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PREPARAÇÕES TRANSDERMICAS

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Por:   •  18/3/2015  •  1.571 Palavras (7 Páginas)  •  1.254 Visualizações

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1. Preparações transdérmicas

Nas ultimas décadas houve um avanço gradual em pesquisas e desenvolvimento de formas farmacêuticas para aplicação transdérmica. Medicamentos transdérmicos podem ser apresentados como adesivos, sua atuação ocorre mediante a aplicação na pele no qual o fármaco terá capacidade de ação local ou atravessar a barreira epidérmica liberando o principio ativo na circulação sistêmica. Para que o fármaco aplicado por via tópica tenha sua ação terapêutica observada é importante considerar que não depende somente de suas propriedades farmacológicas, mas também da sua disponibilidade de ação no local.(Tecnologia Farmacêutica 6ª edição 2008; Maria Cecilia Serafim; Claudia M. S. Gobbi; Flavio E. Milanese; Lucia H. Barbosa; Marilda E. B. Milanese)

A permeação de liberação transdérmica do fármaco é dificultada pelas características da barreira do estrato córneo. A camada córnea é a ultima camada da epiderme, o carneocito tem sua estrutura lamelar, bicamada lipídica, envelope lipídico e proteico podendo fazer de cinco a seis ligações com demais carneocitos, devido a complexidades dessa camada a absorção de medicamentos por via transdérmica é dificultada. Existem promotores de permeação química que são compostos químicos farmacologicamente inativos, mas que podem permear ou interagir com os constituintes do estrato córneo, fazendo que haja a diminuição da resistência da pele à difusão do fármaco.(Cosmetologia aplicada a Dermoestética, 2ª ed. 2010; Maria Rita Fernandes Morais Martins e Francisco Veiga).

O indutor de permeação química ideal deverá apresentar características farmacológicas inertes, tais como: ação imediata, não irritante, não toxica, não alérgico, de ação reversível, química e fisicamente compatível com o fármaco e excipientes, aceitável cosmeticamente, inodoro, inspido, incolor, acessível e com boas propriedades solventes. A ação dos permeadores químicos ditos convencionais e que agem na bicamada lipídica nos grupos polares dos lipídios e nas cadeias hidrofílicas, resultando então na permeabilidade são álcool e ácidos graxos. .(Tecnologia Farmacêutica 6ª edição 2008; Maria Rita Fernandes Morais Martins e Francisco Veiga)

A penetração do fármaco será ditada pelas respectivas propriedades químicas como, pKa, dimensão molecular, estabilidades, possibilidades de estabelecer ligações com os componentes epidérmicos, coeficiente de partilha lipídeos/ água. Deve- se levar em consideração a espessura do estrato córneo, a densidade das glândulas sebáceas e dos folículos pilosos na zona de aplicação, o grau de hidratação da pele, o metabolismo circular cutâneo e efeitos característicos do ou dos veículos empregues na formulação. (Tecnologia Farmacêutica 6ª edição 2008)

Existem duas formas fundamentais para as formulações que são semi- sólidas que correspondem aos excipientes adesivos das pomadas com ação diedérmica ou aos géis diadérmicos que podem espalhar- se comodamente na pele, e os suportes sólidos que laçam o medicamento numa zona cutânea. Para veículo de dispersão de medicamento na via transdérmica tem- se utilizado dispersões em silicone fluido e ladose, géis de glicerina com álcool polivínico, polímeros hidromiscíveis do tipo PVP, água e petietilenoglicois. Nas formulações transdérmicas o meio utilizado são os adesivos, para a escolha do mesmo terá que ser mediante a aderências á pele e que deverá ser facilmente removível, borracha sintética, poliacrilatos e silicones são alguns dos materiais utilizados na preparação dos esparadrapos. Na indústria tem- se utilizado uma gama de polímeros, onde atuam como excipientes farmacêuticos e para formulações cosméticas e medicamentos de liberação convencional e de liberação modificada. Os diferentes polímeros originam membranas conformáveis com diferentes graus de adesividade, transluscências e capacidade oclusiva, níveis de transmissão de vapor d’água e taxa de liberação do fármaco variável. (Tecnologia Farmacêutica 6ª edição 2008; Janaina C. O. Villlanova; Rodrigo L. Oréfice; Armando S. Cunha)

1.1 Vantagem e Desvantagem das Preparações Transdérmicas.

A finalidade da liberação transdérmicas de um princípio ativo tem como finalidade a ação local ou sistêmica. Sendo o objetivo desta última, evitar administrações repetidas, ter liberação prolongada e manter as concentrações plasmáticas constantes. O benefício da via transdérmicas de administração de princípios ativos são: diminuir a frequência de administração, suprimir a variabilidade da absorção oral, eliminar o metabolismo pré-sistêmico e a baixa possibilidade de interromper da terapia.

Como desvantagens da via de administração transdérmicas temos: intervalo de tempo entre a administração e o alcance de concentração terapêutica, a barreira do estrato córneo, a possibilidade de irritação local e a possibilidade de desencadear tolerância ou resistência são situação a serem estudadas para prevenção da administração de tais fármacos. (VEIGA apud SUHONEN, 1999 )

1.2 Tecnologias e Inovações em desenvolvimentos das Preparações Transdérmicas

O desenvolvimento dos sistemas transdérmicos tem motivado um crescente interesse nas ultimas décadas com desenvolvimento de alguns fármacos, sendo que a eficácia clínica de um fármaco com aplicação por via tópica não depende só da sua farmacologia, mas também da disponibilidade no local de ação (MARTINS, VEIGA apud LOFTSSON, OLAFSSON, 1998, p.241-246)

Na maioria das vezes os fármacos de ação tópica utilizados no tratamento de problemas dermatológicos tem como o local de ação os tecidos mais enraizado, necessitando o fármaco infiltrar o estrato córneo chegando ao local de ação. (MATSUDA, ARIMA, 1999)

Como indicam estudos experimentais, a permeação da maioria dos compostos na camada córnea está submetido a sua lipofilicidade e o seu tamanho molecular (GUY E HARGRAFT, 1992)

1.2.1 Microemulsões podem ser definidas, de forma geral, como sistemas termodinamicamente estáveis, isotrópicos, opticamente transparentes, de baixa viscosidade, contendo água, óleo, tensoativo e, frequentemente, um co-tensoativo , ou seja, uma fase dispersa constituída por gotículas de tamanho nanométrico em uma fase contínua, formando um sistema micro-heterogêneo, apesar de visualmente homogêneo. (MENDONÇA, 2005).

Fármacos de diversas classes terapêuticas foram encontrados na busca nas bases de dados,

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