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O Sistema imunologico do recem nascido

Por:   •  6/9/2018  •  Resenha  •  971 Palavras (4 Páginas)  •  331 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

BACHARELADO EM NUTRIÇÃO

DISCIPLINA: IMUNOLOGIA

RESUMO: O SISTEMA IMUNOLÓGICO DO RECÉM-NASCIDO

                                                               LIZANDRA SOARES BANDEIRA

       MILLENA CIRQUEIRA RODRIGUES

PALMAS, JUNHO DE 2018.

O sistema imunológico dos recém-nascidos apresenta uma habilidade limitada em montar uma resposta contra os patógenos invasivos, o que os torna mais suscetíveis a infecções. O leite materno é essencial para desenvolvimento imunológico do recém-nascido, pois nele possui funções antimicrobianas, anti-inflamatórias e imunorreguladores. Contém a IgA secretora, que coloniza o trato gastrintestinal e respiratório do neonato, células ativas (fagócitos, células natural killer e linfócitos), citocinas (IL-4, IL-6, IL-8, IL-10) além de lisozima, lactoferrina, peroxidase e lípides antimicrobianos

A imunidade pode ser classificada em inata (inespecífica) ou adquirida (específica), que, por sua vez, é dividida em imunidade humoral e celular.  A imunidade inata é a primeira linha de defesa na exposição a um agente infeccioso e é ativada independente do contato prévio com antígenos. Ela é composta de barreiras epiteliais (pele e mucosas), citocinas, proteínas do sistema complemento e das células circulantes (fagócitos e células natural killer). Nos primeiros anos de vida do recém-nascido não há produção de IgA secretória, o que leva uma maior vulnerabilidade das mucosas dos tratos respiratório e gastrintestinal a invasões de microrganismos patogênicos.

As citocinas são proteínas de baixo peso molecular, secretadas em resposta a um antígeno, que modulam a intensidade e a duração da resposta imune inflamatória. As principais citocinas da imunidade inata são interferon α, β e γ, fator de necrose tumoral (TNF) e interleucinas (1, 6, 10, 12, 15, 18). As proteínas do sistema complemento tem como função a opsonização de antígenos e lise celular a partir da formação do complexo de ataque de membrana, elas se encontram reduzidas no recém-nascido.  A célula NK que destrói células infectadas por vírus, microrganismos intracelulares e células neoplásticas, apresentam função reduzida com menos ação citotóxica contra vírus em recém-nascidos. As células mononucleares inflamatórias, especialmente mastócitos e macrófagos, são as sentinelas do sistema de defesa contra os patógenos que vencem a barreira epitelial. O recém-nascido apresenta função reduzida de monócitos e macrófagos, com prejuízo na fagocitose. Os neutrófilos também se encontram reduzidos em números e efetividade nos recém-nascido, porém se aumenta a concentração entre 12 e 24 horas após o nascimento. Observa-se nos recém-nascidos prejuízos na quimiotaxia, rolamento, adesão e migração até o sítio de infecção e também redução de sua atividade oxidativa, que é o seu mecanismo de citotoxicidade.

Todos esses déficits são parcialmente responsáveis pela reduzida capacidade de opsonização, reduzida capacidade em lisar bactérias Gram-negativas e alguns vírus, pouca geração de processo inflamatório, assim como reduzida quimiotaxia de polimorfonucleares e monócitos. O déficit na imunidade inata acarreta redução da ativação do sistema adaptativo, já que esses dois componentes estão interligados. A resposta imune adaptativa divide-se em resposta mediada por células e resposta mediada por anticorpos. Os linfócitos são suas células efetoras. A imunidade celular é exercida pelos linfócitos T com seus subtipos T helper (CD3+ e CD4+) e T citotóxicos (CD3+ e CD8+). Os linfócitos T helper apresentam ainda dois subtipos, conforme seu padrão de produção de citocinas: Th1, que modula a imunidade celular, e Th2, que estimula a imunidade humoral. As propriedades fundamentais da imunidade celular são a produção de citocinas e a atividade citotóxica. A produção das citocinas está desviada para o perfil de resposta Th2 até um ano de idade. A produção de IL-12 que ativa linfócitos T CD4 para o perfil Th1 está atrasada no recém-nascido. O déficit na resposta Th1 visto no neonato confere prejuízo na função de citotoxicidade. Sendo assim, sua deficiência acarreta problemas em toda a imunidade. A menor produção de citocinas em resposta a antígenos ocorre, em parte, devido à baixa exposição intraútero, mas também devido à função secretória e inibitória da placenta. A imunidade humoral é exercida por linfócitos B, os quais, estimulados por antígenos, diferenciam-se em plasmócitos produtores de anticorpos. Eles são reconhecidos por apresentarem em sua superfície os marcadores CD19 e CD20. A produção de imunoglobulinas fetais já se inicia desde a 10ª semana de gestação, atingindo pico com 26 semanas. A partir de então, cai drasticamente até o nascimento. Isso ocorre devido à baixa exposição intrauterina a antígenos e aos altos níveis de imunoglobulinas maternas transferidas passivamente ao feto. Dessa forma, ao nascimento a criança apresenta baixos níveis de imunoglobulinas (IgM, IgA e IgE), sendo a grande maioria da IgG de origem materna. Após o nascimento, inicia-se a produção própria de imunoglobulinas em resposta a antígenos alimentares e ambientais.  

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