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Abate clandestinos

Por:   •  11/7/2017  •  Trabalho acadêmico  •  846 Palavras (4 Páginas)  •  339 Visualizações

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O número do rebanho brasileiro aumenta a cada ano e a produção de carne e leite cresce da mesma forma. Aliado a esse crescimento, há um aumento do número de abatedouros clandestinos ou com fiscalização inadequada por parte do Serviço de Vigilância Sanitária Municipal.

Animais mortos com marretas e até com uma espingarda. Suínos eviscerados no chão e com água fervente para, posteriormente, serem presos em ganchos. Caprinos e ovinos mantidos com o trem posterior suspenso por cordas e o anterior apoiado ao chão para facilitar a  sangria e a retirada do couro e vísceras. Restos de carnes espalhados entre cachorros e porcos. Funcionários fumando, sem camisas e cortando o gado com um machado.

Assim funcionam os abatedouros clandestinos, que fornecem cerca de 30% da carne que vai para a mesa do brasileiro.

Na avicultura clandestina, aves mortas no chão, aves abatidas em cima de mesas de madeira, aves vivas se alimentando do sangue e excreções das aves abatidas.

https://www.youtube.com/watch?v=FITyuui2WoY boi sendo morto com marretadas

https://www.youtube.com/watch?v=dH6oIfNHyiw descaso com higiene em matadouro

Apesar da existência de leis que regulam os serviços de inspeção e vigilância sanitária, a

perpetuação destes estabelecimentos continua sendo um grave problema na saúde pública nacional. A clandestinidade possui duas condições básicas: a não fiscalização pelo serviço de inspeção sanitária e a sonegação fiscal.

De acordo com a lei, todos os funcionários devem usar luvas, máscaras e botas, por razões de saúde pública. O objetivo é garantir que o produto tenha a menor oportunidade de contaminações ou qualquer perigo à saúde das pessoas. Porém, na prática, não é bem assim que funciona. Em diversos lugares, os funcionários trabalham sem o uso de qualquer uniforme e os animais são cortados no chão, onde a carne acaba sendo contaminada. No chão de inúmeros matadouros há insetos mortos, poças de sangue secas e fezes de ratos, além de cães e gatos se alimentando dos restos que ficam pelo chão.

Pesquisa feita pelo Fantástico:

Em Lavras do Sul, no Rio Grande do Sul, porcos são criados no pátio do local onde o gado é morto.

Fantástico: O que vocês jogam aqui pra eles?
Funcionário: Aquelas buchadas ali, vêm tudo pra cá.
Fantástico: E eles comem tudo?
Funcionário: Comem tudo.
Fantástico: E não pode ter contaminação?
Funcionário: Ah, pode.

Também em Mato Grosso do Sul, outro estado grande produtor, foram encontrados abatedouros em mau estado. Além de restos de animais pelo chão, as paredes não têm acabamento, faltam portas e a fiação elétrica fica solta.

Procuradas pelo Fantástico, as secretarias de agricultura de Eldorado e Maracaju disseram que vão fechar esses locais.

O Fantástico esteve em uma rua da cidade de Itajá, em Goiás, quase na divisa com Mato Grosso do Sul. E em um prédio funciona um abatedouro. Já chegou a ser fechado, mas que voltou a funcionar através de uma liminar da Justiça. Os animais são mortos com marretas e cortados no chão. Ninguém usa luvas ou máscaras.

Nossa equipe acompanhou a distribuição da carne, logo após o abate. O produto sai da indústria sem passar pelo resfriamento, que é obrigatório. Fica numa caixa sem refrigeração e é carregada numa espécie de tambor plástico, sem tampa. O veterinário contratado pela prefeitura para coordenar o processo de abate diz que a situação é provisória.

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