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Impacto Da Medicina No Aumento De Expectativa De Vida

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Por:   •  30/10/2013  •  1.237 Palavras (5 Páginas)  •  5.398 Visualizações

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*Avanços da medicina aumentam expectativa de vida para quem está na faixa dos 40 anos

Quem tem por volta de 40 anos de idade hoje, ou menos, pode ir se preparando: se os especialistas estiverem certos, suas chances de chegar aos cem serão muito maiores, e em condições muito próximas das que vive atualmente. Este acréscimo na expectativa e qualidade de vida virá de diversos avanços esperados para as próximas décadas em áreas como medicina regenerativa, células-tronco e biologia molecular que, segundo alguns, não vão só interromper o processo de envelhecimento como podem até revertê-lo.

- Nos últimos 100 anos houve um aumento da expectativa de vida em mais de 30 anos – lembra o neurocientista Stevens Rehen, professor do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro que, a partir da quinta-feira, ministra o curso “Morrer é inevitável? As bases científicas da longevidade” no Polo de Pensamento Contemporâneo (POP), no Rio de Janeiro. – Agora, os cálculos são que, no próximos 30 anos, a cada ano que você vive, vai conseguir viver mais um em virtude do que está sendo descoberto e aplicado pela medicina. Há um avanço muito grande que mostra que há formas de subverter ou manipular essa expectativa de vida entendendo melhor como funcionam as células e o organismo.

O importante é viver mais e bem

Segundo Rehen, o limite atual da vida humana foi dado pela pessoa mais longeva do mundo, a francesa Jeanne Calment, que faleceu em 1997 aos 122 anos e 164 dias de idade. Ele destaca, no entanto, que de nada adianta alcançar uma vida tão longa com um organismo decrépito.

- O importante não é só viver mais, mas viver mais e bem – diz. – A ciência está avançando e conseguimos entender cada vez mais como funciona o organismo e como se pode reverter alguns aspectos do envelhecimento.

Não é para a pessoa criar nesse momento a expectativa de que vai viver 150, 200 ou mil anos, mas que, a partir da percepção do avanço da ciência, ela vai ter uma qualidade de vida muito melhor lá na frente.

Para Rehen, a chave da longevidade está nas pesquisas sobre os telômeros. Estruturas localizadas nas pontas dos cromossomos, eles funcionam como capas protetoras dessas extremidades, com um papel muito importante na manutenção da integridade do genoma. Os telômeros impedem, por exemplo, a fusão de terminais de diferentes cromossomos ou sua degradação por enzimas que, na falta destas estruturas, considerariam o material dos cromossomos como DNA danificado, desfazendo-os como um cadarço de sapato que perde o adesivo protetor de suas pontas. Recentemente, a cientista Maria Blasco, do Centro Nacional de Pesquisa de Câncer da Espanha, inventou um exame de sangue que pode mostrar o quão rápido uma pessoa está envelhecendo medindo o comprimento de seus telômeros. O teste está previsto para ser posto à venda em 2012.

- Estamos conhecendo cada vez mais sobre os telômeros – conta Rehen. – Há uma série de evidências científicas de uma relação direta entre a longevidade e o comprimento dos telômeros, isto é, quanto menores eles são, menor a capacidade da célula em se dividir. E, quando ela para de se dividir, começa o que chamamos de senescência, que seria a chave do processo de envelhecimento.

Embora o envelhecimento seja um processo natural de desgaste do organismo, não há provas científicas de que ele não possa ser interrompido e seus danos reparados, reforça Aubrey de Grey, pesquisador da Universidade de Cambridge e fundador do projeto SENS (sigla em inglês para “estratégias para engenharia de uma senescência negligenciável”).

- No momento, há sim um limite para a vida humana, pois os processos químicos envolvidos na própria vida causam a acumulação de danos moleculares e nas células que a medicina ainda não pode reparar – explica. – Por outro lado, a medicina do futuro deverá ser capaz de reparar todos esses danos e, dessa forma, remover este limite completamente.

Medicina poderá reparar danos

De Grey conta que seu projeto classifica esses danos em sete categorias principais e detalha propostas de como eles podem ser consertados:

- Em resumo, a perda de células em órgãos importantes do corpo seria revertida com terapias com células-tronco; as células malignas resistentes atacadas com toxinas genéticas ou imunológicas; células que se multiplicam demais seriam paradas até impedirmos que estendam os telômeros nas pontas de seus cromossomos; o “lixo” molecular do lado de fora das células seria movido

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