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Sistema Tegumentar

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Por:   •  11/9/2014  •  2.580 Palavras (11 Páginas)  •  657 Visualizações

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SISTEMA TEGUMENTAR

Conceito: O sistema tegumentar é a estrutura que envolve todo o organismo humano, e engloba a pele, pelos e unhas, protegendo-o contra o atrito, a perda de água, a invasão de micro-organismos e a radiação ultravioleta. Converte moléculas precursoras em vitamina D e tem um papel na percepção do tato, na termorregulação, na excreção de substâncias e na secreção de lipídios protetores e de leite. No adulto, chega a medir 2

m2.

Componentes: É constituído pela pele (tegumento ou cútis) e os seus anexos: pelos, unhas, glândulas sebáceas, sudoríparas e mamárias.

A pele é composta pela epiderme, de epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, e pela derme, de tecido conjuntivo. Subjacente, sustentando a pele e unindo-a aos órgãos, há a hipoderme (ou tela subcutânea) de tecido adiposo. A pele apresenta diferenças segundo a sua localização. A palma das mãos e a planta dos pés, que sofrem um atrito maior, possuem uma epiderme com mais do que 5mm, constituída por várias camadas celulares e por uma camada superficial de queratina bastante espessa. Esse tipo de pele foi denominado pele grossa (ou espessa) Não possui pelos e glândulas sebáceas, mas as glândulas sudoríparas são abundantes. A pele do restante do corpo tem uma epiderme de 1 a 2mm, com poucas camadas celulares e uma camada de queratina delgada, e foi designada pele fina (ou delgada).

- Epiderme: delgada túnica superficial derivada do ectoderma embrionário, formada por várias camadas de células achatadas (epitélio pavimentoso estratificado). A camada mais periférica da epiderme é constituída por células mais resistentes, queratinizadas, as quais se acham em constante descamação, sendo substituídas pelas subjacentes, do que decorre constante renovação. A epiderme é mais espessa ao nível da palma e da planta e mais delgada nas pálpebras, prepúcio, pequenos lábios vaginais e escroto. A melanina é o principal pigmento epidérmico, controlado pelo hormônio melanócito-estimulante (MSH) da adenohipófise (lobo anterior).

O estrato basal contém as células-tronco da epiderme. Pela sua atividade mitótica, esse estrato também foi denominado estrato germinativo.

Por causa do grande número de células e, portanto, da pressão maior nas faces laterais, as células são colunares. As células-filhas, os queratinócitos, vão para as camadas superiores. No estrato basal, há também os melanócitos e as células de Merkel, que se diferenciam de células da crista neural.

Os melanócitos são reconhecidos com HE pelo citoplasma claro e pelo núcleo ovoide, com uma depressão. Produzem a melanina, um pigmento marrom, a partir da tirosina. Os grãos de melanina são introduzidos, através dos prolongamentos dos melanócitos, no citoplasma das células-tronco e dos queratinócitos, onde se concentram sobre o núcleo, protegendo o material genético da radiação ultravioleta. Nos indivíduos de cor branca, a melanina é degradada pela atividade lisossômica dos queratinócitos, enquanto, na pele negra, é mais estável. As células de Merkel são semelhantes aos melanócitos ao microscópio de luz, mas mais escassas e, portanto, difíceis de serem observadas. Ao microscópio eletrônico, são visualizados grânulos do tipo neuroendócrino no seu

citoplasma e terminações nervosas sensoriais adjacentes à sua base. Elas são mecanorreceptores e são abundantes nas pontas dos dedos. Nas camadas superiores ao estrato basal, as pressões são mais uniformes, e as células são poliédricas. Elas estão ligadas por desmossomos e interdigitações, o que contribui para a resistência da epiderme ao atrito. Com o preparo do material pela rotina histológica, as células sofrem retração e afastam-se umas das outras, permanecendo unidas pelos desmossomos. Esses pontos de contato entre as células, as pontes intercelulares, parecem espinhos, por isso, esse estrato é chamado espinhoso.

Nesse estrato, são mais facilmente vistas as células de Langerhans, células apresentadoras de antígenos, que participam das dermatites alérgicas por contato. Essas células interagem com os queratinócitos através das E-caderinas, mas também podem ser encontradas na derme. Elas monitoram a entrada de antígenos estranhos na pele.

As células de Langerhans entram nos vasos linfáticos da derme e migram para os linfonodos regionais para apresentar os antígenos capturados aos linfócitos T. Os linfócitos T, por sua vez, entram na circulação sanguínea, alcançam o local onde o antígeno epidérmico está presente e liberam citocinas pró-inflamatórias para neutralizar o antígeno.

Assim como as demais células apresentadoras de antígenos, as células de Langerhans originam-se de precursores da medula óssea.

Com HE, as células de Langerhans exibem um núcleo ovoide, de contorno irregular e pálido, envolvido por um citoplasma claro, de maneira semelhante aos melanócitos.

A visualização dos prolongamentos dendríticos é possível com a impregnação pelo cloreto de ouro ou com técnicas imunocitoquímicas. Ao microscópio eletrônico, são observados o núcleo profundamente indentado e grânulos característicos que aparecem como bastonetes (grânulos de Birbeck).

Na parte superior do estrato espinhoso, os queratinócitos modificam a expressão gênica e passam a sintetizar as proteínas envolvidas na queratinização. Uma destas proteínas é a filagrina, que se combina com os feixes de filamentos de citoqueratina, tornando-os mais espessos e resultando na queratina (queratina mole). Outra proteína é a involucrina, que se associa com a membrana plasmática, espessando-a.

Essas proteínas especializadas reúnem-se nos grânulos de querato-hialina, que são basófilos. As células onde eles são reconhecidos compõem o estrato granuloso . Em virtude da pressão maior na superfície apical, essas células são pavimentosas. Terminações nervosas livres penetram a epiderme até esse estrato e funcionam como receptores da dor.

Além da queratinização, ocorre, nos queratinócitos, a síntese de acilglicosilceramida a partir de fosfolipídios e glicosaminoglicanos. Essa substância é acondicionada em corpos lamelares envoltos por membrana e depois exocitada para o espaço intercelular, cimentando as células e formando uma barreira impermeável à água, que impede a dessecação. A barreira formada pela acilglicosilceramida também impede a passagem de nutrientes, e as células acima degeneram. O núcleo e as outras organelas são

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