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Doenças Infecto-contagiosas

Por:   •  13/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  5.169 Palavras (21 Páginas)  •  477 Visualizações

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CASO CLÍNICO / DIP

1. INTRODUÇÃO

        A enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde e qualidade de vida da pessoa, família e coletividade. O profissional de enfermagem atua na promoção, prevenção, recuperação, reabilitação da saúde com autonomia e em consonância com os preceitos éticos e legais (COREN-RJ, 2005).  Partindo desta premissa, a disciplina de Enfermagem em Doenças Infecciosas e  Parasitárias  busca promover o contato do acadêmico com as habilidades assistenciais da profissão relacionadas as doenças parasitária e infectocontagiosa.

        A luz da Teoria de Florence Nightingale que sustenta a importância de olhar além do indivíduo, percebendo o ambiente social no qual ele vive e entendendo que a  doença nem sempre era a causa dos sofrimentos físicos. A autora defendia a idéia de que, na maioria das vezes, o que incomodavam os clientes não eram somente os sintomas da doença, mas as condições em que o mesmo se encontrava. E é justamente neste cenário que se estabelece o papel do enfermeiro em amenizar os sofrimentos através da promoção de um ambiente propício para sua recuperação. Propôs, portanto, os seguintes princípios de arejamento e aquecimento, condições sanitárias, ruídos, variedade, alimentação, cama e roupa de cama, iluminação, limpeza, higiene pessoal, esperança pessoa,; controle de atividades menores, esperanças e conselhos e observação do doente.

        Embasadas nesta teoria realizamos este estudo de caso com cliente adulto, do sexo masculino, acometido pela SIDA. Devido a pandemia desta doença é  de  fundamental importância que a equipe de saúde esteja preparada para receber e prestar um cuidado humanizado, atentando-se para as medidas de proteção para evitar a contaminação da equipe e de outros usuários.

        Este trabalho tem por objetivos aprimorar nossos conhecimentos acerca da temática e aplicar o processo de enfermagem utilizando como instrumento os diagnósticos  de enfermagem relacionados ao caso segundo a North American Nursing Diagnosis Association – NANDA.

2.REISÃO DE LITERATURA

HIV / AIDS / SIDA

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS/SIDA) foi reconhecida oficialmente como doença em l98l, pelo Centro de Controle de Doenças e Prevenção (CDC) em função de uma explosão de casos inexplicados de sarcoma de Kaposi e de pneumonia por Pneumocystis carinni em homossexuais masculinos ocorridos em diversas cidades dos Estados Unidos. (SOUZA et al, 2000, p. 79-85)

Smeltzer e Bare (2005, p. 1638) afirma em sua obra que a transmissão do vírus HIV ocorre através dos líquidos corporais que contenham o HIV e/ou linfócitos TCD4+ (ou CD4), podendo servir de veiculo o sangue, liquido seminal, secreções vaginais, líquido amniótico e leite materno. Portanto, qualquer comportamento que resulte em rupturas na pele ou mucosa representam uma porta de entrada para a instalação do vírus.

O HIV se integra ao sistema imune como parasitas intrecelulares, são pertencentes à classe dos retrovírus, ou seja, sua carga genética está expressa na forma de RNA. Esse vírus têm afinidade por células CD4 e ao intalar-se nessas células, tem seu RNA copiado pela enzima trascriptase reversa, formado a fita dupla de DNA que se integrará ao DNA celular pela ação da enzima viral integrase. A partir daí a célula perde suas funções habituais e  passam a produzir proteínas e RNAs virais, formado assim novas partículas virais que irão infectar outras células.( SMELTZER e BARE, 2005, P. 1641).

Após a infecção pelo vírus HIV a pessoa pode apresentar-se assintomático por um longo período até o desenvolvimento da doença (AIDS ou SIDA) ou até mesmo nunca chegar a manifestação dos sinais e sintomas. Hoje, no Brasil é assegurado gratuitamente pelo Ministério da Saúde o tratamento da doença através do uso contínuo de um coquetel de drogas que retardam a evolução para SIDA.

Monteiro et al (2000, p.175-180) relata em sua obra que pacientes que já evoluíram para SIDA tendem a sofrer deficiências alimentares, essa pode ser a causa da subnutrição crônica observada em pacientes com AIDS. A perda de peso ocorre devido à anorexia, o aumento do gasto energético (associado ou não à febre), crescente proteólise muscular, com balanço nitrogenado negativo.

Os pacientes com AIDS apresentam inúmeros sintomas relacionados à doença, bem como efeitos colaterais do tratamento. O paciente imunodeprimido fica susceptível a inúmeras doenças oportunistas, dentre elas, as que se referem ao sistema respiratório causando dispnéia, tosse, dor torácia e febre. Smeltzer e Bare (2005, p. 1649) relatam que a mais freqüente é a infecção causada pelo Pneumocystis carinii (PCP)

Pneumocystis carinii (PCP)

De acordo com Barra el al (2000, p. 149-152),

O Pneumocystis carinii foi recentemente reclassificado por análise genômica como um fungo. É uma infecção oportunística em imunocomprometidos, sobretudo naqueles com AIDS, ocorrendo freqüentemente em pacientes com contagem de linfócitos CD4+ inferior a 200 células/mm.

 O P. carinii invade os alvéolos pulmonares e desenvolvem a consolidação do parênquima pulmonar em 80% dos indivíduos infectados pelo vírus HIV quando estes não aderem corretamente ao tratamento. Inicialmente, surgem sinais e sintomas inespecíficos como tosse não produtiva, febre, calafrios, dispnéia e em alguns casos, dor torácica, podendo evoluir para hipoxemia grave, cianose e insuficiência respiratória. A PCP pode ser diagnosticada por identificação do organismo no escarro ou no tecido pulmonar através da biopsia. (SMELTZER e BARE, 2005, p. 1649).

Tuberculose Pulmonar

A tuberculose pulmonar (TB) é causada pela Mycobacterium tuberculosis, é uma doença infecto-contagiosa que apresenta características sociais e demográficas. É mais encontrada nos grandes centros, onde a densidade populacional é alta, e está freqüentemente associada a indicadores sociais de pobreza, como exclusão social, baixo nível educacional e habitacional, desnutrição, dificuldades de acesso aos serviços básicos de saúde, alcoolismo e também a doenças associadas, como a co-infecção pelo HIV.(VIEIRA e RIBEIRO, 2008, p.159-166).

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