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A Intoxicação por Sena Ocidentallis

Por:   •  30/6/2019  •  Trabalho acadêmico  •  625 Palavras (3 Páginas)  •  273 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ[pic 1]

UENP – CAMPUS LUIZ MENEGHEL

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

TRABALHO DE TOXICOLOGIA

RESUMO – INTOXICAÇÃO POR SENNA OCCIDENTALIS EM BOVINOS EM PASTOREIO - RELATO DE CASO

Brenda Alves Souza - 1057

Ana Carolina Roberto da Rocha – 1058

Gabriela Rios Milanez Silva - 1059

Bandeirantes-PR

Junho/ 2019

Resumo

Senna occidentalis é um arbusto anual, encontrado em quase todo o Brasil, conhecida popularmente como fedegoso, mata-pasto, mamangá, sene. Muito encontrada principalmente em meio a lavouras de cereais como milho, soja, sorgo e trigo. Essa planta possui flores amarelo-ouro e vagens curvas, com ápices voltados para cima, sendo que suas inflorescências ocorrem no início do verão.

É bem comum casos de intoxicação por Senna em bovinos, suínos, equinos e até mesmo em aves, já que a maioria dos casos acontece devido a ingestão de cereais ou feno contaminados com partes da planta (na momento da colheita) ou em casos de bovinos intoxicados em pastoreio, devido ingestão da planta, podendo os animais adoecerem até duas semanas após cessada sua ingestão. A intoxicação acontece portanto, devido todas as partes da planta serem toxicas (sementes, caule, folhas e vagens), sendo seu principio ativo a diantrona que leva a alterações em mitocôndrias e suas estruturas internas e edemas.

         Normalmente, a doença afeta os rebanhos em forma de surtos, afetando grande parte dos bovinos maiores de um ano, levando a uma alta taxa de mortalidade. Os sinais clínicos observados são diarreia (principalmente em ruminantes), mioglobinúria, apatia, tremores musculares, incoordenação motora, decúbitos esternal, lateral e morte, onde em sua fase final, há uma marcada elevação da atividade sérica de creatinina fosfoquinase (CPK) e aspartato aminotransferase (AST). Em casos de intoxicação por baixas doses o animal pode apresentar apenas perda de peso e queda na produção. Em casos de necropsia, observa-se degeneração do músculo esquelético e cardíaco (áreas pálidas; focais a coalescentes; e estrias claras), alterações em fígado e SNC. Na histopatologia, é possível observar atrofia, edema intersticial, graus de degeneração, necrose e ruptura de fibras musculares esqueléticas; degeneração em miocárdio; degeneração de hepatócitos; vacúolos em epitélio dos túbulos contorcidos renais; vacúolos axonais no SNC.

Essa doença não possui tratamento, sendo ideal eliminar a planta da lavoura antes de realizar a colheita dos cereais e também dos pastos onde animais fiquem pastejando, como forma profilática. A intenção desse trabalho foi descrever um surto de intoxicação por S. occidentalis em bovinos em pastoreio, no estado do Rio Grande do Sul.

Esse relato ocorreu no município de Candelária, RS, em um lote de 87 bovinos entre eles haviam terneiros, novilhas e vacas que estavam numa pastagem de milho e, há 10-12 dias, foram colocadas em uma área de campo nativo que havia sido lavoura há 2 anos. Nesse campo, há uma área de cerca de 1 ha, com grande quantidade de S. Occidentalis com sinais evidentes de ter sido consumida pelos bovinos. Dez dias após a entrada neste piquete os animais começaram a apresentar fraqueza muscular, andar cambaleante, relutância para se mover, urina escura, decúbito esternal, lateral e morte. Logo em seguida começaram a ocorrer mortes desses animais, chegando no total de 29 óbitos.

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