TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Aspectos Macroscópicos E Histológicos Da Cisticercose Bovina

Por:   •  4/7/2023  •  Abstract  •  525 Palavras (3 Páginas)  •  54 Visualizações

Página 1 de 3

RESUMO DO ARTIGO Aspectos macroscópicos e histológicos da cisticercose bovina, TRABALHO DE PARASITOLOGIA PRÁTICA

Alunos: Arthur A. Bellini, Camilla Centurion, Mariane de Morais Mello

A cisticercose bovina faz parte do ciclo do parasito da tênia (Taenia saginata) e está relacionada a um grave problema de saúde público em algumas regiões e também à perda de produtividade rural. O artigo teve como objetivo correlacionar a apresentação macroscópica e histológica das cisticercoses identificadas em bovinos abatidos em diferentes frigoríficos do Rio Grande do Sul, bem como a realização do PCR em algumas amostras para confirmação do parasito como possuindo material genético viável.

O número de bovinos amostrados para o estudo foi de 127, e os pesquisadores classificaram as diferentes lesões causadas pela cisticercose em três categorias:

Grupo 1, com cisticercos vivos e viáveis;

Grupo 2, com cisticercos que já apresentavam sinais de degeneração, mas ainda possuíam escólex visível;

E Grupo 3, de cisticercos já mineralizados.

Macroscopicamente, o Grupo 1 apresentava-se através de lesões císticas com parede translúcida, envolvendo um líquido claro e ponto esbranquiçado no interior. Do grupo 2 em diante, já se constata a presença de necrose caseosa envolvendo as lesões, e no terceiro a necrose caseosa já apresentava mineralização e os cistos se fragmentavam.

Foram também avaliadas as áreas de ocorrência dos cisticercos, bem como suas abundâncias por animais e de acordo com grupo de lesões. A área mais afetada foi o coração, seguido do músculo masseter, com menor incidência de cisticercos no músculo da língua, diafragma e outros grupos musculares. O grupo de lesões mais abundantes nos animais foi o grupo 2, ou seja, com lesões caseosas e degeneração do parasito já presente, e 63% dos animais apresentavam somente um cisticerco, embora um único bovino tenha apresentado um total de 24 cistos.

Na avaliação histológica, o Grupo 1 apresentava infiltrações eosinofílicas indicando o início do processo inflamatório, e do Grupo 2 em diante tornou-se possível observar o material caseoso e uma cápsula fibrótica envolvendo os cistos. Conforme aumentava a degeneração do parasito, foi possível identificar cada vez mais corpúsculos calcários, culminando no Grupo 3, já mineralizado.

Embora no Grupo 3 nenhum dos parasitos tenha sido identificado como viável, cerca de 20% dos parasitos do Grupo 2 ainda eram viáveis (contra todos os cistos do Grupo 1).

O exame de PCR foi realizado num pequeno número de amostras, sendo que todas, exceto duas, tiverem um resultado positivo para cisticercose bovina. Essas duas eram pertencentes ao Grupo 2 e 3, e já demonstravam sinais de degeneração do parasito, o que pode ter contribuído para a degeneração do código genético do parasito.

Na discussão, somos apresentados às diferentes problemáticas da cisticercose bovina, passando pelos seus aspectos econômicos e socioambientais, sendo uma doença endêmica, difícil de controlar e com alta prevalência em regiões de IDH baixo. Também é citado que, muitas vezes, a cisticercose bovina pode ser confundida com a hidatidose, devido à semelhança macroscópica entre as duas parasitoses. Apesar disso, cisticercose permanece mais comum em bovinos. O estudo conclui com um resumo dos dados obtidos, apontando para o fato de que, das lesões, o Grupo 2 é certamente o mais problemático, pois são lesões que apresentam viabilidade dúbia, frequentemente necessitando de confirmação histológica.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (3.5 Kb)   pdf (71.6 Kb)   docx (8 Kb)  
Continuar por mais 2 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com