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SAUDE DA MULHER

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Por:   •  2/6/2014  •  2.894 Palavras (12 Páginas)  •  231 Visualizações

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A Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG), de acordo com é uma patologia obstétrica que surge após a vigésima semana de gestação, sendo mais freqüente no terceiro trimestre e estendendo-se até o puerpério. Caracteriza-se por apresentar hipertensão arterial, edema e/ou

proteinúria, podendo culminar com convulsões e coma.

Para o Ministério da Saúde (Brasil 2000; Brasil 2005), a Pré-eclâmpsia pode ocorrer anteriormente à vigésima semana de gravidez, na moléstia trofoblástica gestacional, sendo, predominantemente, uma patologia de primigesta. A doença, quando não tratada, evolui naturalmente para as formas graves, entre elas, a eclâmpsia e a síndrome HELLP.

A DHEG, conforme afirma Rezende (2005), pode apresentar evolução distinta. Pré-eclâmpsia – quando aparece apenas hipertensão, edema e/ou proteinúria.

A pré-eclâmpsia, isolada ou superposta à hipertensão arterial crônica, está associada aos piores resultados, maternos e perinatais, das síndromes hipertensivas.

Hipertensão Arterial é a elevação da pressão para números acima dos valores considerados normais. Define-se hipertensão, na gravidez, quando há um aumento, na PA sistólica, superior a 30 mmHg; e/ou na PA diastólica, superior a 15 mmHg, do valor normal da cliente, conhecido previamente, confirmado após duas medidas, com intervalos de, no mínimo, 4 horas, com a gestante sentada, em repouso. A proteinúria é a presença de 300 mg ou mais de proteínas na urina em uma coleção de 24 horas.

O edema, quando existente, pode ser localizado ou generalizado. Além desses sintomas, também pode ocorrer oligúria: diurese inferior a 400 ml por dia, cefaléia, dor epigástrica, cianose ou edema pulmonar confirmado, dor no hipocôndrio direito (rotura da cápsula de Glinson), trombocitopenia grave (plaquetas abaixo de 100.000/mm3), anemia hemolítica microangiopática: (hemólise, icterícia e/ou elevação das enzimas hepáticas), e crescimento intra-uterino retardado (CIUR ou RCIU).

Eclâmpsia é o aparecimento de convulsão em uma paciente com pré-eclâmpsia. Pode ocorrer na gravidez, parto ou até 10 dias de puerpério. A iminência de eclâmpsia é caracterizada, clinicamente, por sinais de encefalopatia hipertensiva, dor no epigástrio e hipocôndrio direito. Apesar da sua importância em saúde pública, a etiologia da hipertensão, que se manifesta na gestação (préeclâmpsia e hipertensão gestacional), permanece desconhecida (Ziegel e Cranley 2004).

O objetivo do estudo foi identificar uma estratégia que aborde os cuidados de enfermagem referentes às síndromes hipertensivas específicas da gestação e provocar a reflexão da atuação do enfermeiro dentro da equipe de PSF (Programa de Saúde da Família), na assistência prestada às gestantes de alto risco.

Hipertensão Arterial

A hipertensão arterial é a doença que mais freqüentemente complica a gravidez, presente em 5 a 10 % das gestantes, sendo responsável pelo maior índice de morbidade e mortalidade materna e perinatal.

Trata-se de uma patologia clínica que, junto com infecções e hemorragias, forma a tríade responsável por grande obituário materno e fetal. Considera-se como hipertensão arterial, na gravidez, a constatação de uma PA sistólica, de pelo menos, 140 mmHg; e PA diastólica, de pelo menos, 90 mmHg. Também é considerada hipertensão arterial a elevação de 30 mmHg ou mais nos níveis habituais de pressão arterial sistólica e elevação de 15 mmHg ou mais nos níveis habituais de pressão arterial diastólica (Duncan 2004).

Sabe-se que na gestação, mesmo havendo alterações anatômicas, endócrinas, hemodinâmicas e imunológicas importantes, o organismo feminino se mantém em equilíbrio dinâmico, por mecanismos compensatórios. Contudo, o limite entre a normalidade e a doença é extremamente tênue, e o desequilíbrio representa risco elevado de morbimortalidade materno-fetal (Baxley et al. 2001)

História Clínica

A primeira etapa no rastreamento é avaliar o risco de pré-eclâmpsia, mediante anamnese cuidadosa. Os fatores que aumentam esse risco incluem primiparidade, primeira gravidez com um novo parceiro, história de pré eclâmpsia em um parente próximo, pré-eclâmpsia de início precoce em gravidez anterior, hipertensão crônica, diabetes e gestações múltiplas. Embora seja útil para ajudar a determinar o nível apropriado de atenção pré-natal, nenhum desses fatores é muito específico ou sensível.

O diagnóstico de hipertensão é feito apenas quando a pressão arterial ultrapassa um limite predefinido. Muitas gestações desenvolvem-se normalmente, apesar da pressão arterial elevada. Isso indica que são mantidos fluxos sanguíneos útero-placentários adequados para os órgãos maternos. Certo grau de hipertensão pode ser benéfico, uma vez que mantém pressões de perfusão na presença de resistência vascular elevada (Febrasgo 2007).

Síndrome hipertensiva

Considera-se como hipertensão arterial, na gravidez, a constatação de uma

PA de no mínimo 140/90 mmHg. Como proteinúria significativa, entende-se a perda de 300 mg ou mais de proteínas em uma coleção de urina de 24 horas, ou um índice de proteinúria/creatinúria maior ou igual a 0,5 g/l.

Pré-eclâmpsia

A pré-eclâmpsia/eclâmpsia geralmente ocorre após a 20ª semana de gestação, classicamente, pelo desenvolvimento gradual de hipertensão e proteinúria significativa e/ou edema de mãos e face. Duas formas de hipertensão podem complicar a gestação: hipertensão preexistente (crônica) - mulheres com hipertensão arterial pregressa, por mais de quatro anos, têm aumento do risco de desenvolverem pré-eclâmpsia de cerca de 25%; e hipertensão induzida pela gestação (pré-eclâmpsia/eclâmpsia), que pode ocorrer isoladamente ou de forma associada (Freitas 1997).

Diferenciar uma hipertensão preexistente da pré-eclâmpsia – síndrome específica da gestação, com vasoconstrição exagerada e perfusão de órgão reduzida - é tarefa importante da equipe de atenção no pré-natal. A proteinúria é a concentração de proteína na urina, maior que 300mg, em 24 horas; ou uma concentração de 1 grama/litro em, pelo menos, duas coletas urinárias, com intervalo igual ou superior a seis horas. O edema generalizado (na face e mãos) e pronunciado dá suporte ao diagnóstico

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