Prevalência de Desnutrição no Câncer pela Avaliação Subjetiva Global Produzida pelo Paciente

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UNIVERSIDADE CEUMA[pic 2]

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

COORDENADORIA DO CURSO DE NUTRIÇÃO

CURSO DE NUTRIÇÃO

MARIA DO SOCORRO MENDES JANSEN

Prevalência de Desnutrição no Câncer pela Avaliação Subjetiva Global Produzida pelo Paciente

São Luís

2016.2

MARIA DO SOCORRO MENDES JANSEN

PREVALÊNCIA DE DESNUTRIÇÃO NO CÂNCER PELA AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL PRODUZIDA PELA PACIENTE

Artigo Científico  apresentado ao Curso de Nutrição  da Universidade Ceuma, como parte dos requisitos para  obtenção de  Grau de  Bacharel em Nutrição.

Orientador(a): Prof. Me Alexsandro Ferreira dos Santos.

São Luís

2016.2

Prevalência de Desnutrição no Câncer pela Avaliação Subjetiva Global Produzida pelo Paciente

MALNUTRITION PREVALENCE IN CANCER BY SUBJECTIVE GLOBAL ASSESSMENT PRODUCED BY THE PATIENT

Maria do Socorro Mendes Jansen^[1]

Alexsandro Ferreira dos Santos^[2]

RESUMO

Introdução: Pacientes com câncer chegam a apresentar 80% de prevalência de desnutrição e a ASGPPP é o método padrão-ouro de avaliação nutricional por englobar tanto as alterações de composição corporal quanto alterações funcionais, identificando a ocorrência de complicações do estado nutricional e a presença de sintomas que possam interferir na ingestão alimentar. Objetivo: Estimar a prevalência de desnutrição quanto a ASGPPP, e analisar os domínios do instrumento em pacientes com câncer em um Hospital de referência de São Luís, Maranhão. Métodos: Estudo transversal  analítico, com coleta de dados secundária, em 479 fichas arquivadas entre os anos de 2015 e 2016 de pacientes com diagnóstico conclusivo de câncer. Foram coletados dados de pacientes maiores de 20 anos, com mínimo de três dias de internação e as variáveis sexo, idade, procedência, localização tumoral, presença de metástase tratamento, tempo para aplicação ASGPPP, escore e os domínios da ASGPPP.Resultadoss: Prevalência de homens (56,6%), com 60 anos ou mais (46,1%), procedentes do interior (46,4%), com localização tumoral no sistema digestivo (29,0%), sem metástase (93,5%) com algum grau de desnutrição (43,5%).Conclusão: Na amostra avaliada, constatou-se através da aplicação da ASGPPP, prevalência significativa de desnutrição em pacientes com neoplasias malignas.

Palavras-chave: Desnutrição. Caquexia. Estado nutricional. Terapia nutricional

ABSTRACT

Introduction: Patients with cancer come to present 80% prevalence of malnutrition and ASGPPP is the gold-standard method of nutritional assessment by include both changes in body composition and functional changes, identifying the occurrence of complications of nutritional status and the presence of symptoms that may interfere with the food intake. Objective: To estimate the prevalence of malnutrition and ASGPPP, and analyze the areas of the instrument in cancer patients in a reference hospital of São Luís, Maranhão. Methods: a cross-sectional study analytical, with data collection secondary, in 479 chips filed between the years of 2015 and 2016 of patients with conclusive diagnosis of cancer. Data were collected from patients older than 20 years, with a minimum of three days of hospitalization and the variables sex, age, tumor location, presence of metastasis treatment, time to implementation ASGPPP, score and the areas of ASGPPP. Resultadoss: Prevalence of men (56.6%), with 60 years or more (46.1%), coming from the pool (46.4%), with tumor location in the digestive system (29.0%), without metastasis (93.5%) with some degree of malnutrition (43.5%). Conclusion: In the sample assessed, it was found through the application of ASGPPP, significant prevalence of malnutrition in patients with malignant neoplasms.

Keywords: Malnutrition. Cachexia. Nutritional status. nutritional therapy.

INTRODUÇÃO

O câncer é caracterizado por ser uma doença crônica não transmissível  com crescimento desenfreado de células com  anormalidades em seu material genético, tendo capacidade de invandir órgãos e sistemas, alterando suas funções (BRITO et al., 2012;  BRASIL, 2015). O surgimento da doença é multifatorial, e relaciona-se a fatores ambientais e genéticos (SILVA, 2012).

Até 2030 teremos 27 milhões de novos casos de câncer, sendo que mais de 62% virão à óbito. Estima-se, que cerca de 75 milhões de indivíduos estejam sob tratamento oncológico (KABRE, 2014).

O crescimento do tumor pode causar uma série de alterações: síntese de hormônios pró-catabólicos, citocinas inflamatórias e fatores de crescimento, além de  infeccções, sangramentos e alterações metabólicas. Taís alterações, quando associadas, ao tratamento oncológico podem levar à vômitos, disfagia, saciedade precoce e a demora do esvaziamento gástrico, o que por sua vez pode acarretar na perda ponderal e desnutrição (SALUSTIANO, 2013; LOTICI et al., 2014).

Podemos destacar como consequências relevantes da desnutrição, o elevado turnover de reservas energéticas associado ao hipermetabolismo e o catabolismo proteico-calórico, ou seja, o intenso consumo dos tecidos muscular e adiposo, com perda progressiva e involuntária de peso (PINHEIRO, 2014; FRUCHTENICHT, 2015).

A perda muscular, por sua vez, pode levar à anemia, fraqueza generalizada, o que afeta o funcionamento do organismo, e provoca o surgimento da caquexia. Indivíduos com câncer, necessitam de avaliação nutricional contínua para a suspeita ou evolução para a caquexia, que podem ser agravadas, dependendo de fatores como: estágio do câncer e o órgão afetado, o percentual de perda ponderal, diminuição na ingestão alimentar, a constância de inflamações generalizadas e a resposta negativa ao tratamento do câncer que pode ser quimioterapia, radioterapia ou cirurgia (ARAÚJO, 2012; LOTICI et al., 2014; SILVA; ALVES; PINHEIRO, 2014; FRUCHTENICHT, 2015).

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