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EPIGENÉTICA E AS RELAÇÕES COM O CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO

Por:   •  25/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.226 Palavras (5 Páginas)  •  352 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC[pic 1]

CURSO DE MEDICINA

ANDERSON RICARDO CANTARELI DA SILVA  

JOÃO VITOR AMBONI BRUNELLI 

 EPIGENÉTICA E AS RELAÇOES COM O CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO  

CRICIÚMA

2018

ANDERSON RICARDO CANTARELI DA SILVA
JOÃO VITOR AMBONI BRUNELLI
[pic 2]

 EPIGENÉTICA E AS RELAÇOES COM O CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO  

Trabalho curricular apresentado na disciplina de Genética, no curso de Medicina da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC.

Professora: Lutiana Roque Simões

CRICIÚMA

2018


SUMÁRIO[pic 3]

1

INTRODUÇÃO

 4

2

EPIGENÉTICA NA CARCINOGÊNESE DE CABEÇA E PESCOÇO

4

3

POLIMORFISMOS GENÉTICOS ENVOLVIDOS NO METABOLISMO DO FOLATO E O CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO

5

3.1

Polimorfismo MTHFR C677T

5

3.2

Polimorfismo MTR A2756G

5

3.3

Polimorfismo MTRR A66G

6

3.4

Polimorfismo RFC1 A80G

6

4

CONCLUSÃO

6

5

REFERÊNCIA

7


1 - INTRODUÇÃO  

Assim como marcas epigenéticas podem dar a uma célula tronco ou a uma célula progenitora precoce um fenótipo imaturo com potencial expandido para sobreviver e replicar, mudanças epigenéticas nas células cancerosas podem promover propriedades semelhantes, incluindo imaturidade, resistência à morte celular e alto potencial replicativo. As alterações epigenéticas podem incluir hipometilação global e / ou hipermetilação de promotores específicos de genes, bem como alterações na metilação e acetilação de histonas (Figueroa, 2018)

2 EPIGENÉTICA NA CARCINOGÊNESE DE CABEÇA E PESCOÇO

Segundo Muller (2008) a epigenética é defnida como modifcações do genoma, herdável durante a divisão celular, que não envolve uma mudança na sequência do DNA. Mecanismos epigenéticos atuam para mudar a acessibilidade da cromatina para regulação transcricional pelas modifcações do DNA e pela modifcação ou rearranjo de nucleossomos. Estes mecanismos são componentes críticos no desenvolvimento normal e no crescimento das células. A regulação epigenética do gene colabora com as alterações genéticas do desenvolvimento do câncer. Para Figueroa (2018) as anormalidades epigenéticas são uma característica do câncer, mas cada tipo de câncer é caracterizado por padrões específicos de alterações nas marcas epigenéticas, que contribuem para a determinação do fenótipo biológico.

Quanto ao o carcinoma de cabeça e pescoço, segundo Goldman (2009) é classificada como carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço e os sítios anatômicos que estão incluídos neste grupo compreendem a cavidade oral, faringe e laringe. Este tipo de tumor acomete em maior proporção indivíduos do gênero masculino e com idade avançada.Os principais fatores de risco já estabelecidos para esta doença são tabagismo e etilismo, que quando atuam em conjunto multiplicam o risco para câncer.

O consumo excessivo do tabaco e do alcool podem resultar em deficiências nutricionais devido às falhas na absorção intestinal e alterar vias metabólicas importantes, como, por exemplo, a do metabolismo do folato envolvida nas reações de metilação celular. Como consequência, a metilação de genes com um potencial papel na carcinogênese pode ser comprometida, pois este micronutriente participa da síntese, reparo e metilação do DNA.

Quanto ao folato Galbiatti (2012) explica que está envolvido na formação de grupos metil (CH3) durante a interconversão de um carbono no metabolismo intermediário de S-adenosilmetionina (SAM), que serve como um doador de grupos metil nas reações de metilação celulares. A metilação do DNA é a transferência de grupos metil para a posição 5 de resíduos de citosinas localizadas em dinucleotídeos citosina-guanina (CpG), por meio de reações catalisadas por proteínas denominadas DNA metiltransferases. Esta modificação epigenética do DNA possui vários papéis funcionais, incluindo controle da expressão gênica, estabilidade da estrutura da cromatina e manutenção da estabilidade genômica. As alterações nos níveis de folato devido a polimorfismos genéticos envolvidos em sua via metabólica estão associadas com mudanças na metilação, síntese e reparo do DNA, pois níveis adequados de folato são essenciais para a biossíntese de purinas e pirimidinas, necessárias para esses processos biológicos.


        Já a metilação da Hcy serve para repor os estoques de SAM quando a metionina estiver em baixos níveis. A enzima Betaína-homocisteína metiltransferase (BHMT) catalisa a conversão da Hcy para metionina em uma via alternativa de remetilação, na qual o aminoácido betaína atua como doador de grupos metil para esta reação. Quando a via de remetilação da Hcy catalisada pela enzima MTR, dependente de folato, encontra-se alterada por fatores genéticos ou ambientais, a enzima BHMT desenvolve papel crucial na homeostase da Hcy (Galbiatti, 2012).


3 POLIMORFISMOS GENÉTICOS ENVOLVIDOS NO METABOLISMO DO FOLATO E O CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO

Segundo Biselli (2006) existem vários genes polimórficos que codificam enzimas envolvidas na biotransformação de carcinógenos têm sido associados ao desenvolvimento de câncer. Essas enzimas podem alterar sua expressão ou função, modificando o biometabolismo de compostos carcinógenos.

3.1 Polimorfismo MTHFR C677T

Este polimorfismo está associado à redução da atividade enzimática, limitando a conversão de 5,10 metilenotetrahidrofolato para 5-MTHFR, a forma de folato requerida para as reações de metilação do DNA. Além disso, o genótipo homozigoto polimórfico foi associado com níveis baixos de folato e níveis mais altos de homocisteina no plasma e, consequentemente, a diminuição de folato plasmático pode ocasionar hipometilação do DNA e câncer (Galbiatti, 2012).

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