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Micronutrientes Na Atividade física: Um Enfoque Nos Minerais Micronutrientes En La Actividad física: Un Enfoque Sobre Los Minerales Micronutrients In Physical Activity: A Focus On Minerals

Artigo: Micronutrientes Na Atividade física: Um Enfoque Nos Minerais Micronutrientes En La Actividad física: Un Enfoque Sobre Los Minerales Micronutrients In Physical Activity: A Focus On Minerals. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  11/6/2013  •  4.566 Palavras (19 Páginas)  •  1.300 Visualizações

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Introdução

A prática de atividades esportivas pode proporcionar benefícios à composição corporal, à saúde e à qualidade de vida (ADA, 2001). No entanto, o esporte competitivo nem sempre representa sinônimo de equilíbrio no organismo. As alterações fisiológicas e os desgastes nutricionais gerados pelo esforço físico podem conduzir o atleta ao limiar da saúde e da doença, se não houver a compensação adequada desses eventos (LUKASKI, 2004).

A adequação do consumo energético e nutricional é essencial para a manutenção da performance, da composição corporal e da saúde desses indivíduos (ADA, 2001). Para que os níveis normais de saúde sejam mantidos, uma vasta gama de vitaminas, minerais e oligoelementos devem estar presentes em quantidades adequadas no organismo, bem como a ingestão alimentar deve ser suficiente para satisfazer a exigência (MAUGHAN, 1999).

É de se esperar que, com o aumento do consumo energético da dieta de atletas pela demanda de seus treinos e competições, ocorra um aumento do consumo de minerais (PANZA et al, 2007), mas, sabe-se, também, que a atividade física promove a excessiva perda de micronutrientes por causa do aumento do catabolismo e excreção (LUKASKI, 2004). Sendo assim, tanto o exercício agudo como o treinamento, podem levar a alterações no metabolismo, na distribuição e na excreção de vitaminas e minerais (ADA, 2001; LUKASKI, 2004). Em vista disso, as necessidades de micronutrientes especificos podem ser afetadas conforme as demandas fisiológicas, em resposta ao esforço (LUKASKI, 2004). Deficiências de todos estes elementos são teoricamente possíveis, mas na prática, são pouco freqüentes, com exceção de ferro, cálcio e, em algumas partes do mundo, o iodo. (MAUGHAN, 1999).

As vitaminas e minerais participam de processos celulares relacionados ao metabolismo energético; contração, reparação e crescimento tecidual e muscular; defesa antioxidante, resposta imune (ADA, 2001), ritmo cardíaco, condução do impulso nervoso, transporte de oxigênio, fosforilação oxidativa e saúde óssea (WILLIANS, 2005), atuando, também, como cofatores na metabolização de macronutrientes para todos os processos fisiológicos (LUKASKI, 2004). Os efeitos adversos de deficiências desses componentes são bem reconhecidos e facilmente demonstrados. Pelo menos vinte diferentes minerais são necessários em quantidades adequadas para manter função normal dos tecidos e células. (MAUGHAN, 1999). Apesar de sua relativa escassez na dieta e no organismo, os minerais, juntamente com as vitaminas, são os principais reguladores da saúde e das funções orgânicas, incluindo o desempenho de atletas (LUKASKI, 2004). A baixa ingestão de energia pode resultar em baixo fornecimento desses importantes nutrientes (ADA, 2001).

A importância da nutrição na performance e saúde de atletas já se encontra suficientemente documentada na literatura (ADA, 2001). As recomendações de energia, macronutrientes e hidratação para atletas estão bem determinadas, porém, pouco se conhece sobre as necessidades de vitaminas e minerais (PANZA et al, 2007). Estudos têm buscado estabelecer recomendações relativas ao consumo nutricional e estratégias dietéticas que possam incrementar o desempenho e atenuar os impactos negativos do exercício na saúde (NIEMAN, 2001). Alguns pesquisadores afirmam que os atletas necessitam de mais vitaminas e minerais do que seus homólogos sedentários, enquanto que outros relatam não ser necessário um maior aporte desses micronutrientes (VOLPI, 2006). Contudo, existe um consenso de que as necessidades de micronutrientes para a maioria destes indivíduos podem ser atendidas por uma dieta variada e equilibrada (PANZA et al, 2007). Portanto, a compreensão das relações entre o padrão de alimentação de atletas e os diversos fatores relacionados ao esporte são aspectos fundamentais para o estabelecimento de orientações nutricionais adequadas (PANZA et al, 2007).

Sendo assim, objetivou-se com este artigo fazer uma revisão sobre os efeitos dos minerais no desempenho esportivo, enfatizando ferro, cálcio, fósforo, magnésio, zinco e cromo.

Metodologia

Foram analisados artigos científicos indexados, selecionados em bases eletrônicas de dados (PubMed, Medline, Scielo e Bireme), publicados no período de 1990-2009. Para a recuperação de informação nestas bases de dados foram usadas as seguintes palavras-chaves: micronutrientes, minerais, ferro, cálcio, fósforo, magnésio, zinco e cromo. Estas palavras foram associadas com atleta, atividade física, exercício, treinamento e esporte, em português e em inglês. A maior parte dos estudos encontrados foi na língua inglesa, embora artigos em português e espanhol e também tenham sido considerados. O critério de inclusão dos artigos foi a abordagem sobre micronutrientes e performance em treinamentos de atletas.

Resultados e discussão

Os minerais têm funções bioquímicas com potencial de afetar o desempenho físico, servem como componentes catalíticos, estruturais, reguladores celulares e de enzimas. Além disso, realizam transferência de energia, transporte de gases, defesa antioxidante, integração de sistemas fisiológicos, atuam como receptores de membrana e regulam o uso de macronutrientes (LUKASKI, 2004).

Alguns autores supõem que atletas possam apresentar as necessidades relativas a determinados tipos de micronutrientes acima da Recommended Dietary Allowance (RDA) (APPLEGATE, 1991; STORLIE, 1991; MANORE, 2000). Entretanto, com a divulgação das Dietary Reference Intakes (DRIs) e o estabelecimento do nível superior tolerável de ingestão (UL) para vários micronutrientes, essa questão deve ser vista com bastante cautela. Além disso, segundo American Dietetic Association (ADA) (2001), o consumo de dieta variada e balanceada parece atender o incremento das necessidades de micronutrientes gerado pelo treinamento.

A partir destes pressupostos, os minerais relacionados ao desempenho esportivo mais citados na literatura são ferro, cálcio, fósforo, magnésio, zinco e cromo.

Ferro

O ferro tem uma série de funções no corpo humano, mas uma das principais é fazer com que não falte hemoglobina para o transporte de oxigênio dos pulmões para os tecidos. A queda de hemoglobina na circulação está associada com uma redução do oxigênio, onde a capacidade de carrear o mesmo é diminuída em um exercício de performance

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