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PERFIL DE CONSUMO DE MEDICAMENTOS DE DOCENTES DO CURSO DE MEDICINA DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA BRASILEIRA.

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Por:   •  18/11/2013  •  8.212 Palavras (33 Páginas)  •  628 Visualizações

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PERFIL DE CONSUMO DE MEDICAMENTOS DE DOCENTES DO CURSO DE MEDICINA DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA BRASILEIRA.

THE CONSUPTION PROFILE OF DRUGS OF TEACHER OF THE MEDICINE COURSE OF A BRAZILIAN PUBLIC UNIVERSITY

Lucas Katsui Utsunomia1;Gustavo Henrique Oliveira de Paula 2; Ester Massae Okamoto Dalla Costa 3.

1 Iniciação Científica, IC/UEL, Universidade Estadual de Londrina.

2

3 Orientadora, Docente e Pesquisadora do Departamento de Saúde Coletiva, Universidade Estadual de Londrina.

Resumo

Com a crescente e elevada dependência dos indivíduos e da sociedade pela oferta de serviços e bens de ordem médico-assistencial, e com seu consumo cada vez mais intensivo, o medicamento passou a simbolizar a cura e o bem-estar, gerando uma utilização desenfreada e irracional do mesmo. O professor universitário em geral, é um profissional tecnicamente bem formado, ostentando títulos e méritos, mas que, não necessariamente, tem vocação para área educacional. Além disso, é constantemente avaliado, principalmente no quesito publicação. É neste contexto de cobranças por melhores indicadores didáticos e científicos que se cria um campo de tensões. Devido a este estresse ocupacional o professor universitário pode estar mais exposto a fatores desencadeantes de problemas de saúde, tanto físico quanto emocional, sendo a Síndrome de Burnout – um tipo de estresse de caráter persistente, resultante da constante e repetitiva pressão emocional associada com o intenso envolvimento com pessoas por longos períodos de tempo, afetando também o ambiente de trabalho, é um dos problemas mais frequentes. Embora seja um tema relevante, ainda são escassos os estudos relacionados a docência no ensino superior. Deste modo, este estudo teve como objetivo a caracterização do perfil de consumo de medicamentos por docentes do curso de Medicina de uma Universidade Pública Brasileira. Os dados foram coletados por meio de entrevista ou auto-relato. Responderam ao questionário 50 docentes, sendo a maioria do sexo masculino (54%), com formação na área médica (54%), casado ou com companheiro (78 %). A média de idade foi de 47 anos, variando entre 28 e 65 anos. Na titulação acadêmica máxima, 40 % eram doutores e 12 % pós-doutores e, em relação à classe que ocupam na universidade, 40 % eram professores adjuntos, 36 % assistentes e 20 % associados. No quesito estilo de vida, 96 % informaram não fumar, 62 % referiram consumir esporadicamente bebidas alcoólicas e 54 % referiram a prática de atividade física. Em se tratando da satisfação com a saúde, 54 % relataram estar satisfeitos e 24 % muito satisfeitos. Além disso, 62 % dos entrevistados avaliaram a sua qualidade de vida como boa e 28 % como muito boa. O sono é repousante para 72 %, e com nível de estresse moderado para 58 %. A grande maioria (90%) informou não terem sido internados no último ano e 36 % procuraram um médico nos ultimos 30 dias que antecederam a entrevista. Dos entrevistados, 52 % alegaram possuir bons conhecimentos gerais sobre medicamentos. O consumo de alopáticos (64%) mostrou-se superior ao consumo de homeopáticos (6 %), sendo que o consumo de alopáticos foi maior em mulheres (56%) do que entre os homens (44 %). A prevalência de consumo foi maior entre os não fumantes (96%), entre os que consomem bebida alcoólica esporadicamente (65%), praticam atividade física frequentemente (48%), assim como nos entrevistados que disseram ter o sono regular (71%) estresse moderado, com 55 % , e os que consideraram a qualidade de vida como boa (58%).

A prevalência de consumo foi de 64 % dos 50 entrevistados, e um total de 71 medicamentos. Segundo a Anatomical therapeutic chemical code (ATC) os medicamentos mais consumidos entre os docentes do curso de medicina foram os que atuam no sistema nervoso (43,9%) seguido daqueles que atuam no sistema cardiovascular com 19,2 %, sistema músculo esquelético 9,6 % e aparelho digestivo e metabolismo 6,8 %. Em relação ao subgrupo terapêutico, o grupo de medicamentos mais consumido foi dos psicoanalépticos (16,4 %), seguido pelos analgésicos (12,3%) e antiinflamatórios (8,2%) e agentes que atuam no sistema renina-angiotensina (8,2%). O consumo de medicamentos genéricos foi de apenas 24,7 %.

Palavras-chave: Medicamentos; Professores Universitários, Perfil de Utilização, Farmacoepidemiologia

Abstract

With society’s growing dependence on the offer of medical care services and products, and its intense consumption, medications became a symbol of cure and welfare, stimulating an unrestrained and irrational use of these resources.

The university teacher is, generally, a highly qualified professional, flaunting merits and titles. That qualification, however, does not mean that professional has a calling for an educational career. Besides, college professors are constantly evaluated, especially on the matter of publications. The constant demand for results and good didactic and scientific indicators might create tense situations. Due to this occupational stress, they may be more exposed to some triggering factors of many health issues, both physical and emotional.

The Burnout Syndrome – a persistent type of stress, resultant of constant and repetitive emotional pressure associated with intense involvement with people for long periods of time, which affects the work environment – is one of the most frequent problems. Though it is a relevant theme for discussion, studies about lecturing on the higher education level are still rare.

This study had the purpose of characterizing the profile of consumption of medications by teachers of a Medicine course of a Brazilian public university.

The data were collected through interviews or self-report. Fifty teachers answered the questionnaire. Most of them were male (54%), graduated in the medical area (54%) and married or in a relationship (78%). The average age was 47 years old, with a range of 28 to 65 years old. Academically, 40% were doctors and 12% post-doctors and in relation to their occupation on the university, 40% were adjunct professors, 36% assistants and 20% associated professors. On the matter of lifestyle, 96% informed to be non-smokers, 62% affirmed to occasionally consume alcoholic drinks and 54% affirmed to practice physical activity. When it came about satisfaction with their heaths, 54% reported to be satisfied and 24% very satisfied. Besides, 62% of the interviewed evaluated their quality of life as good and 28% as very good. Sleep is restful for 72% and the

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