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Principais bactérias causadoras de infecção hospitalar

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Por:   •  23/3/2014  •  Relatório de pesquisa  •  3.133 Palavras (13 Páginas)  •  1.088 Visualizações

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Principais bactérias causadoras de infecção hospitalar

Resumo

Trata-se de uma revisão bibliográfica que visa analisar as principais bactérias que causam infecção hospitalar, bem como os tipos de infecções mais freqüentes, os mecanismos de resistências das bactérias e suas formas de prevenção. A infecção hospitalar é vista como um fator preocupante, pois tem índices elevados de mortalidade, sendo considerada um problema de saúde pública. Um bom conhecimento sobre epidemiologia é um meio facilitador para o controle de tais infecções. Portanto, o conhecimento sobre epidemiologia e o exercício do controle das infecções hospitalares são questões importantes que estão em processo de mudanças.

Unitermos: Infecção hospitalar. Resistência. Bactérias

Introdução

Infecção hospitalar é toda contaminação contraída durante o período de internação hospitalar e normalmente é desenvolvida após o desequilíbrio da flora bacteriana humana, após métodos invasivos e do contato com a própria microbiota hospitalar (SANTOS, 2004). É toda aquela infecção que está relacionada à hospitalização, quando o hospital, após a clínica laboratorial, não detectou o patógeno que está causando esta devida infecção, comprovando que o paciente não a possui no início da internação e nem 72 horas após, tempo necessário para que haja alguma evidência sintomática. A infecção hospitalar é vista como um fator preocupante e por ter índices elevados de mortalidade é considerado problema de saúde pública (NOGUEIRA, 2009; ALMEIDA, 2007).

O ambiente hospitalar oferece agentes infecciosos variados e muito resistentes. Os doentes internados têm um maior risco de adquirirem infecções devido à própria natureza hospitalar, pois vão se expor a microrganismos que no seu dia-a-dia não entrariam em contato. Estes doentes encontram-se mais enfraquecidos e as suas defesas contra as infecções estão debilitadas, por este motivo se torna necessário a efetivação dos procedimentos invasivos, técnica propícia para o desenvolvimento de uma infecção hospitalar (NOGUEIRA, 2009). É importante enfatizar a responsabilidade do hospital em educar os pacientes, profissionais e visitantes, mostrando maneiras de prevenção e controle de tais infecções (SILVA, 2003).

A resistência das bactérias aos antimicrobianos está ligada a genética, pois estes microrganismos possuem genes que codificam diferentes mecanismos bioquímicos que impedem a ação dessas drogas. Esta resistência pode ser originada através de mutações, transferências de genes causadores por determinada resistência presente no microrganismo, ou em alguns microrganismos o mecanismo de resistência é natural (TAVARE, 2000).

Este artigo tem como objetivo analisar as principais bactérias que causam infecção no ambiente hospitalar, bem como os tipos de infecções mais frequentes, os mecanismos de resistências das bactérias e suas formas de prevenção.

Bactérias mais frequentes

Klebsiella pneumoniae

A Klebsiella pneumoniae é conhecida pelos médicos como a enterobactéria causadora de pneumonias comunitárias, pois ocorre principalmente em pacientes imunocomprometidos.Klebsiella spp gera infecções pediátricas relevantes em crianças prematuras. A terapêutica de infecções causadas a partir das cepas de Klebsiella pneumoniae tem se dificultado pelo fato de que algumas cepas estão carreando plasmídios, que codificam enzimas conhecidas como betalactamases, gerando resistência as drogas betalactâmicas. Tem sido observado que as cepas produtoras de betalactamases também apresentam resistência a outras drogas antimicrobianas. Esta situação está resultando em estados preocupantes na saúde pública, gerando surtos epidêmicos (MENEZES, 2007).

A Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) possui um mecanismo importante na resistência no contexto hospitalar mundial. Sua análise é proeminente a fim de diminuir sua disseminação, colaborando para a redução dos índices de morbidade e mortalidade relacionados a diferentes doenças infecciosas, no qual é indispensável à ação da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, e o monitoramento microbiológico. A KPC é uma enzima produzida por enterobactérias gram-negativas, os carbapenens participam de uma classe empregada em tratamentos de infecções envolvendo Enterobacteriaceae multirresistente (DIENSTMANN, 2010).

As enterobactérias possuem resistência a alguns antibióticos por aquisição de fatores R ou por mutações (TRABULSI e ALTERTHUM, 2005). A resistência da Klebsiella pneumoniae, ocorre devido à presença de Betalactamase SHV-1, por poder produzir enzimas plasmidiais como AmpC, metalo-Betalactamases (MBL) e carbapenases (KPC), além de poder expressar resistência devido à perda de porinas (SCARPATE, 2009).

Staphylococcus aureus

O Staphylococcus aureus é do grupo dos cocos Gram positivos e catalase-positivos, é uma bactéria esférica, imóvel, não-esporulada e geralmente não-encapsulada, podendo provocar doenças que se diferenciam em infecções simples como, espinhas, furúnculos e celulites e infecções graves que são meningites, pneumonia, endocardite, síndrome do choque tóxico entre outras (SANTOS, 2007).

O Staphylococcus aureus, possui como principal reservatório o homem, onde este microrganismo é o agente mais comum de infecções piogênicas localizadas na pele ou em regiões mais profundas como furúnculos, foliculites, osteomielites, endocardites, pneumonias, septicemias fatais e outros tipos de manifestações. Pode-se encontrar este microrganismo colonizado em várias partes do corpo como fossas nasais, garganta, intestinos e pele, sendo que cavidade nasal tem sido apontada como a área mais frequentemente positiva e a mais importante fonte do mesmo. As mãos tem sido uns dos principais meios de transmissão da bactéria para o ambiente hospitalar, de um paciente infectado para outro suscetível, de um paciente infectado para o executor dos cuidados e do executor dos cuidados para o paciente suscetível, assim contribuindo sensivelmente para o aumento de bactérias resistentes (SANTOS, 2000).

Nos hospitais os reservatórios de microrganismo são representados pelos pacientes colonizados, funcionários e pelo próprio ambiente, em que a bactéria Staphylococcus aureus é responsável por mais de 30% dos casos de infecções hospitalares. As características que associam os Staphylococcus aureus à virulência é a produção de coagulase e beta hemólise, onde os microbiologistas

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