Óleo De Lorenzo

Resenha: “O Óleo de Lorenzo”

O óleo de Lorenzo, narra uma história real, onde o casal de historiadores Augusto e Michaela Odone descobrem que seu filho Lorenzo de 5 anos é portador de Adrenoleucodistrofia (ALD), uma doença degenerativa passado de mãe para filho (exclusivamente meninos) ligada ao cromossomo X. Essa doença causa um erro no DNA que leva a síntese proteica defeituosa, causando defeito em uma proteína de membrana celular que transporta ácidos graxos de cadeia muito longa (AGCML) com 24 a 26 carbonos, para dentro dos perixomos, onde eles são metabolizados. Na ausência dessa proteína, os AGCML acumulam se no encéfalo e por razoes desconhecidas destroem a bainha de mielina que isolam células nervosas, afetando a transmissão de impulsos nervosos.

Os pais de Lorenzo procuram ajuda médica, pois a cada dia que passa ele piora, apresentando problemas neurológicos, hiperatividade, falta de concentração, agressividade identificada primeiramente na escola, pelos professores. Com o tempo ele vai ficando surdo, mudo, paralitico e com dificuldade de engolir.

Ao invés de simplesmente ficarem sentados aguardando os resultados dos estudos médicos, eles decidiram estudar nos livros de medicina e nos poucos artigos científicos da época, tudo que pudesse ajudar na compreensão do mecanismo de ação desta doença e assim poder discutir com os médicos a melhor forma de tratamento para amenizar os sintomas de Lorenzo.

De primeiro momento os médicos resolvem colocar Lorenzo em uma dieta que estava em experimentação. Ela consiste em tirar da alimentação os ácidos graxos de cadeia longa, mas não está fazendo efeito e Augusto e Michaela descobrem, a partir da leitura de uma pesquisa feita com ratos poloneses, que era porque, mesmo tirando esse tipo de gordura da alimentação, ela é produzida pelo próprio corpo de Lorenzo (de maneira a compensar, porque essa produção “dupla” ocorre naturalmente).

Partindo do que foi pesquisado, os pais montam um Simpósio, que reúne vários médicos que sabem alguma coisa sobre ADL. Os Odone encontram, então, o ácido oléico e começam a alimentar Lorenzo com tal óleo.

O ácido oléico, no entanto, só leva o tratamento “até a metade” e Augusto Odone resolve continuar pesquisando a fim de tratar seu filho da melhor maneira possível. Ele descobre que a mesma enzima é responsável pela produção de carbonos insaturados e saturados. O interessante para Lorenzo é que a produção de carbonos saturados seja inibida. Um médico e os Odone descobrem que isso pode ocorrer de maneira compensatória, por uma inibição competitiva (ingestão de insaturados).

Pra melhor entender esse problema, Auguste Odone faz uma analogia entre uma pia de conzinha com duas torneiras e o organismo de Lorenzo: a pia seria o organismo de Lorenzo, por uma das torneiras “entram” os ácidos graxos provenientes da biossíntese. O ralo da pia representa a enzima que degrada essas gorduras e que está ausente na pessoa com ADL. Auguste também usa clipes de papel para representar os mecanismos de biossíntese e degradação da cadeia de ácidos graxos. Perante isso, Augusto Odone descobre que existe só uma enzima para ambas as cadeias. E que para baixar o nível de ácido graxo do organismo de Lorenzo o ideal seria manter a enzima ocupada produzindo monoinsaturados. Baseado nessas teorias ele descobre

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