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CONHECIMENTO DAS MÃES DE CRIANÇAS NA FASE PRÉ-ESCOLAR SOBRE ADITIVOS ALIMENTARES E SEUS POSSÍVEIS EFEITOS À SAÚDE

Por:   •  2/11/2017  •  Artigo  •  3.153 Palavras (13 Páginas)  •  385 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

ESCOLA DE NUTRIÇÃO

DEPARTAMENTO DA CIÊNCIA DOS ALIMENTOS

CONHECIMENTO DAS MÃES DE CRIANÇAS NA FASE PRÉ-ESCOLAR SOBRE ADITIVOS ALIMENTARES E SEUS POSSÍVEIS EFEITOS À SAÚDE

MANUELA SANTOS

MARCELE SIMAS DE JESUS SANTOS

NOEMI EVELIN SANTOS ROCHA

Salvador

2017

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

ESCOLA DE NUTRIÇÃO

CONHECIMENTO DAS MÃES DE CRIANÇAS NA FASE PRÉ-ESCOLAR SOBRE ADITIVOS ALIMENTARES E SEUS POSSÍVEIS EFEITOS À SAÚDE

MANUELA SANTOS

MARCELE SIMAS DE JESUS SANTOS

NOEMI EVELIN SANTOS ROCHA

Trabalho apresentado à disciplina Toxicologia dos Alimentos, do curso de graduação Nutrição da Universidade Federal da Bahia, como requisito parcial para obtenção da nota do semestre 2016.2.

Orientador: Prof.ª Neuza Maria dos Santos.  

Salvador

2017

Conhecimento das mães de crianças na fase pré-escolar sobre aditivos alimentares e seus possíveis efeitos à saúde

                                               Manuela Santos, Marcele Simas de Jesus Santos, Noemi Evelin Santos Rocha[1]

O consumo de alimentos ultraprocessados vem aumentando substancialmente nos últimos anos. Devido à rotina atarefada, muitas mães costumam oferecer esse tipo de alimento para crianças, principalmente na fase pré-escolar, que é crucial no desenvolvimento de hábitos alimentares. Visto que muitos desses produtos contêm aditivos alimentares e estes podem se tornar um risco à saúde das crianças nessa fase, é preciso avaliar o conhecimento de mães de crianças em fase pré-escolar sobre o consumo de aditivos alimentares e seus possíveis riscos à saúde. O estudo foi realizado com 14 mães de crianças em fase pré-escolar em Salvador-BA. As entrevistadas apresentaram idade entre 22 e 41 anos. Foram obtidos através de entrevista dados socioeconômicos e relativos ao conhecimento das mães sobre aditivos alimentares e a alimentação dos seus filhos. 64,3% das entrevistadas não sabe o que são aditivos alimentares, e estas ofereciam mais alimentos com aditivos alimentares a seus filhos, mostrando que o conhecimento sobre o assunto é vital para que a ideia de risco alimentar seja construída e melhores escolhas alimentares sejam efetuadas.

Palavras-chave: Aditivos alimentares, pré-escolares, alimentação saudável, alimentos industrializados.

        

Knowledge of mothers of children in the pre-school phase about food additives and their possible health effects

The consumption of ultraprocessed foods has been increasing substantially in recent years. Due to the busy routine, many mothers often offer this type of food for children, especially in the preschool stage, which is crucial in the development of eating habits. Since many of these products contain food additives and can become a health risk for children at this stage, it is necessary to assess the knowledge of mothers of pre-school children about the consumption of food additives and their possible health risks. The study was carried out with 14 mothers of pre-school children in Salvador-Bahia. The interviewees were between 22 and 41 years of age. Socioeconomic data and answers about the mothers' knowledge about food additives and the feeding of their children were obtained through an interview. 64.3% of the interviewees do not know what food additives are, and they offer more food with food additives to their children, showing that knowledge about the subject is vital for the idea of ​​food risk to be built and better food choices to be made.

Key words: Food additives, preschoolers, healthy food, industrialized foods.

Introdução

Mudanças nos hábitos alimentares da população decorrentes da transição nutricional têm contribuído para o aumento da produção e consumo de alimentos ultraprocessados [1]. Para garantir que esses alimentos tenham qualidade, durabilidade e a segurança, são utilizados aditivos alimentares [2]. A Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA) na portaria nº. 540 de 27/10/97 define aditivo alimentar como “qualquer ingrediente adicionado intencionalmente aos alimentos, sem propósito de nutrir, com o objetivo de modificar as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais, durante a fabricação, processamento, preparação, tratamento, embalagem, acondicionamento, armazenagem, transporte ou manipulação de um alimento [3].” Entretanto, ainda que os aditivos estejam presentes na alimentação humana há muito tempo e, nos últimas décadas, de forma regulamentada por lei, há uma controvérsia entre necessidade e a segurança do seu uso, pois estes podem oferecer riscos à saúde como alergias, mudanças de comportamento e carcinogenicidade a longo prazo [2].

Cada vez mais alimentos industrializados são inseridos precocemente na alimentação infantil [4, 5]. Isso pode ser explicado pelo aumento da propaganda de alimentos voltada para o público infantil, a mudança do modo de vida das famílias e consequentemente dos seus padrões alimentares e a inserção cada vez maior das mulheres no mercado de trabalho influenciando na escolha de alimentos de rápido preparo, que possibilitam a adaptação a uma rotina de trabalho atarefada [6]. Diante todos os fatores citados, esse grupo se torna cada vez mais vulnerável aos possíveis efeitos do consumo excessivo de aditivos alimentares [7]. Essa vulnerabilidade pode ser explicada pelo fato de que na criança a quantidade ingerida é proporcionalmente maior do que no adulto devido ao menor tamanho e peso corporal, e a imaturidade fisiológica não permite que essas substâncias sejam metabolizadas de forma correta [5].

Na fase pré-escolar as crianças concretizam seus hábitos alimentares com base em suas preferências, consumindo apenas consumindo alimentos que gostam e que estão disponíveis em seu ambiente; geralmente, essa escolha tende a priorizar alimentos ultraprocessados, que além de serem pobres nutricionalmente oferecem uma quantidade elevada de aditivos alimentares na dieta [8]. Visto que na maioria das vezes as mães são responsáveis pela aquisição e oferta de alimentos nos lares, é fundamental avaliar o quanto elas sabem sobre aditivos alimentares e seus possíveis efeitos no organismo das crianças nessa fase do desenvolvimento que é tão crítica. É perceptível que os consumidores em geral ainda têm dificuldades para entender as informações contidas nos rótulos e pouco sabem sobre aditivos alimentares [9]. Diante desses fatos, é possível que as mães de criança em fase pré-escolar e escolar também não possuam conhecimento suficiente sobre os aditivos alimentares e seus possíveis efeitos sobre a saúde infantil. Desta forma, o objetivo deste estudo é avaliar o conhecimento de mães de crianças em fases pré-escolar sobre aditivos alimentares e seus possíveis riscos à saúde.

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