TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

SEGUIMENTO AMBULATORIAL E EM CAMPO MULTIPROFISSIONAL DE PACIENTES DE RISCO PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA REGULAR ORIENTADA NO BAIRRO GENIBAÚ EM FORTALEZA

Trabalho Escolar: SEGUIMENTO AMBULATORIAL E EM CAMPO MULTIPROFISSIONAL DE PACIENTES DE RISCO PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA REGULAR ORIENTADA NO BAIRRO GENIBAÚ EM FORTALEZA. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  10/12/2014  •  4.128 Palavras (17 Páginas)  •  488 Visualizações

Página 1 de 17

RESUMO

A predominância do sedentarismo como fator de risco independente de morte cardiovascular tem-se tornado um motivo de preocupação, e combate-lo é um dos grandes desafios da saúde pública no Brasil e no Mundo.

O desenvolvimento do conceito de atividade física como um hábito na vida das pessoas, tem sido bem pesquisado e se mostrado altamente benéfico, somado a esse fato, o crescimento das populações de grupos de risco (diabéticos, hipertensos, idosos e coronariopatas), também é um fator marcante em todo o mundo, sendo especialmente nestes que o sedentarismo se acentua.

Este trabalho tem como objetivo apresentar o projeto elaborado a partir de ações comunitárias personalizadas, que partindo de uma filosofia aplicada onde ciência e prática trabalham em harmonia de modo a promover qualidade de atendimento, desenvolvendo estratégias motivacionais de integração, de socialização e de condicionamento físico com o intuito de diminuir a prevalência do sedentarismo na comunidade como um todo e principalmente no pacientes considerados de risco, no Bairro Genibaú em Fortaleza.

Promovendo assistência ambulatorial vinculada a atividade física regular, orientada e adequadamente estimulada, respeitando os princípios norteadores do SUS, a interdisciplinaridade, a humanização da assistência, e a resolutividade das ações, de modo a contribuir para o resgate do convívio social e para a promoção da saúde nos grupos participantes.

Palavras chaves: Atividade física em grupos de risco, caminhada orientada, socialização, e qualidade de vida.

INTRODUÇÃO

O contato com atividades físicas em grupos de risco (diabéticos, hipertensos, idosos, renais crônicos, obesos, etc.) inicia-se geralmente por indicação médica. Essas pessoas acabam encontrando nos exercícios muito mais que alívio para suas dores, fazem novas amizades e têm momentos de descontração. Além dos aspectos ligados à saúde, as atividades físicas trazem inúmeros benefícios psicológicos, de auto-estima e de melhoria do relacionamento social, aspectos muito importantes para pessoas desses grupos, principalmente para os que se encontram na terceira idade, devido às inúmeras mudanças desta fase da vida.

A seguir, algumas considerações são essenciais para que possamos traçar o perfil desse projeto bem como de poder compartilhar de tal experiência.

Sabemos que a atividade física diminui com a idade, cujo declínio começa na adolescência e persiste na idade adulta. Por um lado, observa-se a redução de programas de atividade física na fase escolar e, por outro lado, aumenta-se significativamente a prevalência de obesidade entre jovens, e alarmantes na fase adulta, gerando uma verdadeira cascata de complicações e gastos.

O sedentarismo é um dos grandes desafios da saúde pública no Brasil e no mundo. A urbanização desenfreada (mais de 60% da população adulta em áreas urbanas é sedentária), o aumento da expectativa de vida da população, fazem da inatividade física um dos fatores de risco mais importantes para o afloramento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), acarretando conjuntamente, custo econômico significativo tanto para os indivíduos como para a sociedade, em detrimento das complicações relacionadas ao mesmo.1

Na sociedade atual, a qualidade de vida é reflexo da alimentação adequada e também da prática de exercícios físicos. Uma dedicação a saúde e qualidade de vida de grupos de riscos torna-se essencial, para uma integração social dessas pessoas, contribuindo para a sua saúde física e mental

No tocante a terceira idade, a qualidade de vida é importante para que se possa viver bem com saúde, sem sofrer tanto impacto com as alterações fisiológicas, psicológicas e cognitivas, próprias do processo de envelhecimento, e as modificações e intensificações sociais, físicas, políticas e morais que ocorrem ao mesmo tempo no ambiente. Para garantir a qualidade de vida, é fundamental adotar hábitos saudáveis, praticar atividade física regular e realizar uma alimentação equilibrada. Estas medidas precisam ser adotadas o quanto antes, pois contribuem para a melhoria das funções cardiovascular, endócrina, metabólica, músculo-esquelética e mental, prevenindo e adiando doenças debilitantes como osteoporose, diabetes e doenças cardiovasculares (PLUGIA, 2004).2

No que se refere a hipertensão, Paffenbarger RS, Wing AL, Hyde RT, et al. em 1983 demonstraram em estudos longitudinais que a prevalência de hipertensão arterial é inversamente relacionada ao nível da capacidade física.3 E mais, o risco relativo de se tornar hipertenso é aproximadamente 50% maior em pessoas com baixa capacida- de física, quando comparadas às pessoas com alta capacidade física. Assim, o treinamento físico tem sido colocado como um elemento de inquestionável importância na prevenção do desenvolvimento da hipertensão arterial. Adicionalmente à prevenção, o exercício físico pode efetivamente influenciar no controle e no tratamento da hipertensão arterial estabelecida. Hoje há consenso que um programa de treinamento físico aeróbio pode reduzir os níveis de pressão arterial, principalmente nos indivíduos classificados nos estágios 1 e 2 de hipertensão arterial.4

No tocante ao diabetes é consensual que para o tratamento dos seus diversos tipos não basta usar apenas medicamentos. Para um controle adequado da doença, dois outros fatores devem se somar: alimentação correta e prática regular de exercícios físicos. O controle da obesidade é fundamental, pois ela está diretamente relacionada não só com o aparecimento do diabetes como também com o prognóstico da doença. Ter uma alimentação balanceada e combater o sedentarismo são importantes não só para o tratamento mas também para a prevenção da doença.

Estratégias envolvendo toda a população em mudar hábitos de vida, pode provocar grande melhora na saúde e na qualidade de vida da população. Em virtude disso, algumas iniciativas já foram propostas, como por exemplo, o Plano de Reorganização da Atenção Básica à Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus, que a partir do ano de 2000 foi implantado pelo Ministério da Saúde (MS) em todo o território nacional, tendo como pano de fundo o real incentivo para o desenvolvimento de medidas preventivas de fato, quanto aos principais fatores de risco cardio-vascular. Ressalta-se também, a Portaria No.1893 de 15 de outubro de 2001, quando o MS instituiu o “Programa Nacional de Promoção da Atividade Física - Agita Brasil”, estratégia para articular, promover e implementar projetos de atividades físicas moderadas,

...

Baixar como (para membros premium)  txt (28.9 Kb)  
Continuar por mais 16 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com