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Epidemiologia

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Por:   •  24/11/2013  •  1.880 Palavras (8 Páginas)  •  858 Visualizações

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Definição

Estudo dos fatores que determinam a frequência e a distribuição das doenças nas coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação das doenças e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde.

Historia

A história da epidemiologia confunde-se com a história da medicina

Algum marcos:

Evolução até o século XIX

• Hipócrates: há 2.500 anos, analisava as doenças em bases racionais, como produto da relação do indivíduo com o ambiente. O clima, a maneira de viver, os hábitos de comer e de beber deveriam ser levados em conta ao analisar as doenças.

• Preservação de seus ensinamentos (Hipócrates) - Galeno 9Roma antiga) – Árabes (idade média) – clínicos (Europa Ocidental, Renascença) – toda parte.

• Teoria miasmática

• Primórdios da quantificação dos problemas de saúde iniciada há três séculos mediante a quantificação dos dados de mortalidade.

• John Graunt (1620-1674): tratado sobre as tabela mortuária em Londres: mortalidade por sexo e região: quantos óbitos ocorriam em relação ao total da população. “Pai da demografia e das estatísticas vitais”.

O século XIX

• Europa como centro das ciências- Revolução industrial e deslocamento das populações para as cidades e a ocorrência das epidemias de cólera, febre tifoide e febre amarela. Os estudiosos se dividiam entre a teoria dos miasmas e teoria dos germes.

• Pierre Louis : introduziu o método estatístico na contagem dos eventos, revelou a letalidade da pneumonia em relação à época em que era iniciado o tratamento por sangria.

• Louis Villermé: investigou a pobreza, as condições de trabalho e suas repercussões sobre a saúde e a estreita relação entre situação socioeconômica e mortalidade. (saúde dos trabalhadores das indústrias de algodão, lã e seda).

•William Farr: trabalhou 40 anos no Escritório Geral de registros da Inglaterra: classificação das doenças ,descrição das leis das epidemias (lei de Farr). Possibilitou o acesso dos estudiosos a um manancial de informações. Conclusões: mais da ½ das crianças não chegava à idade de 5 anos; a idade média do óbito nas classes altas era de 36 anos, trabalhadores do comércio 22 anos e da indústria 16 anos.

• John Snow; investigações sobre epidemia de cólera: o consumo de água poluída como responsável pelos episódios da doença e traçar os princípios de prevenção e controle de novos surtos válidos ainda hoje, mas fixados muito antes ao isoladamente do agente etiológico. Pai da “epidemiologia de campo”: coleta planejada de dados.

• Louis Pasteur; “pai da bacteriologia”, bases biológicas para o estudo das doenças infecciosas, identificou e isolaram numerosas bactérias, estudo da fermentação da cerveja e do leite, investigação das bactérias patogênicas e dos meios de destruí-las ou impedir sua multiplicação e os princípios da “pasteurização”: consolidação das teoria do agente. Seguem-se inúmeras pesquisas (Robert Koch), abandona-se a teoria dos miasmas com a descoberta dos agentes causais das doenças.

Primeira metade do sec. XX.

• Influência da microbiologia: estudos concentrados no laboratório, os demais ramos da medicina eram subordinados à este conhecimento. A formação do sanitarista centrava-se no laboratório.

Oswaldo Cruz (1872-1917): fundou o Instituto em Manguinhos-Rj, propiciando uma gama de pesquisas e investimentos na área, além de combate à febre tifoide, peste e varíola. Figuras que ali se destacaram: Carlos Chagas, Adolfo Lutz (febre amarela) e Emílio Ribas.

• Desdobramentos da teoria dos germes

Saneamento ambiental, vetores e reservatórios de agentes.

Ecologia

•Base de dados para a moderna epidemiologia: estatísticas vitais: informações sobre nascimentos, óbitos, informações sobre morbidade a partir dos dados oficiais e sem as quais não seriam possíveis as investigações etiológicas.

• Epidemiologia nutricional: algumas doenças tidas como infecciosas tinham , na verdade natureza nutricional Segunda metade do século XX: mudanças das doenças prevalentes de infecciosas para as doenças crônicas e degenerativas como causa de mortalidade e morbidade:

• A determinação das condições de saúde da população (inquéritos de morbidade e de mortalidade);

• A busca sistemática de fatores antecedentes ao aparecimento das doenças, que possam ser rotulados como agentes ou fatores de risco (rubéola, cigarro, e coronariopatias);

• A avaliação da utilidade e da segurança das intervenções propostas para alterar a incidência ou a evolução da doença, através de estudos controlados. (estreptomicina na tuberculose, fluoretação da água, vacina contra poliomielite).

Situação atual

• Praticamente todos os agravos à saúde já foram ou estão sendo estudados através de estudos epidemiológicos;

• Teoria da multicausalidade (necessidade da epidemiologia analítica);

• Tornou-se claro que os agentes microbianos e físicos não eram capazes de explicar todas as questões de etiologia e prognóstico das doenças.

•Incorporação dos princípios da psicologia e sociologia

• Análise multivariada

Tendências da epidemiologia atual

• Epidemiologia clínica; aplicação do método epidemiológico na clínica (indivíduo)

• Epidemiologia social: renascer da determinação social da doença

Pilares da epidemiologia atual

• Ciências biológicas (clínica, patologia, microbiologia, parasitologia,

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