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Uma Avaliação das Mudanças no Alinhamento Anterior Inferior de 10 a 20 Anos Pós-Contenção

Por:   •  22/5/2015  •  Artigo  •  2.625 Palavras (11 Páginas)  •  482 Visualizações

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AN EVALUATION CHANGES IN MANDIBULAR ANTERIOR ALIGNMENT FROM 10 TO 20 YEARS POSTRETENTION

Robert M. Little, D.D.S., M.S.D., Ph.D., Richard A.Riedel, D.D.S., M.S.D., e Jon Artun, D.D.S., M.S.D.

Am J. Orthod. Dentofac. Orthop. 1988; 93: 423-8

Uma Avaliação das Mudanças no Alinhamento Anterior Inferior de 10 a 20 Anos Pós-Contenção

         A documentação ortodôntica nos estágios pré-tratamento, pós-tratamento, 10 anos pós-contenção e 20 anos pós-contenção, de 31 casos com extração dos quatro pré-molares, foi selecionada para avaliar a estabilidade e recidiva do alinhamento ântero-inferior. O apinhamento agravou durante o período compreendido entre 10 a 20 anos pós-contenção, mas nunca numa magnitude menor do que o agravamento observado na fase entre o final da contenção e 10 anos após o final da contenção. Apenas 10% dos casos foram considerados como um alinhamento ântero-inferior aceitável no último estágio da documentação ortodôntica. Os 31 casos comportaram-se de maneira diversa e imprevisível sem nenhum indício do sucesso futuro quando se considerou a documentação pré-tratamento ou pós-tratamento.

        A preocupação dos pacientes bem como dos ortodontistas, ao final do tratamento ortodôntico ativo, centra-se no grau de estabilidade esperado. Até que ponto é seguro interromper o uso da contenção? A partir de que idade não haverá mudanças significativas no alinhamento anterior? Uma vez terminado o crescimento, podemos presumir que o alinhamento será estável? A proposta deste estudo consistiu em avaliar o tratamento ortodôntico em adolescentes acompanhando as mudanças pós-contenção ocorridas em várias décadas de vida adulta e, se possível, determinar quando e se a progressão de recidiva cessou.

        O foco dos estudos na fase pós-contenção concentra-se geralmente no arco inferior, relações inter-arcos, trepasse vertical e trepasse horizontal. O postulado é que o alinhamento do arco dentário inferior determina a forma e o alinhamento do arco superior. O arco inferior serve como um modelo sobre o qual o arco superior se desenvolve e funciona. Certamente isto nem sempre é verdade, como em alguns casos de fissura lábio-palatal, onde se desenvolvem má- oclusões classe III de Angle, certos casos de mordidas abertas e situações de mordidas cruzadas incomuns. Além do estudo publicado sobre recidiva no arco superior, por Swanson, Riedel e D’Anna1, somente Rye2 e Allread3 defenderam teses em nosso programa de graduação em ortodontia da Universidade de Washington, considerando as mudanças nas dimensões do arco dentário superior na fase pós-contenção (nós esperamos preparar este material para um artigo futuro).

        O presente estudo complementa um artigo anterior no qual foi feito uma avaliação a longo prazo (mínimo de 10 anos pós-contenção) do tratamento ortodôntico completo, considerando principalmente o arco dentário inferior 4. As seguintes conclusões foram traçadas:

        1. O alinhamento a longo prazo foi variável e imprevisível.

        2. Nenhuma característica descritiva – como: Classificação de Angle, tempo de uso da contenção, idade no início do tratamento ou sexo – nem variáveis mensuradas – como: alinhamento inicial ou ao final do tratamento ativo, trespasse vertical, trepasse horizontal, largura ou comprimento do arco – foram valiosos na previsão do resultado a longo prazo.

        3. As dimensões de largura e comprimento do arco geralmente diminuíram após a contenção, ao passo que o apinhamento aumentou. Isso ocorreu independentemente do aumento, diminuição ou preservação da largura intercaninos inicial.

        4. A probabilidade de êxito na manutenção de um alinhamento ântero-inferior é menor que 30%, com aproximadamente 20% dos casos mostrando grande apinhamento muitos anos após a remoção da contenção.

        Em contraste, os estudos do Departamento de Ortodontia da Universidade de Illinois mostraram uma visão mais otimista dos resultados na fase pós-contenção5,6. As diferenças podem ser inerentes à avaliação das técnicas de mensuração, um método não comparável àquele usado em nossas pesquisas.

        O presente estudo foi conduzido para determinar se há uma época de estabilidade final do alinhamento dentário. Os ortodontistas têm sido levados a supor que uma vez que o crescimento tenha cessado, as mudanças dento-oclusais são mínimas ou insignificantes e, portanto, a contenção pode não mais ser necessária. Nossa avaliação subjetiva é que as mudanças oclusais continuam além do período de 5 e 10 anos pós-contenção em graus variáveis . Essas mudanças continuam bem além do crescimento ter cessado. Nosso objetivo foi avaliar a segunda década (e além) de acompanhamento pós-contenção.

MATERIAIS E MÉTODOS

        A amostra se limitou a casos de extração de 4 pré-molares que foram submetidos a tratamento ortodôntico pela técnica de Edgewise, seguido de contenção e finalmente a remoção das contenções. Trinta e um casos com documentação completa foram selecionados dos arquivos da clínica de Ortodontia da Universidade de Washington e das clínicas da faculdade. Todos os casos tinham 4 conjuntos de documentação completa: Pré-tratamento, final do tratamento ativo, um mínimo de 10 anos pós-contenção e um mínimo de 20 anos pós-contenção (Tabela I). A qualidade dos resultados do tratamento e pós-contenção não foi considerada no processo de seleção. De fato todo esforço foi feito para coletar documentações sem parcialidade. Todas as extrações foram feitas na dentadura permanente e nenhum dos casos recebeu uma incisão de sulco (Fibrotomia circunferencial supra-cristal) com o intuito de evitar mudanças rotacionais.

        Para quantificar a irregularidade ântero-inferior, foram usados paquímetros para medir (a 0,01 mm) os pontos de contatos anatômicos deslocados. O deslocamento dos seis dentes anteriores inferiores, o índice de irregularidade, como descrito por Little7, foi determinado para cada modelo inferior em cada um dos 4 períodos (Fig.1). Para reduzir a parcialidade do examinador, cada  modelo foi medido aleatoriamente com erros de medição similares, como na pesquisa anterior (0,10 a 0,30 mm).

RESULTADOS

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