Gestão Farmacêutica

1. Introdução

Os Serviços Farmacêuticos Hospitalares, regulamentados por diploma governamental, constituem uma estrutura importante dos cuidados de saúde dispensados em meio hospitalar. A grande maioria das administrações hospitalares não tem tido uma política de modernização, reestruturação e investimento nos Serviços Farmacêuticos Hospitalares, que têm sofrido por essa razão, uma constante descapitalização, em parte superada pela grande motivação dos seus profissionais

A farmácia hospitalar é um órgão de abrangência assistencial, técnico-científica e administrativa, onde se desenvolvem atividades ligadas à produção, armazenamento, controle, dispensação e distribuição de medicamentos e correlatos às unidades hospitalares. É igualmente responsável pela orientação de pacientes internos e ambulatoriais, visando sempre a eficácia da terapêutica, além da redução dos custos, voltando-se também para o ensino e a pesquisa, propiciando assim um vasto campo de aprimoramento profissional.

Histórico

Para se falar de Farmácia Hospitalar é preciso primeiro conhecer um pouco do seu histórico, pois assim será possível compreender melhor o que está ocorrendo hoje e o que provavelmente acontecerá no futuro.

O primeiro documento farmacêutico data de cerca de 3000 a.C. Na Antiguidade a Medicina e a Farmácia eram uma só profissão, mas na antiga Roma começou a separação daqueles que diagnosticavam a doença e daqueles que misturavam matérias para produzir porções de cura, era a época de Hipócrates e de Galeno.

A primeira farmácia hospitalar que se tem registro, surgiu em 1952 nos EUA, em um hospital da Pensilvânia. No Brasil, as farmácias hospitalares mais antigas foram instaladas na Santa Casa de Misericórdia e Hospitais Militares (CFF,1997).

O cenário que se apresentava para a farmácia hospitalar não era um dos melhores. Era raro encontrar um profissional farmacêutico atuando dentro dos hospitais, e os poucos que entravam nessa área tinham que descobrir, praticamente sozinhos, qual seu papel dentro das instituições. Também não havia disciplina hospitalar nas faculdades brasileiras, e os farmacêuticos que se destacavam na área aprendiam suas funções na prática, através da observação e do bom senso, ou recorriam a cursos do exterior para se aprimorar.

A Farmácia Hospitalar de hoje é considerada, o envolvimento e necessidade de conhecimento de outras áreas, conceituando-se uma Unidade de Assistência Técnica, Administrativa e Contábil, dirigida por profissional farmacêutico habilitado, no âmbito de ajudar assistência farmacêutica a seus pacientes e com os profissionais de saúde, através de atividades colocadas em prática.

Conceito

Trata-se de um segmento de Ciências Farmacêuticas composto por diversas linhas de atuação das quais destacamos: dispensação, farmácia clínica, manipulação e tecnologia farmacêutica, gestão de estoques, farmacoepidemiologia, legislação farmacêutica, atenção farmacêutica, entre outras atividades. É igualmente responsável pela orientação de pacientes internos e ambulatoriais, visando sempre à eficácia terapêutica, além da redução dos custos, voltando-se também para o ensino e a pesquisa proporcionando assim um vasto campo de aprimoramento profissional. Um Serviço de Farmácia em um hospital é o apoio clinico integrado, funcional e hierarquicamente, em um grupo de serviços que dependem diretamente da Direção Central e estão em constante e estreita relação com sua administração.

“Unidade clínica, administrativa e econômica, dirigida por profissional farmacêutico, ligada hierarquicamente à direção clínica do hospital, integrada funcionalmente com as demais unidades de assistência ao paciente. Enquadram-se nesta definição também as farmácias de casa de saúde, clínicas ou qualquer outra unidade de saúde que realizem internações” (adaptado CFF/1997).

Missão

A missão da farmácia hospitalar é der servir o paciente, garantir a qualidade e promover o uso seguro e racional dos medicamentos. Tem como objetivo principal a seleção e dispensação de medicamentos, atento a qualquer momento pela adequada utilização no plano assistencial, econômico, investigativo e docente. Dessa forma, o farmacêutico tem, portanto, uma importante função clínica, administrativa e de consulta.

Responsabilidades

As principais responsabilidades do farmacêutico na Farmácia Hospitalar são:

- Seleção de medicamentos, germicidas e correlatos:

A seleção de medicamentos é um processo contínuo, multidisciplinar e participativo que garante os níveis de acesso aos medicamentos necessários ao sistema de saúde.

- Aquisição, armazenamento e conservação de medicamentos:

O procedimento básico de aquisição de medicamentos exige conhecimento sobre a qualidade do produto a ser adquirido, sobre a compatibilidade dos medicamentos adquiridos e o serviço oferecido pelo hospital, sobre o número de leitos atendidos, sobre a amplitude de fornecedores, o planos de entrega de cada um dos fornecedores, planos de pagamento, locais de armazenamento entre outros.

- Manipulação de medicamentos – farmacotécnica:

Uma farmácia hospitalar deve estar opta a reproduzir os medicamentos necessários de maneira segura e eficaz. O setor responsável por essa atividade é a farmacotécnica.

O objetivo geral da farmacotécnica no hospital é colaborar com as demais áreas do hospital para que o mesmo cumpra a sua missão de serviço ambulatório. Mas também há alguns objetivos mais específicos, como proporcionar a qualquer momento medicamentos de qualidade para qualquer setor do hospital, desenvolver novas fórmulas e medicamentos de maneira estratégica para o hospital e para a farmácia hospitalar.

- Informação sobre medicamentos:

Toda farmácia hospitalar tem um Centro de Informação sobre medicamentos (CIM). Esse setor é responsável por fornecer informações sobre cada medicamento aos farmacêuticos, para que estes possam elaborar critérios de uso de medicamentos, principalmente nos aspectos de profilaxia e restrições de uso.

- Nutrição Parenteral:

A nutrição parenteral é responsável pela administração de nutrientes por via intravenosa, melhorando