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Trabalho sobre Infecções Hospitalares e Ética Médica

Por:   •  28/5/2019  •  Seminário  •  580 Palavras (3 Páginas)  •  268 Visualizações

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UNISUL – Universidade do Sul de Santa Catarina, Curso de Medicina[pic 1]

Acadêmico: Victor Hugo Alves Serafim

Disciplina: Ética Médica II

Trabalho sobre Infecções Hospitalares e Ética Médica

A especialização em controlar infecções de ambiente hospitalar é um ramo relativamente novo da medicina, que surgiu da necessidade de conter um problema comum e grave. Trata-se de uma abordagem não feita apenas pelo médico especialista nessa área, porém todo um preparamento multidisciplinar que envolverá enfermeiros, técnicos e equipe de limpeza. Com o advento dessa especialidade, surge a necessidade de estabelecer reflexões sobre o aspecto ético.

O paciente é a prioridade de atuação do médico e demais profissionais da saúde, nossas obrigações começam por revalidar esse princípio. Os três primeiros pontos são básicos: não devemos ser nocivos, devemos proteger a privacidade do paciente e, consequentemente, devemos manter o sigilo. Isto deve incluir o fato de não escrever o nome do paciente em relatórios a serem divulgados na instituição ou fora dela.

Um importante aspecto do controle da infecção hospitalar é a atuação preventiva, permitindo agir sobre o problema antes dele existir. Os critérios de Berlinguer para prevenção geral, são referência nessa discussão. A virtude antecipatória da prevenção trata-se do conceito de que podemos intervir no problema impedindo a disseminação de doenças e agentes infecciosos por meio de normas de isolamento ou reduzindo o risco de infecções cirúrgicas usando antibioticoprofilaxia. O princípio da universalidade conceitua a adoção de precauções universais, recomendando o uso da proteção de barreira para qualquer profissional ou paciente que possa ser exposto a sangue ou produtos biológicos contendo sangue, líquor, líquido pleural, sinovial, pericardial ou peritonial de outra pessoa. A atenuação de conflitos tenta minimizar interesses e legítimos valores humanos, falamos então do conflito na interferência da autonomia do profissional. Aplicado ao contexto de infecções hospitalares, um exemplo está relacionado a diferença entre a racionalização do uso de antimicrobianos, levando em conta a adequação da droga quanto à indicação, espectro, posologia e riscos de interação com outras drogas e consequente toxicidade para o organismo em relação à liberdade de prescrição do médico e seu compromisso com a saúde do paciente.

É de exclusiva responsabilidade e competência do médico a escolha do tratamento para seu doente, cabe a ele escolher o antimicrobiano menos tóxico, bactericida se possível, ajustado para intervalos e doses conforme a gravidade e demais parâmetros fisiológicos de seu paciente. Tais informações podem ser especificadas a partir de uma cultura com antibiograma, portanto, do conhecimento da etiologia mais frequente da infecção com respectiva sensibilidade e de um sistema que minimize os riscos de toxicidade, como por meio do parecer de um especialista em antimicrobianos. Outro aspecto a ser considerado se relaciona ao conhecimento de que não é permitido ao médico exagerar a gravidade do diagnóstico ou prognóstico, complicar a terapêutica. O uso racional visa então a redução na seleção de microrganismos resistentes a múltiplas drogas, que poderiam repercutir negativamente até sobre a imagem da instituição, dos profissionais que lá trabalham, ou pior, causar danos a outros doentes ou funcionários.

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