TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

A Segurança alimentar e os alimentos transgênicos

Por:   •  17/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.899 Palavras (12 Páginas)  •  365 Visualizações

Página 1 de 12

Sumário

  1. Introdução............................................................................ 4
  2. Conceito............................................................................... 5
  3. Segurança alimentar e os alimentos transgênicos........................................................................ 5
  4. Onde são encontrados alimentos transgênicos?...................................................................... 7
  5. Controvérsias e Discussões.........................................................................  8
  6. Transgênico e o direito de informação do consumidor.........................................................................  9
  7. Considerações finais.......................................................... 11
  8. Bibliografia.......................................................................... 12

  1. Introdução

A União das Nações Unidas projetou que a população mundial em 2050 será de 9,3 bilhões, com incremento de cerca de 35% da população atual. O mundo deverá produzir 50% a mais de alimentos para alimentar essa população, preservando a biodiversidade e sem devastar ecossistemas (FAO/WHO, 2003b). O melhoramento de plantas e animais na busca pelo aumento da qualidade e quantidade de alimentos talvez constitua uma das soluções ao problema de suprimento alimentar (MUNIZ, C. R., 2003).

O avanço da ciência nos últimos anos proporcionou a descoberta de novas tecnologias, como as biotecnologias, que é um passo de essencial importância para o progresso da humanidade. Todavia, o desenvolvimento de novas tecnologias não se restringe à área da saúde. No campo agroindustrial, os Organismos Geneticamente Modificados (OGM) são considerados um avanço importante para a melhoria e para o aumento do processo produtivo. De fato, a criação das plantas geneticamente modificadas pode ser considerada um avanço científico e uma certeza de lucro para os grandes centros de biotecnologias e para os produtores rurais, já que confere a elas, por meio da tecnologia do DNA recombinante, características que não seriam adquiridas através do melhoramento convencional (RIBEIRO, I. G.; MARIN. V A., 2009).

Por ser um assunto ainda que gera muitas controvérsias, o uso de produtos transgênicos encontra forte resistência entre a população e desperta desconfiança entre cientistas e entidades. Esses questionam os possíveis efeitos que esses produtos podem causar a saúde humana e também ao ecossistema mundial e ainda apresentam preocupações de fator econômico, como a concentração da tecnologia de produção de semente transgênica entre poucos, o que dificultaria para o certos países e pequenos produtores terem acesso a esse tipo de tecnologia (FORTUNA, L. E. B., 2009).

A existência de riscos associados aos organismos geneticamente modificados (OGM) tem sido questionada há mais de vinte anos, muito antes de qualquer produto transgênico chegar ao mercado, gerando grandes discussões que envolveram governos, agricultores, comerciantes, associações de defesa dos animais, entre outros (CAVALLI, 2001 apud MUNIZ, C. R., 2003)

O presente trabalho versa sobre o tema alimentos transgênicos abordando aspectos de segurança alimentar, benefícios e riscos, bem como questões de rotulagem e regulamentações no Brasil.

  1. Conceito

No Brasil, OGM é a sigla que identifica um transgênico: “organismo geneticamente modificado”. O uso de OGMs é pesquisado em muitas áreas, como agricultura, produtos farmacêuticos, especialmente produtos químicos e despoluição (RIBEIRO, 2001)

De acordo com a definição legal, trazida pela lei número 8.974 de 05 de janeiro de 1995, “organismo geneticamente modificado é o organismo cujo material genético (ADN/AARN) tenha sido modificado por qualquer técnica de engenharia genética” (art.3°, IV). (RIBEIRO,2001)

Segundo a definição da EMBRAPA, “plantas transgênicas são plantas que contém um ou mais genes introduzidos por meio da técnica de transformação genética. Através desta técnica, um ou mais genes são isolados bioquimicamente e inseridos numa célula. Em seguida, esta célula se multiplica e origina uma nova planta, carregando cópias idênticas do gene. As plantas transgênicas são também chamadas de organismos geneticamente modificados (OGM)”. (RIBEIRO,2001 apud EMBRAPA,2001)

Nesse sentido também se encontra a definição da ANBio (Associação Nacional de Biossegurança): “um organismo ou uma cultura geneticamente modificada é uma planta que contém um gene que foi artificialmente inserido, ao invés de adquirido naturalmente por polinização. O gene inserido, conhecido como “transgene” pode vir de outra planta ou mesmo de outra espécie completamente diferente. O resultado é denominado “planta geneticamente modificada”, embora na realizada todas as culturas sejam modificadas geneticamente a partir de seu estado silvestre original, seja por domesticação, seleção ou cruzamentos controlados por longos períodos de tempo” (RIBEIRO, 2001 apud ANBIO,2001).

  1. Segurança alimentar e os alimentos transgênicos

O termo food safety - alimento seguro - significa garantia do consumo alimentar seguro no âmbito da saúde coletiva, ou seja, são produtos livres de contaminantes de natureza química (agroquímicos), biológicas (organismos patogênicos), física ou de outras substâncias que possam colocar em risco sua saúde (Spers & Kassouf, 1996). Já o termo food security - segurança alimentar - é a garantia de acesso ao consumo de alimentos e abrange todo o conjunto de necessidades para a obtenção de uma nutrição adequada à saúde. No Brasil utiliza-se a denominação de segurança alimentar para os dois enfoques (CAVALLI, S.,2001).

Os programas de segurança alimentar devem propiciar um controle de qualidade efetivo de toda a cadeia alimentar, desde a produção, armazenagem, distribuição até o consumo do alimento in natura ao processado, bem como os processos de manipulação que se fizerem necessários (CAVALLI, S.,2001).

A revolução verde implantada na década de 50, estava fundamentada na produção de larga escala com alta tecnologia, demonstrando como resultado, excelente produtividade. Nos anos 90s, é preconizada a nova revolução verde: revolução genética, unindo a biotecnologia e a engenharia genética, promovendo assim significativas transformações na agricultura mundial (CAVALLI, S.,2001).

...

Baixar como (para membros premium)  txt (21.2 Kb)   pdf (221.6 Kb)   docx (21.7 Kb)  
Continuar por mais 11 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com