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O Ensaio Sobre Alimentação Primal

Por:   •  14/12/2016  •  Ensaio  •  1.044 Palavras (5 Páginas)  •  303 Visualizações

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Aluno: Victor Hugo da Costa Santana

Professor: Gabriel Tardelli

Disciplina: Oficina de texto I

Ensaio Acadêmico

Departamento de Segurança Pública

O motivo pelo qual não deveríamos ter saído das cavernas

 

Para começar a abordar o assunto, precisamos entender um pouco mais sobre o período paleolítico e sobre como não estamos biologicamente tão divergentes de nossos ancestrais que viveram nessa época. Conhecido como o mais extenso da história, ele compreende o período entre 2,5 milhões a.C. até cerca de 1000 a.C, ano que é marcado pela mudança do período paleolítico para o neolítico, que incluiu o início da domesticação de animais e da agricultura. Surgindo primeiramente no continente africano, nossos ancestrais se alimentavam com o que a natureza proporcionava e com que estava ao alcance de suas mãos, sem qualquer preocupação com a quantidade de calorias ou carboidratos ingeridos. A alimentação era baseada no que conseguiam caçar ou pescar e no que coletavam. Já era conhecido o fogo e alguns métodos para cozinhar, mas ainda não haviam desenvolvido técnicas de conservação, portanto, tudo era consumido fresco, por conta da não possibilidade de estocar alimentos. O entendimento sobre as funções de cada alimento veio com o tempo e a partir da exploração de seus usos e sabores.

 Com o aperfeiçoamento da agricultura e surgimento da tecnologia, abandonamos erroneamente esse estilo de vida, sem nos dar conta que nossos processos bioquímicos corporais continuam quase os mesmos dos nossos ancestrais, apenas incluindo mudanças extremamente exíguas, como a tolerância a lactose, antes praticamente não existente em nosso organismo. Pode-se confirmar essa afirmação com base na grande parte da população que ainda carrega a intolerância provinda de nossos antepassados, e até mesmo essa mudança ocorrida, se torna muito pequena perto de toda semelhança que ainda permanece.

 Ao perceber o tamanho do erro, o gastroenterolosgita Walter L. Voegtlin retorna aos antigos hábitos e cria na década de 70, a chamada dieta paleolítica. Baseada na medicina darwiniana, ela propõe nos alimentarmos o mais próximo possível de nossos ancestrais que viveram no período paleolítico (pré-agricultura), o Homo Sapiens. Essa alimentação se baseia principalmente no consumo de vegetais, legumes, frutas e carnes, restringindo a maior parte dos grãos, leite e seus derivados e alimentos processados e industrializados. Esta base alimentar não é uma simples dieta fundamentada a partir dos costumes ancestrais, e sim, o retorno a tal estilo de vida. É importante ressaltar que não se tem como objetivo o rápido emagrecimento nem o ganho exponencial de massa magra, todavia, esses e outros benefícios acabam sendo, a longo prazo, consequências para quem opta seguir esse caminho.

Há pessoas que são contrárias à alimentação primal, afirmando ser prejudicial à nosso bem-estar por permitir livremente a ingestão de carnes. Porém, trata-se de uma inverdade pois a associação de problemas cardíacos ao consumo da carne é considerado por pessoas que consomem exagerada e desequilibradamente gorduras e açúcares, combinado á rotinas sedentárias, tornando refutável o argumento. Mas o que é realmente verídico sobre a carne, é que ela sobrecarrega os rins se ingeridas em quantidades absurdas. No entanto, é evidente que nada em excesso faz bem, ou seja, assim como em qualquer dieta é vetado o consumo de algum outro alimento exorbitantemente.

Um possível ponto negativo é a total liberdade na escolha do que será aplicado na dieta, o que possibilita o consumo em excesso de determinado alimento, podendo causar desequilíbrio nutricional. A ilusão de poder comer qualquer quantidade dos alimentos que estão incluídos na dieta, gera certo delírio e em alguns casos, compulsão.

Apesar da dieta paleolítica se posicionar com veemência em relação à restrição de grãos, derivados do leite e leguminosas, eles não são de todo mal, pois encontramos quantidades significativas de proteínas vegetais, carboidratos complexos, fibras, vitaminas e minerais. Mas o consumo se torna desnecessário e prejudicial pelo simples fato de já se encontrar todos os nutrientes citados acima em quantidades também significativas nos alimentos presentes na dieta paleolítica. Como o exemplo do mineral ferro, que em 100g de carne bovina são encontrados 27% da nossa necessidade diária contra 26% em 100g de feijão. Sem contar que o efeito altamente inflamatório do glúten (proteína presente no trigo) e da lactose (açúcar do leite) e a presença da proteína lectina que é anti-nutriente (dificulta a metabolização de nutrientes em nosso organismo), além de não ser digerida, permanece em nosso intestino gerando acúmulos de resíduos e também pode provocar doenças auto-imunes.

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