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Epidemiologia: DEFINIÇÃO E HISTÓRIA

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Por:   •  16/3/2014  •  Seminário  •  3.023 Palavras (13 Páginas)  •  922 Visualizações

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EPIDEMIOLOGIA: DEFINIÇÃO E HISTÓRICO

DEFINIÇÃO

A epidemiologia é uma ciência complexa e abrangente considerada base da saúde pública. Para entendermos um pouco de sua abrangência segue a definição de saúde pública pela OMS:

“A saúde, tanto individual como coletiva, é resultado das complexas inter-relações entre os processos biológicos, ecológicos, culturais e socioeconômicos que se dão na sociedade, ou seja, é o produto das inter-relações que se estabelecem entre o homem e o ambiente social e natural em que vive” OMS – 2009

Etimologicamente a palavra EPIDEMIOLOGIA pode ser entendida como:

Epi = sobre + Demos = população + Logos = tratado.

Portanto, em uma definição simplista, a Epidemiologia pode ser entendida como o estudo de fatores que afligem (afetam) a população, tanto para a saúde quanto para a doença.

A complexidade dos estudos epidemiológicos não nos permite uma definição adequada e fácil. Portanto, podemos encontrar várias definições para epidemiologia sendo que todas se complementam na tentativa de imprimir visibilidade à atuação deste estudo.

Enquanto a Clínica dedica-se ao estudo da doença no indivíduo, analisando caso a caso, a epidemiologia estuda os fatores que determinam a frequência e a distribuição das doenças em grupos de pessoas.

A Epidemiologia surgiu a partir da consolidação de um tripé de elementos conceituais, metodológicos e ideológicos: a Clínica, a Estatística e a Medicina Social.

O objetivo final da Epidemiologia é produzir conhecimento e tecnologia capazes de promover a saúde individual através de medidas de alcance coletivo.

Numerosas doenças cujas origens até recentemente não encontravam explicações vêm sendo estudadas em suas associações causais pela metodologia epidemiológica. A título de exemplo pode-se citar a associação entre o hábito de fumar e o câncer de pulmão, leucemias e exposição aos raios-X ou ao benzeno, mortalidade infantil e classes sociais, AIDS e hábitos sexuais, entre outras.

Portanto, a Epidemiologia mantém seu caráter essencialmente coletivo e social assim como vem ampliando o seu importante papel na consolidação de um saber científico sobre a saúde humana. Fornecendo subsídios para o planejamento e a organização das ações de saúde e para a avaliação de programas, atividades e procedimentos preventivos e terapêuticos.

Rouquayrol (2003) define epidemiologia como a ciência que estuda o processo saúde-doença na sociedade, analisando a distribuição populacional e os fatores determinantes das doenças, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração, e avaliação das ações de saúde.

Convém ressaltar que, devido ao seu caráter eminentemente observacional, a moderna Epidemiologia estrutura-se em torno de um conceito fundamental denominado risco.

Portanto, risco pode ser definido como a probabilidade dos membros de uma determinada população desenvolver uma dada doença ou evento relacionado à saúde em um período de tempo.

Em outras palavras, o risco é o correspondente epidemiológico do conceito matemático de probabilidade e se operacionaliza quantitativamente sob forma de uma proporção, levando em conta três dimensões: ocorrência de doença, denominador de base populacional e tempo.

Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO -

http://www.portaleducacao.com.br/enfermagem/artigos/10760/epidemiologia-definicao-objetivos-e-conceitos#ixzz2LMLnM1LA

Para demonstrar como a epidemiologia observa, analisa e atua no controle das doenças uma estrutura epidemiológica foi assim demonstrada:

Estrutura Epidemiológica é uma representação sistêmica dos elementos envolvidos no processo saúde-doença, os fatores relacionados ao agente etiológico, ao susceptível (humano) e ao ambiente que atua como fulcro de uma balança favorecendo a manifestação patológica do agente ou a resistência à doença.

HISTÓRICO

“Quem quiser prosseguir no estudo da ciência da medicina deve considerar os efeitos das estações do ano, dos ventos, das águas, do solo e da exposição ao sol, além do modo de vida dos habitantes, seus costumes alimentares e suas atividades” Hipócrates em seu livro Dos ares, das águas e dos lugares.

Em certo sentido, é possível dizer que a Epidemiologia nasceu com Hipócrates. Os seus escritos sobre a epilepsia e sobre a morbidade entre os citados sem dúvida antecipam o chamado raciocínio epidemiológico. Porém a tradição esculapiana fez questão de sufocar o espírito da primazia do coletivo, base da democracia da polis ateniense, também influente na Ilha de Cós. Os herdeiros de Hipócrates voltaram-se para o individualismo a fim de fundamentar a supremacia da sua prática frente às dezenas de seitas que, no Mundo Antigo, prometiam a saúde para o homem. Nesse sentido a Epidemiologia também morreu com Hipócrates.

As diferentes formações ideológicas que se sucederam (helenismo, cristianismo, feudalismo) não propiciaram condições para uma medicina do coletivo. Os médicos "ecléticos" de Roma, modelados na figura de Galeno (230-201 A.C.) eram antes de tudo receitadores de muitos medicamentos para poucos doentes. No inicio da Idade Média, as invasões dos bárbaros trouxeram um predomínio de práticas de caráter mágicoreligioso. Amuletos, orações e cultos a santos protetores da saúde materializavam a ideologia religiosa, caracteristicamente medieval, de salvação da alma e danação do corpo individual: a Igreja tem horror ao sangue. Mesmo a medicina árabe, que preservou os textos de Hipócrates durante a época medieval, exercia uma prática voltada para o indivíduo.

John Graunt (1620-1674): tratado sobre as tabela mortuária em Londres: mortalidade por sexo e região: quantos óbitos ocorriam em relação ao total da população. “Pai da demografia e das estatísticas vitais.”

O século XIX

• A Europa se destaca como centro das ciências – A Revolução industrial e o deslocamento das populações para as cidades levam a ocorrência das epidemias de cólera, febre tifoide e febre amarela. Os estudiosos se dividiam entre a teoria dos miasmas (doenças causadas por gases e odores

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