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Os Casos Clínicos HIV

Por:   •  11/8/2021  •  Trabalho acadêmico  •  2.076 Palavras (9 Páginas)  •  173 Visualizações

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CASO CLÍNICO I – CLM V – DIP - HIV

Acadêmica: Anna Luíza Rocha Queiroz

Matrícula: 2017113209

Professor: Unaí Tupinambás

8º Período – C1

Paciente de 26 anos de idade, masculino, motoboy, procura a UBS de referência relatando que há 2 dias apareceu lesão ulcerada prepúcio. Inicialmente era uma bolha de água e que agora “virou uma ferida aberta” dolorosa. E que esta é a 3ª vez que ocorre neste ano (estamos em julho). Paciente refere ainda que vem tendo as vezes sudorese noturna, diarreia e que nos últimos meses perdeu “uns quilinhos”.  Refere ainda que está com “uma tosse” com 4 semanas de evolução e que piora a noite quando se deita e ao se levantar com discreta cefaleia frontal. Nega ter tido outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Nega tabagismo, faz uso de maconha e álcool nos finais de semana. Não tem parceira sexual fixa, mas diz que já ficou com várias pessoas e que às vezes usa preservativo nas relações sexuais. Tem 3 irmãos, todos sadios; mãe de 49 anos com DM e HAS (faz controle regular). Seu pai tem 56 anos e não mora com a família, não sabe informar sua saúde. Atualmente paciente fazendo curso profissionalizante a noite de técnico de informática.

Ao exame: PESO: 59 kg  altura: 172 cm  FC: 104 p/min  FR: 16 irmp   Tax: 37,2 oC

Paciente um pouco tenso, constrangido com a situação.

COONG: lesões descamativas no rosto (lembrando dermatite seborreica). Hiperemia de toda a cavidade bucal onde se notam pontos esbranquiçados, móveis notadamente no palato

Ap. ganglionar: linfadenopatia cervical posterior e anterior bem como axilar e inguinal. Com linfonodos móveis, indolores, simétricos com 1 a 2 cm diâmetro.

AR: MVF presente, sem ruídos adventícios.

ACV: RCR2T, FC: 104 b/min

ABD: fígado há 2 cm RCD, indolor, bordas finas

AGU: lesão ulcerada no prepúcio, sem sinais de infecção secundária, dolorosa ao toque de 1,5 cm diâmetro.

  1. Elabore uma lista de problemas e hipóteses diagnósticas

  • Lesão no prepúcio, vesicular que evoluiu para úlcera dolorosa, recorrente, de 1,5cm, com 2 dias de evolução
  •  Sudorese notura
  • Diarreia
  • Perda de peso
  • Tosse com 4 semanas de evolução
  • Cefaleia matutina
  • Lesões descamativas no rosto
  • Lesões esbranquiçadas na cavidade oral associada a hiperemia de mucosa
  • Linfadenopatia generalizada
  • Comportamento sexual de risco: parceiras múltiplas, sem uso de preservativo
  • Uso de maconha e álcool nos finais de semana

HD:

  1. Imunossupresão
  2. Herpes genital
  3. Tuberculose pulmonar
  4. Candidíase oral
  5. Dermatite seborreica
  6. Infecção por HIV
  7. Hepatite viral?

  1. Como você abordaria a questão da infecção (do risco desta infecção ) do HIV com este paciente?

Em termos gerais, Explicar a doença: transmissão, história natural, significado da contagem de LT-CD4+ e do exame de carga viral, impacto da terapia antirretroviral (TARV) na morbimortalidade Discutir o tempo provável de soropositividade, como o vírus causa a doença; › A diferença entre ser infectado pelo HIV e ter aids; › A importância da contagem de LT-CD4+ e o exame de CV; › Como outros podem se infectar e como isso pode ser evitado; › Como a TARV funciona e qual a sua utilidade; › Bom prognóstico: hoje, a grande maioria das PVHIV em tratamento vivem uma vida normal; › IST e hepatites virais devem ser evitadas, uma vez que estas podem piorar o curso da infecção pelo HIV. Se houver sintomas de IST, o paciente deve ser capaz de falar abertamente sobre eles; › É possível infectar-se com outra cepa mais patogênica ou resistente do HIV (reinfecção, superinfecção); › Uma dieta equilibrada e exercício físico regular podem ajudar a melhorar o prognóstico; › Fumar aumenta o risco de inúmeras complicações para a saúde; › Onde encontrar mais informações médicas e sociais; › Grupos de apoio (ONG, organizações comunitárias) disponíveis na área para o apoio de PVHIV; › Testes laboratoriais planejados e sua utilidade para tratamento futuro.

  1. Discuta a evolução natural da infecção pelo HIV e em que fase este paciente poderia se encontrar?

A infecção aguda pelo HIV ocorre nas primeiras semanas da infecção pelo HIV, quando o vírus está sendo replicado intensivamente nos tecidos linfoides. Como em outras infecções virais agudas, a infecção pelo HIV é acompanhada por um conjunto de manifestações clínicas, denominado Síndrome Retroviral Aguda (SRA). Os principais achados clínicos de SRA incluem febre, cefaleia, astenia, adenopatia, faringite, exantema e mialgia. A SRA pode cursar com febre alta, sudorese e linfadenomegalia, comprometendo principalmente as cadeias cervicais anterior e posterior, submandibular, occipital e axilar. Podem ocorrer, ainda, esplenomegalia, letargia, astenia, anorexia e depressão. Sintomas digestivos, como náuseas, vômitos, diarreia, perda de peso e úlceras orais podem estar presentes. A SRA é autolimitada e a maior parte dos sinais e sintomas desaparece em três a quatro semanas.  Na fase de latência clínica, o exame físico costuma ser normal, exceto pela linfadenopatia, que pode persistir após a infecção aguda. A presença de linfadenopatia generalizada persistente é frequente e seu diagnóstico diferencial inclui doenças linfoproliferativas e tuberculose ganglionar. Podem ocorrer alterações nos exames laboratoriais, sendo a plaquetopenia um achado comum, embora sem repercussão clínica na maioria dos casos. Latencia: 5 a 10anos. À medida que a infecção progride, sintomas constitucionais (febre baixa, perda ponderal, sudorese noturna, fadiga), diarreia crônica, cefaleia, alterações neurológicas, infecções bacterianas (pneumonia, sinusite, bronquite) e lesões orais, como a leucoplasia oral pilosa, tornam-se mais frequentes, além do herpes-zoster. Nesse período, já é possível encontrar diminuição na contagem de LT-CD4+, situada entre 200 e 300 céls/mm³. Plaquetopenia, linfopenia, anemia. O aparecimento de IO e neoplasias é definidor da aids. Entre as infecções oportunistas, destacam-se: pneumocistose, neurotoxoplasmose, tuberculose pulmonar atípica ou disseminada, meningite criptocócica e retinite por citomegalovírus. As neoplasias mais comuns são sarcoma de Kaposi (SK), linfoma não Hodgkin e câncer de colo uterino, em mulheres jovens. Caso se confirme a presença de TB pulmonar, o paciente se enquadrará na AIDS. Caso não, ele apresenta em fase de imunodeficiência moderada.

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