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Farmacologia dos anti-fungicos

Por:   •  10/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.629 Palavras (7 Páginas)  •  526 Visualizações

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FARMACOLOGIA DOS ANTIFÚNGICOS

        Aula extremamente importante porque algumas doenças fúngicas são muito comuns na população. Pessoal, uma característica dos fungos é o seu crescimento muito lento, é bem diferente das bactérias. Se ele cresce de forma lenta a sua terapia deve ser prolongada. Então os antifúngicos normalmente são prescritos por um tempo mais prologando do que os antibióticos. Micose são difíceis de curar. Sara depois ela volta, é um pouco complicado.

        Os fungos são encontrados dispersos na natureza. Então nós temos fungos no ambiente, no ar, na agua, no solo, em todos os locais. Temos 3 tipos de fungos: leveduras, bolores e os fungos dimórficos. Os fungos dimórficos assumem duas formas, tanto de levedura como de bolor.

        São seres eucariotas que tem parede celular e membrana plasmática. Na parede celular dos fungos tem glicanos e quitina. Para a farmacologia, a composição mais importante que é o ERGOSTEROL, que compõe a membrana plasmática. O ergosterol é um lipídio. Dos seres humanos o principal lipídio é o colesterol e do fungo é o ergosterol. Ele é encontrado na membrana plasmática. Para entender a ação das drogas, eu tenho que entender como forma o ergosterol.

        FORMAÇÃO DO ERGOSTEROL[pic 2]

        O Esqualeno está no citosol do fungo e a enzima esqualeno-epoxidase-fúngica também está presente. O esqualeno é responsável pela formação do Lanosterol, através dessa enzima. Pra acontecer essa transformação eu preciso da presença dessa enzima.

        Formou o Lanosterol. Através da enzima 14-alfa-esterol-desmetilase, que também está no citosol, tenho a transformação do Lanosterol em Ergosterol. Esse ergosterol vai para a membrana plasmática, ele é o principal componente da membrana plasmática dos fungos.

        INFECÇÕES FÚNGICAS

Nós temos dois tipos de infecções fúngicas: superficiais e sistêmicas.

  • SUPERFICIAIS: comprometem superfícies cutâneas e mucosas. Ex: micose compromete a pele, pelo, unha. Outros tipos, candidíase cutânea... As infecções superficiais cutâneas comprometem pelo, pele e unha (onicomicose). Quem causa candidíase é o fungo Candida albicans é uma infecção cutânea.

        Tem uma grande quantidade de fungos que causa infecção fúngica cutânea. Tem um outro grupo de fungos, que nós chamamos de dermatófitos que causam as dermatofitoses, vamos estudar em micro. Dermatofitoses são infecções fúngicas que acometem também pelo, pele e unha. Para a farmacologia, tenho que saber que eu tenho diversos tipos de fungos que causam infecções fúngicas superficiais.

        As infecções fúngicas também podem comprometer a mucosa. A principal mucosa é a vaginal e a mucosa da orofaringe (sapinho: pontos brancos na boca).

  • SISTÊMICAS: são causadas também por diversos tipos de fungos. Essas infecções temos que tomar mais cuidado, principalmente quando o paciente está com o sistema imunológico debilitado (ex: portador de HIV). Os fungos estão no ar. Todos nós podemos inalar um fungo, ele vai de depositar no pulmão, nós não apresentamos uma pneumonia por fungo porque nosso sistema imunológico está OK para combater o fungo. Mas o paciente imunocomprometido não, então ele pode apresentar pneumonia por fungo. Quando eu falo de infecção fúngica sistêmica, o principal órgão acometido é o pulmão. Temos que tratar bem senão essa infecção fúngica vai se disseminar e se tornar generalizada. Outro tecido que também é sensível a infecção fúngica é a meninge. Podemos ter meningite por fungo.

        FÁRMACOS

  1. Poliênicos

        Duas drogas: Anfotericina B e a Nistatina. O mecanismo de ação é o mesmo para as duas drogas só que a via de administração e o uso terapêutico é diferente.

        Mecanismo de ação: a droga vai se ligar no ergosterol que está presente na membrana plasmática dos fungos. Depois que ele se liga, a membrana vai se romper, acontece um rompimento/ruptura da membrana. A consequência disso é que começa a sair íons (K, Na, Ca), são íons importantes para a sobrevivência desse fungo. O fungo começa a perder essas substancias intracelulares importantes para sua sobrevivência, causando a morte do fungo.

        Resistencia fúngica (droga não faz mais efeito): quando acontece diminuição do ergosterol na membrana, a droga não vai ter uma ação eficaz, porque ele não vai ter ergosterol para ela se ligar. A droga passa a ser menos eficaz.

  • Anfotericina B:

A principal via de administração é a intravenosa. Tem a pomada também, muito usada para candidíase cutânea. Mas a principal via é a intravenosa, ou seja, ela é muito usada em ambiente hospitalar, usada para infecção fúngica sistêmica. Particularidade: é um antifúngico mas também pode atuar contra alguns protozoários. Ela é toxica via oral. Não existe em comprimido.

Usos terapêuticos: infecções fúngicas sistêmicas (comprometem principalmente o pulmão – sintomas de pneumonia) → mucormicose, aspergilose invasiva e tratamento inicial para meningite criptóxica, histoplasmose (coco de pombo, galinheiro), blastomicose, peniciliose.

Obs.: tratamento de escolha para infecções fúngicas invasivas graves.

        A anfotericina B é a droga de escolha para mucormicose e aspergilose invasiva, do começo ao fim do tratamento. Nas outras doenças citadas é apenas para tratamento inicial, uma vez estabilizada a doença, trocamos de droga. Essa droga tem efeitos colaterais importantes, é benéfico a troca para o paciente. Na aspergilose e na mucormicose mantemos porque ela é a mais eficaz.

** PROVA: NOME DA DOENÇA PARA INDICAR A DROGA**

        ****Efeitos adversos (mandou marcar o slide): os efeitos comuns que acontecem em 100% dos paciente: febre e calafrios. Vou administrar também um antitérmico (obrigatório, para amenizar os efeitos).

        Um efeito colateral muito importante, que é o mais grave, é a nefrotoxicidade. A anfotericina B tem uma ação nefrotóxica. É o efeito colateral mais grave a acontece na terapia a longo prazo. Na aspergilose voce vai usar do começo ao fim, então há risco de apresentar nefrotoxicidade. Vai acontecer uma vasoconstrição das arteríolas renais aferentes, vai diminuir a taxa de filtração glomerular, se vai diminuir a taxa de ureia e creatinina (asotemia) vai aumentar. O paciente pode apresentar ureia e creatinina elevados. Ele pode ter ruptura da membrana basal tubular lá nos rins, porque essa vasoconstrição é muito intensa.

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