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Terapia Celular

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Por:   •  20/3/2015  •  982 Palavras (4 Páginas)  •  297 Visualizações

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O transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH) tem sido usado para o tratamento das doenças auto-imunes (DAI) há mais de dez anos, desde os primeiros transplantes executados por Marmont, em Gênova, Fassas, na Grécia, e Burt, em Chicago, entre os anos de 1996-97.

A base racional para os transplantes foi resultado dos experimentos bem sucedidos desenvolvidos em modelos animais de DAI e em pacientes com doenças hematológicas submetidos ao TCTH alogênicas ou autólogas.

Em 1995, um grupo de especialistas em TCTH e DAI reuniu-se em Seattle e decidiu iniciar os testes clínicos de fase I/II com TCTH autólogas para DAI progressivas graves e refratárias à terapia convencional.

Foram incluídas no grupo de estudo Artrite Reumatóide (AR) adulta e juvenil, Lupus Eritematoso Sistêmico (LES), Esclerose Sistêmica (ES), Vasculite Sistêmica (VS), Esclerose Múltipla (EM) e Citopenias auto-imunes. Até o momento, mais de 1.000 pacientes em todo o mundo receberam transplante, e a maioria deles tem seus dados armazenados nos bancos de dados do Registro Europeu de Transplantes e do Registro Europeu de Doenças Auto-imunes (EBMT/EULAR), em Basel, na Suíça.

Uma análise parcial dos dados de aproximadamente 500 pacientes, tratados em 2005, mostrou uma mortalidade significativa para algumas doenças, como ES e ELA recaídas, e a ausência de resposta em outras (AR adulta e Citopenias auto-imunes). A maioria dos pacientes que sobreviveu não apresentou remissão.

A mortalidade decresceu com uma melhor seleção dos pacientes e a administração das complicações relacionadas ao transplante.

Nos EUA, resultados muito encorajadores foram relatados em um único centro de pesquisa ou em experiências cooperativas pequenas para LES dois, EM três e Citopenias auto-imunes.

Atualmente, testes clínicos de fase III estão sendo desenvolvidos ou sendo iniciados nos EUA e Europa para EM ES, LES e outras doenças, comparando o TCTH autólogas com a melhor terapia farmacológica disponível.

Países em desenvolvimento, como Brasil, China e Índia estão continuamente publicando seus relatos de testes clínicos de fase I/II com TCTH para DAÍ. Para doenças recorrentes, como AR adulto e Citopenias auto-imunes, ou para pacientes sem disponibilidade de células-tronco autólogas, o TCTH alogênico não-mieloablativo tem sido usado em alguns pacientes esporadicamente, embora os benefícios ainda sejam controversos.

Estado atual do TCTH para DAI no Brasil

Em outubro de 2000, foi organizado um encontro em Ribeirão Preto para discutir estratégias e implementar o programa de TCTH para doenças auto-imunes no país.

Especialistas internacionais dos EUA (R. Burt, D. Patel, W. Burns) e Europa (R.Arnold) encontraram-se com representantes dos principais grupos de TMO/Reumatologia/Neurologia brasileiros.

Foi então decidido o início de um estudo-piloto fase I/II, de cooperação nacional de TCTH autólogas para Lupus Eritematoso Sistêmico refratário (LES), Esclerose Sistêmica (ES) e Esclerose Múltipla (EM).

O programa começou em junho de 2001, e em 2006 mais de uma centena de pacientes haviam recebido TCTH autólogas no tratamento de LES, ES, EM e outras doenças, como Vasculite, ELA e Pênfigo.

Resultados preliminares mostraram efeitos benéficos na maioria dos pacientes e uma morbidade/mortalidade inicial significativa devido a problemas específicos de grupos de pacientes.

Esses problemas certamente serão superados com uma melhor seleção dos pacientes e a aquisição de mais experiência no manejo de transplantes em doenças auto-imunes. Recentemente, o grupo dos Departamentos de Pediatria e Patologia da Universidade da Flórida, em Gainesville, EUA, publicou artigo de revisão sobre o uso de células do cordão umbilical autólogo em Diabetes Melito do tipo 1. Eles relatam, resumidamente, terem feito 15 infusões até o momento, e os resultados parciais em 8 pacientes mostram efeitos modestos aumentando o peptídio-C e as células T reguladoras e diminuindo a necessidade insulínica. Provavelmente, como os próprios autores reconhecem, “esta terapia deverá ser combinada com alguma outra (imunossupressora, estimuladora da secreção insulínica pancreática, etc.) para obter resultados

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