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Leishmaniose

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Por:   •  14/9/2014  •  Resenha  •  1.308 Palavras (6 Páginas)  •  519 Visualizações

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A leishmaniose é uma doença provocada por um protozoário (Leishmania spp), é transmitido através da picada de um mosquito (Lutzomyia spp). Dependendo da espécie envolvida, provoca dois quadros distintos: a leishmaniose tegumentar e a leishmaniose visceral. No Brasil, é dominada por 4 espécies destes protozoários: Leishmania chagasi (causador da forma visceral d leishmaniose), Leishmania braziliensis (causador da forma tegumentar), Leishmania amazonensis (provoca a forma tegumentar) e Leishmania guyanensis (provoca a forma tegumentar). A Leishmania chagasi está presente em todo o território brasileiro, enquanto que as demais apenas na região amazônica.

Anteriormente a doença estava restrita ao ambiente silvestre ou localidades rurais. Mas as alterações no meio ambiente, como desmatamento, expansão das áreas urbanas condições precárias de habitação e saneamento, estão causando uma incidência crescente desta enfermidade em centros urbanos de médio porte, em área domiciliar ou peri-domiciliar. É um crescente problema de saúde pública no país.

Epidemiologia:

Fonte de infecção: Na forma visceral, os principais reservatórios são o cão e a raposa. Na forma tegumentar, além desses animais, diversas espécies de mamíferos podem ser reservatórios, como roedores, eqüideos, marsupiais, preguiças e tamanduás.

Via de eliminação: sangue.

Via de transmissão: indireta, através da picada do inseto (vetor) Lutzomyia spp, também conhecido por mosquito palha, birigui ou cangalhinha. É um flebotomídeo pequeno, coberto de pêlos e de coloração clara (cor de palha ou castanho claro).

A forma visceral é transmitida pela Lutzomyia longipalpis (há relatos também no Brasil da Lu. cruzi). Já a forma tegumentar é transmitida por diversas espécies, tal como Lu. flaviscutellata, Lu. reducta, Lu. olmeca, Lu. anduzei, Lu. whitmani, Lu. umbratilis, Lu. intermedia e Lu. migonei.

O vetor vive, preferencialmente, ao nível do solo, próximos a vegetação em raízes, troncos de árvores, tocas de animais. Preferem lugares com pouca luz, úmidos, sem vento e que tenham alimento por perto. As fêmeas, precisam ingerir sangue para o desenvolvimento dos ovos. Elas costumam picar a partir do por do sol até a madrugada.

Porta de entrada: pele.

Susceptíveis: homem, cão e outros mamíferos. Não ocorre transmissão direta de humano para humano. A principal transmissão se faz a partir dos reservatórios animais, enquanto persistir o parasitismo na pele ou no sangue circulante.

Patogenia

O período de incubação é de 2 a 4 meses, mas pode variar muito (10 dias a 24 meses).

Na forma visceral, após a inoculação do protozoário os parasitas se disseminam para as células de defesa do organismo. As células parasitadas mostram forte tendência a invadir baço, fígado e medula óssea.

Na forma tegumentar, há o aparecimento de pequena lesão eritemato-papulosa no local da picada do vetor, onde há multiplicação do protozoário. Posteriormente há formação de um nódulo que dá origem a uma úlcera, de formato arrendondado, com bordas elevadas e infiltradas. A lesão inicial pode ser única ou múltipla, dependendo do número de picadas infectantes.

Sintomas

Forma visceral

Muitas vezes, o quadro é assintomático, ou com sintomas bastante inespecíficos, como febre, anemia, emagrecimento e prostração. Em cães pode haver eriçamento e queda de pêlos e ulcerações rasas em orelhas, articulações, focinho, e cauda. Com o agravamento do quadro surge o aumento dos linfonodos, onicogrifose (unhas crescidas), ceratoconjuntivite, coriza, diarréia, hemorragia intestinal, vômitos e edema das patas. Na fase terminal o cão apresenta-se com caquexia podendo ocorrer a paresia das patas posteriores.

No homem, pode ocorrer a forma aguda disentérica, caracterizada por febre alta, tosse e diarréia acentuada. Podem haver alterações hematológicas e hepatoesplenomegalia discreta, podendo o fígado estar normal e o baço não ultrapassar 5 cm. Geralmente, tem menos de 2 meses de história. Na forma clássica , ocorre hepatoesplenomegalia, sintomas gastrointestinais, sonolência, mal estar, progressivo emagrecimento, anemia e manifestações hemorrágicas. Estes casos geralmente não respondem prontamente ao tratamento habitual e o óbito é freqüente como conseqüência de complicações.

Forma tegumentar

As lesões de pele podem caracterizar a forma localizada (única ou múltipla), a forma disseminada (lesões muito numerosas em várias áreas do corpo) e a forma difusa. Na maioria das vezes a doença apresenta-se como uma lesão ulcerada única. Nas formas localizada e disseminada, a lesão ulcerada franca é a mais comum e se caracteriza por úlcera com bordas elevadas, em moldura. As formas localizada e disseminada costumam responder bem à terapêutica tradicional. Na forma difusa, rara, as lesões são papulosas ou nodulares, deformantes e muito graves. Evolui mal por não responder adequadamente à terapêutica.

Podem ocorrer lesões mucosas, na maioria das vezes secundária às lesões cutâneas, surgindo geralmente meses ou anos após a resolução das lesões de pele. Às vezes, porém, não se identifica a porta de entrada supondo-se que as lesões sejam originadas de infecção subclínica. São mais freqüentemente acometidas as cavidades nasais, seguidas da faringe, laringe e cavidade oral.

Diagnóstico

1) Sintomas e evidências epidemiológicas

2) Diagnóstico Laboratorial

Direto:

Exame direto de biópsia de baço, aspirado de medula, sangue (forma visceral), raspado da lesão, biópsia

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