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Por:   •  2/5/2014  •  2.445 Palavras (10 Páginas)  •  502 Visualizações

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4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

4.1 Síndrome de Down

No Brasil nascem cerca de 8 mil por ano com SD, sendo a alteração genética mais diagnosticada em clínica. Com a melhoria nos cuidados familiares, médicos e de reabilitação na infância, sua expectativa de vida tem aumentado nos últimos anos. Considera-se que mais de 60% desta população viverá mais que 50 anos, 44% chegarão aos 60 anos e 14% aos 68 anos.

Problemas durante a gestação como crises emocionais, traumas mecânicos ou o uso de drogas não são causadores dessa alteração, pois esta é de natureza genética. A SD tem maior freqüência em mulheres de idade mais avançada, ocorrendo em aproximadamente um em cada 2000 crianças nascidas vivas para mães de 20 a 25 anos e uma em cada 30 crianças para mães com 45 anos. A incidência da SD diminui devido à redução da freqüência de nascimentos em mulheres mais idosas e a aumentos na detecção da condição por amniocentese e subseqüente interrupção da gravidez.

As crianças portadoras de SD têm maior probabilidade de apresentar cardiopatiascongênitas, alterações endócrinas, obesidade, apnéia do sono, doença celíaca, disfunção motora do esôfago, atresia intestinal e susceptibilidade a infecção, metabolismo mais lento, a incidência de problemas cardíacos, obstipação.

Essas crianças apresentam probabilidade da disfunção da tireóide, o hipotireoidismo, que pode ser a causa de obesidade e sobrepeso ou por conseqüência da taxa metabólica basal ser mais lenta, ou ainda, por compulsão alimentar pela dificuldade na mastigação, a hipotonia geral dos músculos, incluindo aqueles envolvidos na digestão. Porém flácidos, tais músculos não dá a sensação de saciedade após uma refeição e os portadores dessa síndrome tendem a comer sem saber quando parar, os estudos têm mostrado grande prevalência de obesidade nessa população do que a desnutrição, problemas de obstipação intestinal, por sua vez o excesso de peso contribui para o agravamento de problemas cardíacos e dificulta o desenvolvimento motor (andar, correr, saltar).

Cerca da metade das crianças SD (40% - 50%) possui má formação congênita, especialmente do coração, constituindo sua mais importante causa de morte. Aproximadamente 5% têm anormalidades gastrintestinais; além de terem risco aumentado em 15 a 20 vezes para aparecimento de mielodisplasia transitória e 10 a 30 vezes mais riscos para desenvolverem leucemia quando comparadas à população em geral, contudo doenças imunológicas, doença celíaca, disfunção tireoidiana e diabetes, também são prevalentes.

Observa-se que mãe de pacientesportadores de SD tem uma preocupação em relação com o estado de saúde de seu filho, no que se refere ao Estado Nutricional (EN) envolvendo as medidas antropométricas (peso e altura), bioquímicas, ingestão dietética, e habilidades alimentares.

4.1.1 Medidas Antropométricas

A altura e o peso são obtidos pelos métodos usuais. O IMC avaliado pode estar acima do normal em função da baixa estatura. As medidas do crescimento são parte importante da avaliação e da continuação da terapia nutricional pelo fato destes indivíduos tenderem a ser baixos. O tônus muscular é baixo, e a habilidade motora é freqüentemente retardada, levando a possibilidade de sobrepeso. O monitoramento deve ser freqüente e o crescimento deve ser esboçado nos gráficos do CDC (Anexo 1-6).

Curva especifica expressa em percentis para SD, considera-se baixo peso quando o percentil é menor que 5 (p < 5) e excesso de peso, maior que percentil 95 (p > 95), (CRONK, 98), (Tabela 1).

Tabela 1.

Percentil

Classificação

P95

Excesso de Peso ou alto para Idade

Classificação dos pontos de corte para os valores de peso e estatura/comprimento, por percentil

4.1.2 Medidas Bioquímicas

Diversos estudos realizados demonstraram as anormalidades bioquímicas e metabólicas dos indivíduos portadores de SD, entretanto muitos dispõem de amostragens pequenas, difíceis de interpretar (CAPONE, 2005). Foram relatados níveis elevados de glicose, e um estudo relatou um aumento de incidência de diabetes mellitus (GOOR, 1997). Outros estudosrevelaram que os níveis de zinco em indivíduos com SD estão em baixa, sendo um fator para o aparecimento de hipotireoidismo. Junto a múltiplas pesquisas sobre vitamina A, caroteno e vitamina D, concluíram que tais deficiências não existem. Estudos sobre vitamina E relataram a redução de concentrações na SD (Shah e Johnson, 1989). Sugere-se que a trissomia 21 predispõem ao aumento de stress oxidativo e ao aumento do uso de antioxidantes para proteger contra o estresse oxidativo e ao aumento do uso de antioxidantes para proteger contra o estresse – por isso os baixos níveis de vitamina E, um oxidante. Essa teoria de estresse oxidativo em função da trissomia 21 levou os pais de indivíduos com SD a comprar muitos suplementos vitamínicos, esperando resultados de melhora da habilidade cognitiva e do crescimento. Hoje em dia não há evidencias conclusivas que os suplementos são eficazes.

4.1.3 Ingestão Dietética

Uma característica importante do bebê com SD é a hipotonia muscular generalizada. Isto significa que estes bebês apresentam uma musculatura mais flácida e que por este motivo precisam de estímulos adequados logo ao nascer. Os bebês podem apresentar, no início, dificuldades coma sucção e deglutição e, mais tarde, com a mordida e a mastigação (LIMA,2009).

Boa parte dos bebês portadores de SD tem obstipação intestinal. Isto se deve a hipotonia (diminuição do tônus) geral dos músculos (SIMÕES, 2007).

Durante a infância a ingestão alimentar do bebê portador SD pode se diferenciar de um bebê normal.Embora o leite materno seja recomendado, muitos bebês portadores de SD são alimentados com fórmula. Um estudo recente (PISCANE, 2003) descobriu que de 560 crianças portadores de SD, 57% era alimentada com fórmula. As principais razões relatadas pelas mães foram às enfermidades do bebê e as internações neonatais, a frustração ou depressão, a percepção de insuficiência do leite de mamar do bebê.

A introdução a alimentos sólidos pode não ser feita aos seis meses se o bebê tiver pouco controle da cabeça ou se ainda não consegue sentar-se. Baixo tônus muscular e problemas de sucção também retardam o desmame do leite materno ou da

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