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HUMANIZAÇÃO DE ENFERMAGEM EM ONCOLOGIA INFANTIL

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Por:   •  8/11/2013  •  3.632 Palavras (15 Páginas)  •  1.087 Visualizações

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O tema desta pesquisa, “Humanização de enfermagem em oncologia infantil” foi escolhido porque esse seja talvez o grande desafio da Enfermagem, garantir assistência e cuidado efetivos e de qualidade, desce o momento da concepção, pré-natal, puericultura, infância, adolescência, juventude e fase adulta, mais saudável e ativa possível.

Segundo Yamagushi (2010) a Oncologia é:

"A ciência que estuda o câncer e como ele se forma, instala-se e progride, bem como as modalidades possíveis de tratamento. O médico que cuida dos aspectos clínicos é chamado oncologista clínico. Além deste, outros profissionais envolvidos no tratamento são o cirurgião oncológico, o radioterapeuta e o psicólogo, que participam de uma equipe multidisciplinar" (YAMAGUSHI, 2010, p. 21).

Os dados epidemiológicos a respeito do câncer na infância têm mostrado que o avanço científico na área de oncologia infantil levou a um aumento considerável das chances de cura. No Brasil, foi observado um índice de 70% de remissão da doença, quando o diagnóstico é precoce e o tratamento eficaz (BRASIL, 2000).

O câncer, por ser uma doença crônica, também expõe o paciente e seus familiares a outras situações estressantes, que se somam à possibilidade de internação. Ao incitar uma nova perspectiva para o tratamento e prognóstico do câncer na infância, esse avanço trouxe também a necessidade de um cuidado com a criança e sua doença em termos da manutenção de sua qualidade de vida e bem-estar emocional (LIMA, 2009).

De acordo com Fávero (2009), o paciente com doença crônica, que necessita de visitas regulares ao hospital, pode encontrar dificuldades e obstáculos na sua vida social e familiar, como, por exemplo, a restrição do convívio social, ausências escolares frequentes e aumento da angústia e tensão familiares. Acrescenta-se a esse quadro a necessidade de se adaptar aos novos horários, confiar em pessoas até então desconhecidas, receber injeções e outros tipos de medicação, ter que permanecer em um quarto, ter privacidade, situações estas que não faziam parte da vida e que caracterizam uma hospitalização.

E quando uma criança adoece de câncer, sua vida é modificada, assim como o cotidiano familiar. De repente, ela se vê cercada de pessoas estranhas em um ambiente desconhecido. Mesmo que não se tenha idade para entender a realidade que a rodeia, ela se dá conta de que algo temível e grave está acontecendo (AYOUB, 2009).

Este estudo focaliza a humanização da assistência de enfermagem na oncologia pediátrica. A enfermagem, como as demais profissões da equipe multidisciplinar de saúde, desenvolve atividades junto à criança e à família, buscando a manutenção do bem-estar (LIMA, 2009).

Por isso, entende-se que cuidar também da família é fundamental para a promoção da saúde. Na Oncologia Pediátrica, o conhecimento do enfermeiro sobre a fisiopatologia dos diferentes tipos de câncer e suas opções de tratamento, bem como a compreensão do processo de crescimento e desenvolvimento normal da criança, é importante para que seja eficiente ao assistir a criança com câncer. Dessa maneira poderá discutir junto à equipe de profissionais de saúde as diferentes abordagens no tratamento do paciente oncológico pediátrico pela humanização (CASATE, 2009).

A humanização deve fazer parte da filosofia de enfermagem. O ambiente físico, os recursos materiais e tecnológicos são importantes, porém não mais significativos do que a essência humana. Esta, sim, irá conduzir o pensamento e as ações da equipe de enfermagem, tornando-o capaz de criticar e construir uma realidade mais humana, menos agressiva e hostil para as pessoas que diariamente vivenciam as instituições de saúde (CASATE, 2009).

A humanização do atendimento em saúde subsidia o atendimento, a partir do amparo dos princípios predeterminados como: a integralidade da assistência, a eqüidade e o envolvimento do usuário, além de favorecer a criação de espaços que valorizem a dignidade do profissional e do paciente (CASATE, 2009)

A palavra humanização pode ser entendida como a maneira de ver e considerar o ser humano a partir de uma visão global, buscando superar a fragmentação da assistência. Um dos aspectos que envolvem uma prática dessa natureza está relacionado ao modo como lidamos com o outro. Uma das características do processo de trabalho em saúde é que o mesmo "se funda numa inter-relação pessoal muito intensa" (MOREIRA, 2009).

O Ministério da Saúde (2005) preconiza várias ações as quais estão voltadas para o respeito às individualidades, à garantia da tecnologia que permita a segurança da criança e o acolhimento da criança e sua família na humanização do cuidado pediátrico, e sua ênfase se direciona no cuidado voltado para o desenvolvimento e psiquismo, buscando facilitar a relação (família-criança) durante sua permanência no hospital e após a alta (BRASIL, 2005).

A capacitação dos profissionais de enfermagem para apreender as necessidades de cada criança é de grande importância para que os procedimentos e cuidados de rotina, dolorosos e invasivos, sejam empregados de forma individualizada. É de fundamental importância à equipe de enfermagem que atua em oncologia pediátrica, a busca de medidas que minimizem o sofrimento e a dor da criança e sua família (AYOUB, 2009).

Um dos primeiros passos nesse sentido é a observação acurada das respostas comportamentais e fisiológicas da criança, visando à diminuição do estresse e da dor, contribuindo para o seu conforto, segurança e desenvolvimento. Para que a assistência de enfermagem a criança seja de qualidade, é fundamental atender às necessidades de repouso, calor, nutrição, higiene, observação e atendimento contínuo as crianças (MOREIRA, 2009).

Moreira (2009), destaca que a observação rigorosa do comportamento da criança deve ser feita antes dela ser submetida a uma manipulação, durante os cuidados rotineiros e depois da execução dos mesmos, com a finalidade de identificar sinais de dificuldade de adaptação da criança ao ambiente hospitalar.

Durante o tratamento oncológico, algumas crianças podem não responder à terapêutica e, após se esgotarem todos os recursos oferecidos para o tratamento, passam a ser consideradas como crianças as quais não foi possível curar (CARNEIRO, 2009).

Entretanto, cabe ressaltar que isso não significa dizer que não elas necessitam de cuidados dos profissionais de saúde; mesmo que não possam ser curadas, ainda se pode fazer muita coisa, do ponto de vista da manutenção da dignidade do ser humano-criança, contribuindo, assim, para um cuidado centrado nas suas necessidades. É

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