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AVALIAÇÃO DO CONSUMO DE CORANTES ARTIFICIAIS

Por:   •  3/6/2017  •  Projeto de pesquisa  •  3.622 Palavras (15 Páginas)  •  599 Visualizações

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AVALIAÇÃO DO CONSUMO DE CORANTES ARTIFICIAIS

Alícia dos Santos Duarte¹, Déborah Monique de Sousa Freire¹, Flávia Duarte Gondim¹, Maria Grazyelly da Silva Sousa¹, Marta Alves Maciel¹

lih.d.bj@gmail.com¹, debora.freire907@gmail.com¹, flaviadgondim@gmail.com¹, mariagrazyelly18@gmail.com¹, marthynhaalves0009@gmail.com¹  

RESUMO

Sabe-se que a única função dos corantes alimentares é conferir cor ao alimento não oferecendo nenhum valor nutritivo a este. Estudos vêm demonstrando a ocorrência de reações adversas a curto e longo prazo, devido ao consumo de alimentos que apresentam corantes artificiais. As reações variam desde reações tóxicas no metabolismo desencadeantes de alergias e hiperatividade em geral, e até risco de câncer esta última observada em longo prazo. O objetivo do presente trabalho foi realizar um estudo no qual seriam verificados os riscos e os possíveis danos, especialmente em caso de ingestão excessiva e contínua de produtos contendo corantes artificiais. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura. Para pesquisa utilizou-se artigos que abordassem sobre o assunto nas bases de dado Scientific Electronic Library Online (Scielo). A seleção respeitou critérios de inclusão, foram selecionados 10 artigos, dentre eles 5 cumpriram aos critérios de inclusão. Os estudos mostram que o uso excessivo de corantes artificias nos alimentos podem acarretar problemas tanto de curto como de longo prazo. Conclui-se que se faz necessário uma busca por informações que possam comprovar os riscos do seu uso.

Palavras-chave: Corantes artificiais. Consumo excessivo.  Riscos à saúde.

ABSTRACT


It is known that the only function of food coloring is to impart color to the food offering no nutritional value to it. Studies have shown the occurrence of adverse reactions in the short and long term, due to the consumption of foods that present artificial dyes. The reactions range from toxic reactions in metabolism triggering allergies and hyperactivity in general, and even the latter's cancer risk observed in the long run. The objective of the present study was to carry out a study in which the risks and the possible damages would be verified, especially in case of excessive and continuous intake of products containing artificial dyes. This is an integrative literature review. For research we used articles that dealt with the subject in the databases Scientific Electronic Library Online (Scielo).

The selection met inclusion criteria, 10 articles were selected, among which 5 met the inclusion criteria. The selection met inclusion criteria, 10 articles were selected, among which 5 met the inclusion criteria. Studies show that excessive use of artificial colors in food can lead to short-term and long-term problems. It is concluded that it is necessary to search for information that can prove the risks of its use.


Key words: Artificial dyes. Excessive consumption. Risks to health.

 

INTRODUÇÃO

É considerado corante a substância ou a mistura de substâncias que possuem a propriedade de conferir ou intensificar a coloração do alimento (ANVISA, 1977). Atualmente, a consciência e a preocupação sobre a “segurança” dos corantes em alimentos têm direcionado o interesse dos pesquisadores e das indústrias para a identificação e uso dos corantes orgânicos (Agarwal et al., 1994).

O emprego de corantes em alimentos é motivo de muita polêmica, na medida em que a principal justificativa, em muitos dos casos, é tornar o produto mais atrativo esteticamente. Além disso, estudos vêm demonstrando a ocorrência de reações adversas a curto e longo prazo, devido ao consumo de alimentos que apresentam esses aditivos (BESELER, 1999; KRAUSE; MAHAN, 1998; ORTOLANI et al., 1999).

A aplicação de corantes em alimentos é motivo de discussão em quase todos os países devido aos crescentes casos de problema de saúde atrelados a eles. Diversos países ou regiões permitem o uso de diferentes corantes e em quantidades diferentes, devido ao maior ou menor consumo de alimentos presentes na dieta da população (PRADO, GODOY, 2003). Se utilizados em níveis superiores aos permitidos nas legislações podem ser tóxicos e as consequências vão desde alergias, hiperatividade até riscos de câncer (SIQUEIRA, et al 2011).

Dois dos corantes sintéticos mais utilizados são a tartrazina e o amarelo crepúsculo, que apresentam coloração amarela e são obtidos através da tinta de alcatrão de carvão. Estes corantes são empregados na indústria alimentícia para colorir balas, gelatinas, sucos em pó, e refrigerantes. De todos os corantes, o amarelo tartrazina é o mais preocupante entre os pesquisadores, pois é o responsável pelo maior número de reações alérgicas, asma e urticárias (KAPOR et al., 2001; PRADO, GODOY, 2003).

Os aditivos alimentares têm sido cada vez mais utilizados no desenvolvimento de novos produtos, com o objetivo de melhorar aparência, aroma, sabor, cor, textura, valor nutritivo e conservação. Ao considerar que o aspecto visual é um fator importante para a seleção e escolha do produto, os corantes destacam-se entre uma das classes de aditivos imprescindíveis para a indústria alimentícia na conquista de mercados (ASHFAQ; MASUD, 2002; CLYDESDALE, 1993; EVANGELISTA, 2001)

Os corantes artificiais são uma classe de aditivos sem valor nutritivo, introduzidos nos alimentos e bebidas com o único objetivo de conferir cor, tornando-os mais atrativos. Por esse motivo, do ponto de vista da saúde, os corantes artificiais em geral não são recomendados, justificando seu uso, quase que exclusivamente, do ponto de vista comercial e tecnológico. Mesmo assim, os corantes são amplamente utilizados nos alimentos e bebidas devido à sua grande importância no aumento da aceitação dos produtos. Alimentos coloridos e vistosos aumentam nosso prazer em consumi-los (PRADO, GODOY, 2002).

A aceitação do produto alimentício pelo consumidor está diretamente relacionada a sua cor. Esta característica sensorial, embora subjetiva, é fundamental na indução da sensação global resultante de outras características como o aroma, o sabor e a textura dos alimentos. Desta forma, a aparência do alimento pode exercer efeito estimulante ou inibidor do apetite. Além de necessária para sobrevivência, a alimentação também é fonte de prazer e satisfação. Por essa razão, o setor alimentício preocupa-se tanto com a aplicação de cores e obtenção de alimentos que agradem aos olhos do consumidor (COLLINS e PLUMBLY, 1995; FREUND et al., 1988).

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