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Efeitos Genéticos De Drogas Na Gestação

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Por:   •  15/9/2014  •  883 Palavras (4 Páginas)  •  428 Visualizações

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Efeitos Genéticos De Drogas Na Gestação

1. O processo de transferência de drogas e medicamentos da gestante ao feto.

Segundo Moore (2004) a comunicação entre feto e mãe se dá através da placenta, local básico de trocas de nutrientes e gases. A membrana placentária era denominada de barreira placentária, um termo inadequado, pois somente poucas substâncias endógenas ou exógenas são incapazes de cruzar a membrana placentária em quantidades detectáveis. A maioria das drogas e outras substâncias no plasma materno passam pela membrana placentária e penetram no plasma fetal. A maioria das drogas cruza a placenta por difusão simples, exceto aquelas que se assemelham estruturalmente a aminoácidos, como a metildopa e antimetabólitos. O uso de drogas, como a heroína, pode levar à dependência fetal a drogas. Com exceção dos relaxantes musculares, como a succinilcolina e o curare, a maioria dos agentes usados durante o parto cruzam a membrana placentária.Dependendo da dose e do momento em que forem administradas no decorrer do parto,estas drogas podem causar depressão respiratória na criança recém-nascida.Todos os sedativos e analgésicos afetam o feto de alguma maneira.As drogas tomadas pela mãe podem afetar diretamente ou indiretamente, o embrião/feto interferindo com o metabolismo materno da placenta (MOORE;PERSAUD,2004).

As substâncias ao atravessarem a placenta e atingirem a circulação sanguínea fetal podem ocasionar efeitos teratogênicos. Estes efeitos podem decorrer de fatores genéticos,como anormalidades cromossômicas e ambientais, por drogas e vírus.Entretanto há anomalias gênicas causadas por fatores genéticos e ambientais, formando em conjunto uma herança multifatorial (MOORE; PERSAUD, 2004). O princípio importante é que ”nem tudo que surge na família é genético”. Fatores ambientais causam de 7 a 10% das anomalias congênitas. Como a diferenciação bioquímica precede a diferenciação morfológica, o período durante o qual estruturas são sensíveis à interferência dos teratógenos frequentemente precede, em alguns dias o estágio no qual seu desenvolvimento se torna visível.Os teratógenos só parecem ser capazes de causar anomalias após o início da diferenciação celular;entretanto, suas ações iniciais podem causar a morte do embrião. Muitos estudos mostraram que certas condições hereditárias e ambientais podem afetar de modo adverso o desenvolvimento embrionário, alterando processos fundamentais como o compartimento intracelular, a superfície da célula, a matriz extracelular e ambiente fetal. Foi sugerido que a resposta celular inicial pode se dar de mais de uma forma(genética, molecular,bioquímica e biofísica), resultando em diferente seqüências de mudanças celulares(morte celular,interação-indução celular defeituosa, biossíntese reduzida de substratos, movimentos morfogênicos deficientes e rompimento mecânico).É razoável especular que a perturbação da atividade gênica em qualquer estágio crítico possa levar a um defeito do desenvolvimento (MOORE; PERSAUD, 2004).

Durante a gestação a mulher passa por alterações fisiológicas, tais como aumento da secreção de hormônios gonadotrópicos (estrogênio e progesterona,por exemplo). No artigo Transferência placentária de drogas, Cavalli argumenta que na gestação a absorção de drogas se altera, pois a motilidade gastrointestinal e a secreção gástrica ficam diminuídas, e mudanças no pH gástrico alteram a ionização e solubilidade de muitas substâncias, modificando sua biodisponibilidade. Depois de absorvidas, as drogas podem ter seu metabolismo hepático alterado, decorrente dos elevados níveis hormonais.A água corpórea total está aumentada entre 5 e 8% na grávida, além de estar presente no feto, placenta e líquido amniótico, aumentando o volume de distribuição

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