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Resumo de disfunções temporomandibulares neurofiologia da dor

Por:   •  14/11/2022  •  Resenha  •  1.691 Palavras (7 Páginas)  •  100 Visualizações

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[pic 1]NEUROFISIOLOGIA DA DOR – Talita Queiroz e Thais F. Gonçalves. 6º noturno.

A dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável decorrente de lesões teciduais. Entender os aspectos neurofisiológicos da dor é muito importante para escolher o tratamento mais adequado. A dor se dá em 5 níveis: Transdução (A ativação dos nociceptores irá transformar um estimulo mecânico em potencial de ação) , transmissão (envio da informação periférica para o SNC), percepção (Quando há consciência da dor), modulação ( modificação do padrão de dor e ativação do sistema descendente antinoceptivo, que previne continuar sentindo a dor) e comportamento (relacionado ao sofrimento). A experiencia sensorial da dor se trata da nocicepção, já o sofrimento se caracteriza pela ativação do sistema límbico, nele há envolvimento emocional.

Existem 3 dimensões da dor: Sensitivo-discriminativa (há identificação temporal e espacial), afetivo-motivacional (há conotação aversiva e desagradável a dor.) e cognitivo-avaliativa (quantifica e atribui contexto simbólico para a dor, sendo importante para modulação da mesma).

As dor aguda ocorre quando há uma lesão tecidual existente, é uma dor nociceptiva em que terminações nervosas são ativadas, sendo um alerta biológico, com controle se remover o fator causal. Dores crônicas, não dependem do estimulo nociceptivo periférico, mas sim do SNC, não tem função biológica, é uma doença, difícil de ser controlada, com tratamento demorado ou até impotente.

Há o período pré-embrionário, embrionário e fetal. No fetal há o desenvolvimento do sistema nervoso. Os folículos embrionários ou germinativos são camadas de células que darão origem aos órgãos e tecidos. O ectoderma evolui para a placa neural que forma o sulco neural, se transformando no tubo neural (se divide em camada do manto e camada marginal, originará o SNC) que formará a goteira neural. As células que estavam adjacentes ao tubo formarão as cristas neurais (originárias do SNP). A camada marginal dará origem a substancia branca e as células da glia. O mesoderma resultará nos somitos que são fundamentais para a correta formação da coluna vertebral, músculos esqueléticos e organização segmentar do nervo periférico, e resultará na formação de vesículas chamadas de prosencéfalo, metencéfalo e robincéfalo. O prosencéfalo desenvolve-se em cortéx, epitálamo, tálamo e hipotálamo, o metencéfalo origina o tronco cerebral e o robincéfalo forma o restante do tronco cerebral e cerebelo.

O sistema nervoso representa uma rede complexa de comunicações, com função de captar mensagens e estímulos ambientais, interpreta-los e arquiva-los, consequentemente elaborando respostas, na forma de movimentos, sensações ou constatações. Sendo formado por várias estruturas, cada uma com sua importância e função. Se divide em central (SNC) e periférico (SNP). O SNP divide-se em simpático e parassimpático.

Há os 12 pares de nervos cranianos, que podem ser sensoriais, motores, mistos ou com função neurovegetativa. O nervo trigêmeo é o par mais importante para o entendimento da dor orofacial. Além disso há 31 Nervos espinhais.

O sistema nervoso é constituído por células denominadas de neurônios e Gliócitos. A principal função dos neuronios é a transmissão do impulso nervoso, podem ser aferentes, eferentes (somáticos ou neurovegetativos) e interneurônios (papel na modulação da dor). As células glias no SNC são: Oligodendrócito (produz mielina), Astrócito (nutrem e sustentam os neurônios) e Micróglia (função de proteção através da fagocitose). No SNP tem-se as células de Schwann (produzem mielina). A bainha de mielina é uma substancia lipídica que funciona como um isolante energético-nervoso e aumenta a velocidade dos potenciais de ação ao longo dos axônios e é ela que diferencia a substância branca (axônios com mielina) da cinzenta (núcleos, dendritos e porção inicial sem mielina), sendo que os neurônios também podem ser classificados de acordo com a presença da mielina em tipo A (com muita) ( subdividida em A alfa, A gama, A beta e A delta) e C (sem mielina), a A delta tem menos mielinização, transporta dor e temperatura que não exigem tanta velocidade.

A condução do impulso nervoso precisa do potencial de ação, que é uma inversão do potencial de membrana de uma célula, alterando a polaridade da tensão elétrica de negativa para positiva e para negativa novamente, esse ciclo completo dura poucos milissegundos e ocorre através da membrana plasmática que permite o fluxo de íons, a movimentação dos íons pelos canais irá acontecer de forma ativa, passiva e por gradiente elétrico (com gasto de ATP). Basicamente esse processo se inicia no potencial de repouso, que ocorre a -70mV, o estimulo abre canais de sódio, o sódio entra e deixa a eletricidade menos negativa, se atingir -40mV (é o limiar de estabilidade) ocorrerá a lei do tudo ou nada, onde acontecerá a despolarização, os canais de sódio se abrem. Então sódio com carga positiva entrando dentro o neurônio vai fazer com que a eletricidade chegue a +30mV, assim os canais de sódio se fecham e simultaneamente abrem canais de potássio que com carga positiva começam a sair do neurônio fazendo com que a eletricidade comece a decair, processo chamado de repolarização, chegando a -70mV, os canais de potássio se fecham mais  lentamente, fazendo com que chegue a -90mV que é a hiperpolarização e iniciam as bombas de sódio e potássio que conduzirão  até o potencial de repouso com gasto de ATP. O período refratário acompanha o potencial da ação, tem o efeito de limitar a frequência de potencial de ação, além de promover a unidirecionalidade do potencial.

Os canais de membrana são regulados por: neurônios sensoriais em que se dividem em mecanoceptores (meissner, pacini, rufini, discos de merkel e folículo piloso), termoceptores (krause para o frio e terminações nervosas livres para o calor) e propiceptores (fusos musculares e órgão tendinoso de golgi). Além disso, temos os canais membrana regulados por voltagem (potencial de ação), e os por ligante (ionotrópico e metabotrópico).

Em relação às sinapses, a transmissão, atinge toda a rede neural ou outro órgão efetor, nessas junções os neurônios são excitados, inibidos ou modulados. Temos 2 tipos: - Elétrica: Não há neurotransmitores, o sinal elétrico é conduzido de uma célula a outra através de junções comunicantes e o potencial de ação é gerado diretamente e bidirecional (presentes em céls. musculares lisas ou cardíacas).  -Química: Necessária a liberação de neurotransmissores na fenda sináptica atingindo o receptor pós sináptico, produzindo despolarização, ou seja, uma ação excitatória ou hiperpolarização (ação inibitória). Essa capacidade de permitir ou interromper o processo é a vantagem das sinapses químicas.

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