONSECA, 2000).

Para facilitar a análise, a mitose é descrita em várias fases teoricamente estabelecidas: prófase, metáfase, anáfase e telófase (FONSECA, 2000).

2.1.1. Fases da mitose

2.1.1.1. A intérfase – O ciclo celular

Burle (2012) esclarece que o ciclo celular é composto por duas fases (Fig. 4), a intérfase, em que a célula se prepara para a divisão, e a mitose, que é a divisão celular propriamente dita (grifo nosso) .

Antes que entre em mitose, a célula passa por uma etapa de grande atividade metabólica. É a intérfase, durante a qual os cromossomos se apresentam como filamentos alongados, mas não individualizados, sofrendo duplicação que dá origem às cromátides-irmãs (FONSECA, 2000).

Nessa fase ocorre síntese e duplicação de DNA, bem como intensa síntese de RNA e proteínas (FONSECA, 2000).

A interfase é um processo muito mais demorado do que a mitose (FONSECA, 2000). De acordo com Dias (2009), a intérfase leva em torno de 16 a 24 horas para se processar, mas a velocidade depende do tipo celular. Fonseca (2000) exemplifica: nas células epiteliais, enquanto a mitose ocorre em pouco mais de uma hora, a intérfase consome cerca de 18 horas. Da mesma forma, em células de tecidos embrionários de vegetais a mitose demora cerca de 5 a 6 horas, enquanto que a interfase dura quase 20 horas.

Fonseca (2000), afirma que levando em conta as concentrações de DNA cromossômico, a intérfase está dividida em três períodos: G1 (do inglês first gap = primeiro intervalo), S (synthesis) e G2 (second gap) (Fig. 4).

a) Período G1: é o período de produção de enzimas, proteínas e portanto, síntese de RNA. Nesse período a célula aumenta de tamanho (LANE, acesso 22/02/2014).

b) Período S: período em que ocorre a síntese e produção do DNA (LANE, acesso 22/02/2014).

c) Período G2: assemelha-se ao período G1, porém, neste período o DNA está duplicado (LANE,

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