O efeito, as consequências do uso de drogas

Introdução

Nada acontece por acaso, e na questão das drogas também se aplica esta premissa, pois se ela está presente na sociedade é porque existiu e existem causas.

Essa abertura vai muito além do simples usuário final (viciado), pois o processo passa por todas as grandes teias que formam o tecido social, tais como a cultura, a educação , os níveis de desenvolvimento econômico e social, a maturidade do exercício político, as diferenças nos índices de concentração de renda entre o mais ricos e os mais pobres, o grau de honestidade e ética (valores, princípios) das pessoas e das instituições que compõe a sociedade, bem como, as próprias religiões também podem ter envolvimentos com essa questão.

Neste trabalho, além de mostrar as questões que geralmente estão no censo comum da questão das drogas, como a preocupação focada no usuário final e suas consequências (viciado, traficante, doenças, roubo, morte, repressão policial, tentativa de recuperação dos viciados, etc...), vamos mostrar que essas questões são na verdade, os efeitos, as consequências, a ponta do iciberg de uma problemática muito mais profunda, na medida que as drogas envolvem muito mais que o traficante no beco de uma vila, ou num apartamento de luxo, vendendo o seu produto (cocaína, heroína, crack, maconha, alucinógenos, etc..) para um usuário final/viciado, seja ele de classe pobre ou rico. Veremos que por traz de tudo isso existe uma participação de representantes de todas as instituições que aprendemos a acreditar como sendo àquelas que nos defenderiam, que protegeriam, que manteria de pé os valores nobres que qualquer sociedade busca em sua essência, e que vemos agora como entorpecida, escrava e viciada em defender interesses pessoais, relegando o seu povo a experimentar as consequências de vícios que modificam e acabam não só com as vidas da pessoas que usas, mas de suas famílias e de seus relacionamento sociais, matando sonhos e expectativas de terem uma vida normal e em paz, e consequentemente, gerando o medo no pensamento coletivo.

Assim, vamos ver dados que mostram bancos criados para lavar dinheiro do narcotráfico, frotas de boing 727 comprados especificamente para fazer o transporte das drogas a qualquer parte do planeta, empresas de táxi aéreos com aviões mais pequenos para transporte nas fronteiras dos países por onde passam com seus produtos, redes de submarinos que são utilizados como uma outra forma de fazer a droga chegar ao seu destino. E perguntamos: Como pode tudo isso? Fica fácil deduzir a participação de representantes dos governos de vários países, representantes do alto escalão das forças armadas (exército, marinha, aeronáutica, policia civil e militares), pois como pode mais de 100 submarinos serem utilizados para transportar as drogas, se eles são de uso específico da marinha? Como vários boings 727 cruzar o espaço aérea de vários países, continuamente, com cargas exclusiva de drogas, sem serem vistos? Como pode um banco ser criado especificamente para lavar dinheiro do narcotráfico?

Por isso, o objetivo principal deste trabalho, além de mostrar algumas estatísticas focada nas consequências aos usuários finais e a sociedade, é divulgar também alguns dados que geralmente as pessoas não enxergam e não pensam a respeito, que é esse emaranhado de relações para produzir, industrializar, transportar, comercializar e disponibilizar essas drogas ao usuário final, tudo de forma planejada, teias de interesse e corrupção nos quais as drogas estão inseridas, devido ao fato de ser um dos negócios mais lucrativos que existe no mundo, do ponto de vista econômico.

UMA VISÃO GERAL DO NARCOTRÁFEGO

A questão das drogas é muito mais do que um simples vicio.....

Trata-se na verdade, do ponto de vista econômico, de um dos negócios mais lucrativos do mundo, centenas de vezes mais rentáveis do que certas empresas de sucesso consideradas “ top” do mundo econômico.

Pesquisa comparativa em um ano, de ação da empresa Apple (empresa de tecnologia top) revelou que suas ações subiram 29% (quem aplicou 1000 euros lucrou 290). Se o mesmo valor tivesse sido aplicado em cocaína, o lucro teria sido de 181.000 !

Nesse contexto , existe toda uma rede de interesses e corrupção com a participação de pessoas de todas as instituições legais dos países envolvidos, desde empresários, governos, forças militares, representantes das esferas legais(advogados, juízes), e até mesmo religiões... e no final do processo está o usuário final ou viciado, ao qual a droga chega através dos traficantes.

Em linhas gerais, há várias décadas os países vem tentando ações para reduzir a influência das drogas, utilizando, porém, a estratégia baseada na repressão militar, meio que consumiu muito dinheiro e gerou mais violência, sem conter a expansão do poder dos narcotraficantes.

Por isso, até os EUA parecem dispostos a abandonar essa política de “ guerra as drogas”. Enquanto isso, países como Portugal liberam o consumo de drogas e colhe bons resultados.

Segue, abaixo, algumas informações verificadas desde a década de 70, com respeito as essas ações sobre o mundo das drogas:

Em 1971 O presidente Richard Nixton lança a “guerra as drogas nos EUA.

Em 1975 O tráfico internacional de cocaína ganha corpo com o cartel de Medellin na Colômbia.

Em 1976 O candidato à presidente dos EUA, Jimmy Carter, defende a legalização da maconha;

A Holanda permite o uso da maconha em bares licenciados por lei.

Em 1986 É o auge dos cartéis colombianos de Pablo Escobar, o traficante n° 1.

Ronald Reagan cria a politica para punir usuários e destina bilhões de dólares para a

“guerra”.

Em 1996 A maconha para uso medicinal é legalizada na Califórnia. Ao longos dos anos outros 17 estados seguiram essa medida.

Em 2000 O plano Colômbia recebe bilhões de dólares dos EUA para conter a produção de coca no