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Saúde Mental

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Por:   •  7/10/2014  •  781 Palavras (4 Páginas)  •  247 Visualizações

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Desafios da Reforma Psiquiátrica no Brasil

"Sabemos que a “loucura” sempre foi associada e instituída sob um modelo de exclusão social, que busca separar e segregar todos os indivíduos que apresentam condutas desviantes ou que sejam considerados indesejáveis pela comunidade. Dessa maneira, até o século XIX, a loucura era reconhecida como irracionalidade, desvio, desordem, perturbação social e obstáculo ao crescimento econômico do país."

Resenha crítica : Desafios da Reforma Psiquiátrica no Brasil

No Brasil, o movimento de reforma psiquiátrica teve início no final da década de 70 , em decorrência de profundas transformações políticas e econômicas, muitas críticas passaram a ser realizadas sobre o tratamento dispensado ao doente mental (exclusão da sociedade, negligência, maus tratos, desumanidade, falta de privacidade, superlotação dos manicômios) impulsionando dessa forma debates e a implementação de políticas públicas para a saúde mental com o objetivo de lutar pelos direitos de dignidade aos pacientes psiquiátricos. Ela também foi conhecida como luta Antimanicomial. Muitos anos se passaram e finalmente em 2001 foi aprovada a Lei nº 10.216 também conhecida como lei da reforma psiquiátrica a qual instituiu um novo modelo de tratamento aos transtornos mentais no Brasil que possibilitou a criação de muitas políticas publicas de reabilitação e inclusão social a exemplo do programa de volta para casa e os serviços de residência terapêutica os quais permitiram que os pacientes que estavam internados com problemas mentais, tanto em regime asilar, agudo ou crônico pudesse retornar para suas casas , familiares, comunidades e não ficassem mais submetidos ao estigma da institucionalização ou hospitalização, uma vez que os "manicômios" não visavam resultados terapêuticos em sua plenitude mais sim praticavam um modelo excludente e privativo, repletos de punição e violência os quais obliteravam a sociabilidade,dignidade e cidadania desses seres humanos que tanto necessitavam e tinha o direito de receber uma ajuda especial, profissional e ética.

A criação do CAPS (centro de atenção psicossocial) também foi de extrema importância no que diz respeito a redução de milhares de leitos psiquiátricos no país e o fechamento de vários hospitais psiquiátricos através de um trabalho pautado no respeito, confiança, acolhimento, inclusão, oficinas, família, terapias ocupacionais e cuidados realizados por uma equipe multidisciplinar os quais possibilitam ações voltadas para uma saúde mental digna e de qualidade direcionada para o cumprimento dos princípios fundamentais do SUS (universalidade,equidade e integralidade) . Apesar de todos os avanços, ainda temos muitos obstáculos a serem enfrentados a exemplo da ampliação da rede do atendimento, falta de investimentos e valorização de servidores públicos e agentes comunitários muitas vezes desmotivados por baixas remunerações ou contratos precários de trabalho, falta de capacitação e qualificação dos profissionais na área da saúde mental no sentido de melhorar o entendimento e aperfeiçoamento das práticas e condutas capazes de superar "o paradigma da tutela do louco e da loucura", esses são

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