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SABERES AFRICANOS E SUA CONTRIBUIÇÃO EM DIFERENTES CAMPOS: TECNOLOGIAS RELACIONADAS A DIFERENTES ATIVIDADES PRODUTIVAS, SABERES MEDICINAIS, SABERES CULINÁRIOS, ARTE DE CONTAR HISTORIAS ETC

Por:   •  23/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.968 Palavras (8 Páginas)  •  342 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

CAROLINA FERNADES DEL RIO HAMACEK

DARLAN SANTIAGO RAMOS

DAVID ALMEIDA AZEVEDO

GABRIEL TAVARES GOMES GONÇALVES

TARIK RAUSCH SOUZA SILVA

SABERES AFRICANOS E SUA CONTRIBUIÇÃO EM DIFERENTES CAMPOS: TECNOLOGIAS RELACIONADAS A DIFERENTES ATIVIDADES PRODUTIVAS, SABERES MEDICINAIS, SABERES CULINÁRIOS, ARTE DE CONTAR HISTORIAS ETC.

BELO HORIZONTE

2015

  1. INTRODUÇÃO

É fato que as contribuições africanas foram importantes para a formação da identidade social brasileira, esses sabres foram utilizados em vários campos como o da medicina, da metalurgia, da culinária entra outros, apesar de ser comum a população apenas relacionar os escravos há trabalhos braçais, com utilização de forças físicas, nas lavouras de cafés e depois nas plantações de cana de açúcar. Neste trabalho iremos estudar mais a fundo esses saberes, como são utilizados nos dias de hoje e como esses saberes foram passados de geração para geração.


  1. COMO ESSES SABERES “SOBREVIVERAM” COM O TEMPO

Uma questão que levantamos como grupo foi como esses saberes existem até hoje? Já que quando os escravos eram trazidos para o Brasil, eles não podiam vir com nenhum objeto pessoal.

Esses saberes existem até hoje graças a “tradição oral” existente. Para os povos africanos é pela linguagem, pela fala, pela tradição oral que se aprende a conviver e ter relações sociais com os demais. Com essa tradição eles transmitem seus conhecimentos sobre filosofias, tecnologias, arte, religião, mitos, línguas, organização familiar, e estrutura da sociedade em que vivem. A linguagem oral é uma maneira de expressar a cultura, é a linguagem de um povo inteiro, é o meio de comunicação com a maioria dos outros grupos étnicos.

Esta tradição oral reproduz a história de cada grupo étnico, de cada reino, com suas leis, seus valores, seus saberes e suas formas de ver o mundo.

A tradição oral está presente em tudo, inclusive nas decisões daquele povo. Se o chefe tradicional convoca uma reunião da comunidade é para discutir algum problema, seja ele político, familiar, religioso ou social e para tomar decisões de interesse comum. Todo ali tem direito à palavra, à fala, à tomarem decisões. Depois das discussões feitas o chefe e seus conselheiros se reúnem para aprofundar sobre o respectivo tema discutido. Homens e mulheres mais velhos, vistos com mais experiência são exclusivamente ouvidos no privado e suas opiniões são extremamente importantes e as vezes decisivas, porém ninguém tem o direito de diminuir a fala ou a opinião do outro. Para eles a palavra e a fala são muito mais que um simples dialogo, é uma maneira de manter as tradições vivas e continuar repassando para as futuras gerações.  

Com essa linguagem oral você acumula cada vez mais experiências (dos seus antepassados) e junta com as suas, renovando os conhecimentos de tempos em tempos, de geração em geração.

  1. OS SABERES DOS AFRICANOS E COMO SÃO UTILIZADOS NOS DIAS DE HOJE
  •  Religião
  •  Mineralogia e Metalurgia
  •  Medicina
  • Comércio
  •  Artes e música
  1. Religião

O saber da religião pode ser representado através dos terreiros de religiões africanas, que exercem um papel de importância na sociedade brasileira.

Primeiramente os terreiros tem uma participação historicamente cultura, com uma clara resistência desde os tempos coloniais, já que essa pratica era vista como feitiçaria. Hoje em dia muita coisa não mudou, a sociedade continua tendo uma descriminação e uma exclusão dos terreiros, e acaba gerando uma desigualdade e um preconceito entre culturas.

Nos terrenos você tem um aprofundamento uma valorização do saber, que podem ser incorporados nessas construções social. Além disso você desenvolve e aprende lições sobre o sobrenatural, a mitologia africana, a natureza, adapta e recria rituais nos tempos de hoje. Enfim há uma mistura entre culturas de ambos continentes

Hoje em dia, grande parte dos terreiros se localiza nos centros das cidades, que segundo eles “é a onde a vida pulsa. ”

  1. Mineralogia e Metalurgia

A mineralogia era estimulada graças aos campos auríferos africanos, na qual havia a produção de ouro para os grandes impérios do Gana e do Mali, e depois no centro de Gana com o importante e intenso comércio do mesmo produto. Com isso os negros africanos trouxeram para o Brasil vários saberes como o forno, como controlar a temperatura do fogo, a fundição entre matérias, e a técnica do cadinho. Tudo isso foi utilizado em largar escala nas minerações em Minas Gerais. Essa tecnologia fundidora entre materiais poderia ser considerada superior a fundição da Europa, porém seu custo era mais alto do que os produtos europeus, por mais que os produtos africanos tivessem uma qualidade maior.

Quando se trata de metalurgia, de acordo com Campos, G. N. (2009):

                                        “... os Bantus eram conhecidos como "o povo que detinha o segredo da metalurgia", exímios metalurgistas, que conheciam e controlavam a temperatura do forno e a composição do material para a fundição. Através do estudo da arqueometalurgia, pode-se constatar a sofisticação dessa tecnologia de fundidores usada na confecção desses metais, considerados superiores à indústria europeia da época. Essa manufatura foi sendo abandonada, pela concorrência de peças europeias, pois as peças africanas tinham um alto custo, devido ao transporte da madeira para o carvão e do minério de ferro. Essa dificuldade acarretou uma acirrada concorrência com o material europeu, apesar da sua baixa qualidade em relação às peças africanas. Os grupos africanos apresentavam uma relação especial com o metal, principalmente, o ferro. O valor atribuído a ele se distingue da cultura europeia que o considerava unicamente utilitário, um material sem beleza estética. Vale notar que a África passou diretamente da Idade da Pedra para a do Ferro, sem passar pelo período denominado Idade do Bronze. Em outros locais e culturas, a tecnologia do bronze (formado por ligas de cobre com outros metais como estanho ou zinco) antecedeu a do ferro. Isso porque o cobre é encontrado na natureza pronto para ser trabalhado. O ferro, por sua vez, exige temperaturas de fusão muito mais altas e se encontra na natureza quase sempre misturado a outros elementos, o que significa que precisa ser extraído e depurado para ser utilizado. No continente africano, o surgimento e desenvolvimento dessas duas tecnologias ocorreram no mesmo período.”

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